Cura da esclerose múltipla: tratamento pode curar… ou matar
Um tratamento radical para a esclerose múltipla parou a doença de progredir em 70% das pessoas que se submeteram a este tratamento inovador. Contudo, uma pessoa morreu.
Basicamente, o tratamento consiste em substituir todo o sangue e medula óssea do paciente, fazendo uma espécie de “restart” no sistema imunológico. Este tratamento é agressivo e foi descoberto acidentalmente a partir de alguns pacientes com leucemia.
É um dilema terrível: este é um tratamento que pode curá-lo ou matá-lo.
Isto é o que algumas pessoas, com esclerose múltipla grave, estão agora a enfrentar. É, sem dúvida, uma abordagem radical que "apaga" o sistema imunológico e, em seguida, o vai reiniciar com células estaminais. Este tratamento tem tido sucesso, pois conseguiu que a doença parasse em cerca de 70% dos pacientes que se submeteram a este tratamento. Mas, das 24 pessoas que participam no ensaio, uma morreu com danos graves no fígado e com o seu sistema imunológico bastante debilitado.
O que é a esclerose múltipla?
A esclerose múltipla é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa, que afecta o Sistema Nervoso Central (SNC). É uma doença que surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos. Afecta com maior incidência as mulheres do que os homens.
Esta patologia é diagnosticada a partir de uma combinação de sintomas e da evolução que a doença apresenta na pessoa afectada, com recurso a exames clínicos/exames complementares de diagnóstico (Ressonância Magnética Nuclear, Estudo de Potenciais Evocados e Punção Lombar).
Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal mais de 8.000 (Gisela Kobelt, 2009).
A EM pode produzir sintomas idênticos aos de outras patologias do SNC, pelo que o diagnóstico poderá demorar anos a acontecer.
Como funciona o novo tratamento?
Embora seja um sistema radical, os resultados estão a deixar os clínicos "satisfeitos", dado o seu sucesso. Este novo tratamento, resultado de um teste clínico feito no Canadá, pode fazer com que os sintomas não só estabilizem como até possam regredir, o que dá um indício de que o sistema nervoso tem alguma capacidade regenerativa.
Este tratamento foi descoberto de forma acidental como parte do processo de outro tratamento mas para alguns pacientes que combatem a leucemia, o cancro do sangue.
No tratamento de leucemia, o tecido da medula é retirado e é aplicada quimioterapia agressiva, fazendo com que as células do sistema imunológico sejam destruídas. A medula é purgada para serem retiradas todas as células cancerosas e volta a ser injectada no sangue da pessoa, onde vai reconstruir o sistema imunológico.
A surpresa foi quando os resultados mostraram que não só o tratamento teve efeitos positivos no tratamento da leucemia, como também na esclerose múltipla. Os resultados foram notados em pacientes que tinham leucemia e esclerose múltipla, pois estes, ao serem submetidos ao tratamento, tiveram uma melhoria nas duas condições.
Mas há riscos
Todos os tratamentos têm um certo risco, uns mais outros menos. Este poderá ter um risco que agressivo... a morte do paciente. No período em que o paciente está a fazer as sessões de quimioterapia agressiva e o restabelecimento do sistema imunológico, este fica vulnerável a qualquer doença, além de perder o cabelo, unhas, ter diarreia e náuseas.
Dos 25 pacientes que se submeteram ao teste clínico no Canadá, 17 casos apresentaram remissão e um dos pacientes que estava bastante debilitado, já numa cadeira de rodas, recuperou de tal forma que hoje já tem total mobilidade ao ponto de poder esquiar e trabalhar como qualquer pessoa. Contudo há um caso que foi dramático, o paciente sofreu vários danos no fígado, infecções várias e acabou por falecer.
Há ainda outros efeitos colaterais resultantes da quimioterapia, são também conhecidos a esterilidade e uma menopausa prematura para as mulheres. O facto de poder estar a cura ao virar da esquina tem algumas provas e o tratamento assim o mostra, o que tem deixado muitos pacientes com um dilema colossal. As técnicas têm sido melhoradas, a quimioterapia tem também avançado no que toca à sua toxicidade, havendo agora um controlo maior sobre as dosagens e produtos a usar.
Este artigo tem mais de um ano
Esta doença tem afectado muitas pessoas, em vez de andarem a gastar dinheiro em armas e guerras, podiam gasta-lo na pesquisa de doenças como esta e cancro… Enfim a humanidade sempre em segundo plano.
quem disse k não existem curas para praticamente td o que é doenças!… não se pode é divulgar, dps quem é que controla a população mundial? quem é que dá dinheiro às farmaceuticas? quem irá enriquecer à custa dos pobres?! o mundo jamais será justo!… vivemos num mundo que daria para todos termos o que quiséssemos, mas não seria a mm coisa para alguns!
“quem é que dá dinheiro às farmaceuticas?”
Outra vez esta estupidez da teoria da conspiração.
A primeira farmacêutica a descobrir a cura para o cancro tornava-se rica
Tendo sido eu recentemente diagnosticada com esclerose múltipla e já num estado bem avançado… Não poderia estar mais de acordo com este comentário… Mundo de pessoas com valores invertidos.
+1…o problema meu caro são os lobbys em torno do mundo!!
+1 Até que enfim alguém diz alguma coisa de jeito!
guerras financiam todas Instituições
todos têm todas as doenças
estamos vivendo mais anos
quem está financiando as pesquizas
“Mas, das 24 pessoas que participam no ensaio, uma morreu com danos no fígado e uma infecção grave, ficando o seu sistema imunológico prejudicado.”
Eu vou arriscar e dizer que o tipo que morreu ficou com mais do que o sistema imunológico prejudicado…
Poderia ter morrido sem qualquer dessas complicações 😉 mas não, na verdade o tratamento levou a que esses quadro clinico levasse à sua morte.
Como tinha o sistema imunológico altamente debilitado, prejudicado pela quimioterapia, não conseguiu debelar as infecções.
Mas esses são mais ou menos os mesmos riscos que qualquer paciente com cancro corre ao realizar a quimioterapia, embora aqui o nível de quimioterapia seja maior, essa parte do risco eu considero aceitável…
Pois, mas o que o Carlos está a dizer é que a notícia está mal escrita, afirmação com a qual também estou de acordo.
Deveria ser dito, talvez: “Mas, das 24 pessoas que participam no ensaio, uma ficou com o seu sistema imunológico prejudicado, tendo morrido com uma infecção grave bem como com danos no fígado.”
Não estava errado, mas para ser mais fácil perceber, melhorei a frase, assim não causa dúvidas.
Vamos aguardar novos avanços nesta matéria. A cura está mais próxima
Sou portador desta doença e infelizmente todos os tratamentos associados têm bastantes efeitos secundários. Espero que se continue a desenvolver esforços e apoios para se chegar a uma cura ou pelo menos a tratamentos que impliquem menos efeitos secundários.
De facto, podia-se investir um pouco mais em investigação para tratamentos e curas de doenças que afetam gravemente as pessoas.
Infelizmente não há doentes suficientes para a indústria farmacêutica se importar, a maioria dos estudos nesta área pelo que sei é feito com dinheiro proveniente de donativos…
A notícia é excelente, agora é só esperar que este procedimento ser implementado como prática terapêutica para o tratamento da Esclerose Múltipla, e rezar para te sair o euromilhões – a.k.a. daodor de medula compatível…
E se leres o artigo tens cerca de 70% hipóteses de ficar “curado”, podes não recuperar na totalidade os nervos mas a doença irá parar de progredir o que em si será excelente e menos de 1% de faleceres e embora o tratamento seja duro é um que vale a pena…
é realmente uma boa noticia.
tenho um familiar já acamado com EM e é difícil vê-lo todos os dias a perder as suas faculdades.
Espero que a esperança da cura seja o mais breve possível porque há muitos jovens que precisam dela.
Excelente artigo.
Em primeiro lugar, gostava de dar os parabéns ao pplware pelo artigo bem estruturado e que saindo da sua área (pois não se trata de nenhuma inovação tecnológica, isto é, nenhum dispositivo que permite a cura ou a ajudar o doente), daí o meu especial (enquanto doente de Esclerose Multipla) agradecimento, por ajudar a divulgar a doença e dando uma boa noticia, só peca no título (na minha opinião).
Um estudo com 24 pessoas é um estudo muito pequeno, daí ter que aguardar estudos com mais voluntários que permitam tirar conclusões mais assertivas.
Quanto a voluntários (feliz ou infelizmente) não irão faltar, pois a doença tendo diversas variantes umas mais agressivas que outras, é dar a esperança de um doente que já está muito limitado e dependente a possibilidade de voltar a ter uma qualidade de vida bastante melhor ou ter como hipótese a morte (algo que é inerente à vida).
É preciso que haja estudos suficientes para que haja consenso entre os neurologistas das diversas partes do planeta para chegarem à conclusão que o benefício é maior que o risco.
Resta saber, também se neste tratamento há dinheiro que os voluntários terão de pagar, pois sendo nós e outros doentes, alvos de muita burlisse por parte de pessoas sem escrúpulos que querem ganhar dinheiro com a desgraça dos outros.
A noticia que acabamos de ler é de esperança….para os pacientes de EM…
Mas recordo quem desconheça que a EM tem varios varios estadios de gravidade……
Ha portadores de EM que sao afectados por outros problemas de saude e que sao obrigados a (maioria dos casos)
a serem seguidos na Psiquiaria para combater o STRESS de se sentirem portadores desta doença degenerativa…
É facil “comentarmos” algo quando estamos a “leste directo” deste fenomeno ainda sem cura comprovada…
Vivo 24 horas por dia, em dose dupla, este problema……
ter a esposa com 64 anos e a filha com 29….a lutarem contra a EM……….é algo que a ninguem desejo…..
Apelo aos mecenas e aos governos que auxiliem muito e mais para se desenvolverem os meios de cura
que farão felizes milhões de pacientes….
Obrigado a todos pelos vossos comentarios…que nos animam a crer que a solidariedade social esta connosco…..
É esse sentimento nos anima e sabemos que a EM ja é semsivel à nossa sociedade…..
Deus vos abençoe……….
obrigado
Jamacedo / Braga
Nenhum governo vai ter interesse em cura de doenças acordem!!!!! E a sociedade civil que tem que mobilizar e assim msmo há interesses econômicos de quem pesquisa, das grandes indústrias que nunca vão estar interessado em curar ninguém e sim lucrar com a doença, portanto criem um blog!!! Lutem!!! Lutem!!! Não fique calado!!!!!! Pois ninguém vai fazer nada por nós neste Brasil, a não ser nós mesmos nos unirmos e fazermos a mudança! !!
Me perdoem a minha maneira de pensar, mas já tem gente demais nessa terra, um dia vamos ter que morrer mesmo.
Esses seus argumentos joão a Deus pertence, elr nos deu a vida e sabe a hora certa de tirar, soi portadora de esclerose multipla e tenho muita fé em Deus e verei a minha vitoória, q Deus te abençoe.
Gostaria de saber o que é preciso fazer para se ter acesso a esse tratamento. O filho do padrasto tem e está em uma situação de dar deplorável, queria ajudá-lo!
Eu, Elisabete Triff portadora de esclorose multipla tambem gostava de ter uma resposta assim que um tratamento esteja disponivel pois tambem estou afetada por esta doença.