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Poderá a Huawei ultrapassar a Samsung, mantendo-se a Apple em 3º lugar?

A Huawei continua a crescer, ignorando assim o clima de desconfiança que se faz sentir em torno da sua empresa. A este ritmo, a tecnológica chinesa pode ultrapassar a rival Samsung, contando que a Apple se mantenha estável.

Após ter reiterado uma e outra vez a sua vontade em superar a Samsung para se tornar na maior fabricante de dispositivos móveis, o caminho da Huawei prefigura-se repleto de obstáculos.


Estando privada do terceiro maior mercado mundial de dispositivos móveis, os Estados Unidos da América, a Huawei tem outros entraves. De acordo com o relato da Sky News, a operadora Vodafone deixará de utilizar o seu hardware no Reino Unido.

Conseguirá a Huawei manter-se à frente da Apple?

Ainda assim, desde que ultrapassou a Apple em 2018, a Huawei continua firme na sua convicção de que será possível passar também a Samsung. Entretanto, de acordo com os dados da IDC, a Huawei registou o maior crescimento no volume de vendas dos seus equipamentos premium.

Aproveitando um deslize da Apple e da Samsung, enquanto ambas as empresas se debatem com a crescente saturação de mercados, uma oportunidade que a fabricante chinesa soube explorar a seu proveito.

A fabricante começou por se dar a conhecer ao mundo com os seus equipamentos competitivos. Dispositivos que, apesar de terem boas especificações, continuavam a manter uma relação preço/qualidade muito aprazível.

Algo que rapidamente catapultou a Huawei para o topo do seu mercado natal, a China. Aí, a Samsung continua a definhar e a sentir as consequências da saturação de mercado. Por sua vez, a Apple tem sido incapaz de ultrapassar jovens marcas como a Xiaomi que a confinam ao 5º lugar nesse mercado.

O crescimento da Huawei tem sido gradual e sustentado

Nesta primeira etapa, a Huawei singrou num mercado que não demonstra grande apego ou fidelidade a uma só marca, valorizando sobretudo a relação preço/qualidade dos equipamentos.

Entretanto, durante os últimos anos a fabricante chinesa tem crescido a dois dígitos e agora já se afirma perante as rivais, Samsung e Apple. Aliás, vemos já uma Huawei com ofertas premium, capazes de fazer frente aos Galaxy S e iPhone.

Esta nova abordagem acabou por valer à tecnológica asiática rasgados elogios, sobretudo para a sua gama de produtos P20 e, mais tarde, aos Mate 20. Dois nomes que já são sinónimos de qualidade para os consumidores europeus.

Em Portugal, o público Android divide-se entre a Samsung e a Huawei

Na Europa, a marca implementou-se assim com os seus dispositivos premium e um bom portfólio de equipamentos mais acessíveis. Em Portugal, de acordo com os indicadores da AppBrain, 5 dos 10 smartphones Android mais utilizados são modelos da Huawei, com os outros 5 a pertencer à Samsung.

Além disso, abonando as vendas da Huawei, os smartphones e dispositivos móveis da Honor têm sido cada vez mais procurados. Esta sua submarca tem ajudado a casa-mãe a impor-se em novos mercados como a Índia, podendo assumir uma importância pivotal daqui em diante.

A contração do mercado chinês afetou a Samsung e a Apple

A Huawei conseguiu surpreender os analistas de mercado quando se manteve em crescendo, contrariando assim a desaceleração do mercado chinês. A prova de que esta marca já não depende, exclusivamente, da China.

É um ponto louvável, mesmo quando o seu mercado natal atingiu novos mínimos, a tecnológica de Shenzhen manteve-se firme. Uma confiança, notória, e que tem ajudou a marca a crescer durante todo o último ano de 2018.

Nesse sentido, podemos referir as declarações de Richard Yu à Reuters. Durante uma apresentação de produtos na China, Yu afirmou que os seus utilizadores têm confiança na marca.

O responsável máximo pelos smartphones da Huawei referiu ainda que as pressões sentidas têm um caráter puramente político. Algo que não interfere nas ambições da marca em liderar o mercado de dispositivos móveis.

A Huawei quer ultrapassar a Samsung, o mais tardar até 2020

Mesmo sem o mercado dos Estados Unidos da América, seremos os líderes de mercado. Na melhor das previsões, ainda este ano. No máximo, este objetivo será alcançado durante o próximo (2020)

| declarações de Richard Yu, de acordo com o relato da Reuters.

Muito em breve, a Huawei apresentará o seu smartphone dobrável e preparado para as redes 5G. Será durante o Mobile World Congress (MWC) em Barcelona que ficaremos a conhecer estes novos e promissores equipamentos.

Aí veremos também toda uma nova geração de topos de gama da Samsung, os seus Samsung Galaxy S10. Ademais, a rival sul-coreana estará também a preparar um smartphone dobrável bem como pelo menos uma variante preparada para as redes 5G.

O smartphone dobrável poderá ser o capítulo redentor para esta fabricante chinesa, agora que os seus planos para as redes 5G estão envoltos em crescente suspeita.

Em 2018, a Apple deixou-se ultrapassar pela Huawei

Vemos um interesse claro e ponderado por parte de todas as grandes marcas, estando a Apple também incluída. Apesar de a tecnológica de Cupertino não revelado qualquer intenção nesse sentido, as suas patentes fizeram-no por si.

A Apple estará a maturar este novo conceito de smartphone e poderá demorar alguns anos até produzir um iPhone dobrável. Até lá, certo é que esta mesma Apple tentará recuperar o 2º lugar, perdido em 2018 para a rival chinesa.

Ainda assim, não podemos ignorar o facto de a Austrália ter banido a Huawei no que ao desenvolvimento de infraestruturas para o padrão de redes 5G diz respeito. Algo que vai privar a tecnológica chinesa de futuras receitas.

A desconfiança alastrou-se

Entretanto, também na Alemanha, República Checa, Noruega a empresa encontra cada vez mais resistência. Aliás, também um dos vice-presidentes da Comissão Europeia expressou os seus receios e advertiu os países membros a desconfiar da marca.

A cada novo dia desenrola-se um novo capítulo nesta já longa guerra comercial entre os Estados Unidos da América e as empresas chinesas. Para esta empresa em franco crescimento, isto valeu-lhe a designação de alvo.


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