Para além dos Estados Unidos, também o Japão e os Países Baixos vão implementar medidas restritivas para a China. E agora, segundo as últimas informações, os Países Baixos, onde se encontra a gigante ASML, vão restringir as exportações de tecnologia de semicondutores para o país chinês, como forma de proteger a segurança nacional.
Países Baixos negam exportações de tecnologia de semicondutores para a China
No final do mês de janeiro revelámos que o Japão e os Países Baixos se iriam juntar aos Estados Unidos da América na restrição de chips para a China. Como tal, o país nipónico já anunciou que vai deixar de enviar máquinas de fabrico de chips para a China, sendo que mais recentemente foram os Países Baixos a adotar uma postura semelhante.
De acordo com as informações reveladas pela Reuters, o governo holandês disse nesta quarta-feira (8) que tem planos para aplicar novas restrições às exportações de tecnologia de semicondutores como forma de proteger a segurança nacional, juntando-se assim aos EUA. E esta acaba por ser a primeira atitude concreta dos Países Baixos na adoção das medidas solicitadas pelo país norte-americano com o objetivo de causar impacto negativo na indústria chinesa quanto ao fabrico de chips e, consequentemente, retardar os seus avanços militares.
Através de uma carta ao parlamento enviada por Liesje Schreinemacher, ministra do Comércio holandesa, foi anunciada a decisão que acrescenta que estas mesmas restrições vão ser implementadas ainda antes do verão deste ano. Embora essa carta não tenha mencionado a China nem a ASML, sabe-se que ambas serão afetadas. O documento menciona concretamente que a tecnologia que sofrerá impacto serão os sistemas de litografia DUV (Deep Ultraviolet) que é a segunda mais avançada da empresa holandesa.
Segundo o conteúdo da carta:
Como os Países Baixos consideram necessário, por motivos de segurança nacional, colocar essa tecnologia sob supervisão com a maior rapidez, o Gabinete apresentará uma lista de controlo nacional.
Recordamos que os Países Baixos detêm a ASML, líder no fabrico de máquinas EUV (Ultra Violeta Extrema) para a produção de chips de litografia avançada.
Os detalhes indicam que Mao Ning, porta-vox do Ministério das Relações Exteriores da China, disse nesta quinta-feira (9) que o país chinês se opõe à decisão dos Países Baixos. Mao adiantou que “esperamos que o lado holandês adote uma posição objetiva e justa e que aja para salvaguardar os seus próprios interesses e não siga o abuso de medidas de controlo de exportação por parte de certos países“.