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NVIDIA e AMD atingidas pelas novas regras de exportação para a China

Os Estados Unidos da América (EUA) estão com receio de que os chips que forem produzidos no país sejam utilizados para fins militares, pela Rússia e pela China. Por isso, apertaram o cerco e definiram novas regras de exportação, que já estão a prejudicar empresas como a NVIDIA e a AMD.

A China já retaliou e exigiu, aos EUA, respeito pelas empresas de todo o mundo.


As ações da NVIDIA e da AMD caíram 6,6% e 3,7%, respetivamente, devido a uma decisão tomada pelos EUA motivada pelo receio de que os chips que são produzidos no país sejam “utilizados ou desviados para utilização militar na China ou na Rússia”.

Os EUA introduziram uma nova licença, com efeitos imediatos, para estreitar a venda de chips de inteligência artificial à China. A par da decisão está o medo das empresas em perder de milhões de dólares em receitas. Aliás, de acordo com Dan Ives, da Wedbush Securities, à BBC, a decisão é um “golpe de tripa para a NVIDIA”, na medida em que a empresa poderá ver cerca de 400 milhões de dólares em vendas afetados. Isto, caso os clientes não queiram comprar produtos alternativos, e o governo não conceda licenças atempadas ou as negue a clientes significativos.

Estamos a adotar uma abordagem abrangente para implementar ações adicionais necessárias relacionadas com tecnologias, utilizações finais, e utilizadores finais para proteger os interesses da segurança nacional e da política externa dos EUA.

Isto inclui impedir a aquisição e utilização de tecnologia dos EUA pela China no contexto do seu programa de fusão militar-civil para alimentar os seus esforços de modernização militar, conduzir abusos dos direitos humanos, e permitir outras atividades maliciosas.

Explicou um porta-voz do Departamento do Comércio dos EUA.

Por sua vez, Mario Morales, um analista da empresa de inteligência de mercado IDC, alertou que “ambas as empresas têm uma grande exposição à China e poderiam ver mais impacto no futuro, especialmente se a China optar por retaliar”, acrescentando que esta situação poderá afetar significativamente os ganhos de fabricantes americanas como a NVIDIA e da AMD.

As autoridades chinesas já se opuseram a esta nova licença, alegando que “as ações dos EUA se desviaram do princípio da concorrência leal e violaram as regras económicas e comerciais internacionais”. Numa declaração, a China disse ainda que “o lado americano deveria parar imediatamente com as suas ações erradas, estimar as empresas de todo o mundo, incluindo as empresas chinesas, e fazer mais coisas que sejam conducentes à estabilidade da economia mundial”.

 

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