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Exportações de chips para a Rússia caíram 90% após as restrições

A guerra da Rússia contra a Ucrânia tem originado várias consequências que nunca haviam sido vistas antes. O país de Vladimir Putin tem sofrido pesadas penalizações e bloqueios, o que tem condicionado significativamente a sua evolução económica e tecnológica.

Um dos setores mais afetados pelos bloqueios aplicados por outras nações é o dos componentes. E de acordo com as mais recentes informações, as exportações de chips para a Rússia caíram 90% depois destas mesmas restrições.


Desde o início da guerra que temos assistido a várias consequências, e no que respeita ao segmento tecnológico, essas têm sido mais do que muitas. Logo após o conflito começar, sentiu-se que tal já estaria a ter impacto na indústria de chips. Várias marcas poderosas como a Intel e AMD barraram o acesso do país euroasiático a estes componentes, o Reino Unido proibiu o acesso aos chips com arquitetura ARM, e também Taiwan só poderá vender à Rússia chips mais lentos do que os da PlayStation 2. Já a Ucrânia deixou de fornecer gás néon essencial para o fabrico de chips.

Para tentar contornar esta situação, a própria Rússia demonstrou vontade na produção de chips de 28 nm até ao ano de 2030. Alem disso soube-se que os tanques russos estariam a usar componentes de eletrodomésticos.

Sanções: menos 90% de chips exportados para a Rússia

Como resultado, segundo a Reuters, as exportações globais de semicondutores para a Rússia caíram 90% desde que os Estados Unidos e os aliados impuseram controlos e bloqueios na exportação a Moscovo. Estas informações foram avançadas pela secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, nesta quarta-feira (29).

Raimondo disse ainda, durante uma conferência anual do Departamento do Comércio, que os bloqueios implementados ao setor aeroespacial da Rússia estão a prejudicar a sua capacidade de gerar receita e de apoiar a aviação militar. A secretária adianta que “a Rússia pode ser forçada a parar entre metade a dois terços dos seus aviões comerciais nos próximos quatro anos para os canalizar para peças de reposição“.

A executiva também voltou a ameaçar o fecho da SMIC, a maior fabricante de chips da China, caso se prove que a empresa está a fornecer chips para a Rússia. Raimondo disse mesmo que caso esta ou outras empresas estejam a enviar chips para o país de Putin “vamos fechá-las e podemos, porque quase todos os chips do mundo e da China são feitos com equipamentos e softwares dos EUA e pretendo cumprir esse compromisso se for necessário”.

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