Tal como já se previa, os Estados Unidos assinou finalmente nesta quarta-feira o seu projeto de lei para aumentar a produção de chips no país. Esta Lei dos Chips visa diminuir a dependência dos EUA neste setor, tornando-se num país mais autónomo e autosuficiente.
Mas não tardou até que a China reagisse a esta medida, tecendo fortes críticas à mesma. De acordo com o país, a Lei dos Chips norte-americana é uma verdadeira ameaça ao comércio e negócios chineses.
China critica a Lei dos Chips dos Estados Unidos
De acordo com as últimas informações, a China já reagiu à assinatura do presidente norte-americano Joe Biden ao novo projeto de lei dos EUA para aumentar a produção de chips no país. As reações aconteceram nesta quarta-feira (10), e a China refere que esta Lei dos Chips é uma verdadeira ameaça ao comércio e aos negócios chineses.
Esta mesma lei também foi assinada nesta quarta-feira e prevê um investimento de 52 mil milhões de dólares para promover o aumento da produção de chips eletrónicos. Com este objetivo, o país pretende consequentemente diminuir a dependência que os Estados Unidos ainda têm de outros países, nomeadamente a China e Taiwan. E também é uma forma de contornar as consequências de um possível ataque da China a Taiwan, uma vez que este último país produz até 90% dos chips mais avançados, sobretudo pelas mãos da fabricante TSMC.
Segundo Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a medida vai “interromper o comércio internacional e distorcer as cadeias globais de fornecimento de semicondutores. A China opõe-se formemente a isso“. Wang acrescentou ainda que algumas partes da Lei dos Chips “restringem o normal investimento das empresas e as atividades económicas e comerciais na China“.
A COVID-19 deixou a nu a necessidade que vários setores têm da indústria dos chips, mas também a grande dependência que existe do fabrico chinês e taiwanês. Atualmente a pandemia já uma questão mais controlada, mas a guerra, a inflação e especialemente a possibilidade da China tentar recuperar o território de Taiwan, cuja separação aconteceu em 1949 após uma guerra civil, fazem soar vários sinais de alarme para uma possível escassez de componentes.
No início deste mês, os EUA também proibiu o envio de equipamentos usado no fabrico de chips de 14 nm para a China. Por outro lado, Taiwan quer levar a conterrânea Foxconn a abandonar a sua participação na fabricante chinesa Tsinghua Unigroup.
Também na chegada de Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan, depois das ameaças de Pequim, a marinha norte-americana colocou junto à ilha um porta-aviões e outras unidades de guerra.