Análise discos WD 4 TB RED (WD40EFRX) – Parte I
Nos dias que correm o armazenamento é fulcral quer em ambientes domésticos, quer em ambientes empresariais. Tal facto, deve-se à importância que a informação tem nos dias de hoje e nesse sentido, além da capacidade, é importante que os dispositivos de armazenamento nos ofereçam garantias de fiabilidade.
Nesse sentido recentemente colocamos à prova dois discos WD 4 TB RED (WD40EFRX). Hoje mostramos como os instalamos no PC e apresentamos as ferramentas que vamos usar para benchmarking.
Para a realização desta análise, vamos usar um computador com as seguintes características:
- Intel Core i5 2400 @ 3.1 GHz
- 4GB RAM DDR 2
- Windows 8.1 Pro
Especificações principais do WD 4 TB RED (WD40EFRX)
- Interface: ATA 6 Gb/s
Especificações Desempenho
- Velocidade Rotacional: IntelliPower
- Tamanho de Buffer: 64 MB
Taxa de transferência
- Buffer To Host (Serial ATA): 6 Gb/s (Max)
Especificações físicas
- Capacidade após formatação: 4,000,787 MB
- Capacidade: 4 TB
- Form Factor: 3.5"
- Sectores utilizáveis: 7,814,037,168
Especificações de desempenho
- Desempenho Alvo: MTBF 1,000,000 horas
Dimensões:
- Altura: 26.1 mm
- Profundidade: 147 mm
- Largura: 101.6 mm
- Peso: 0.68 kg
Software de Análise
Para proceder aos testes vamos recorrer ao software seguinte:
1) ATTO Disk Benchmark
Este software da Atto tech pemite testes de desempenho a discos rígidos, discos de estado sólido, HBA’s, Adaptadores RAID, e controladores de armazenamento.
Os testes especificados são:
- Transferência com tamanho desde 512KB até 8MB
- Transferência de comprimento desde 64KB até 2GB
- Suporte para E / S sobreposto
- Suporta uma variedade de profundidades de fila
- E / S comparações com padrões de teste
- Modo temporizado permite testar contínuo
- Medição de desempenho não-destrutivos em unidades formatadas
Então utilizar-se-ão os seguintes parâmetros para proceder aos testes dos diferentes volumes:
- Transferência com tamanho desde 512KB até 8MB
- Transferência de comprimento de 256MB e de 2GB
- E / S sobreposto (I/O Overlapped)
Homepage: ATTO Disk Benchmark
2) HDD Tune Pro
Este software da EFD Software permite também efetuar uma série de testes de performance a discos rígidos e discos de estado sólido. Aqui realizar-se-ão as diferentes operações:
- Benchmark
- Leitura de acesso aleatório
- Testes extra
Homepage: HDD Tune PRO
3) CrystaldiskMark
Este software da Crystal Dew World apresenta uma interface simples permitindo testes de desempenho tendo em conta as características.
- Testes efetuados até 9 vezes.
- Tamanho de transferências a variar entre os 50 e os 4000 MB.
- Testes sequenciais aleatórios de 512K, 4K e 4 K QD32.
Para este caso iremos utilizar os parâmetros:
- Testes efetuados até 5 vezes.
- Tamanho de transferências com 1000 MB.
- Testes sequenciais aleatórios de 512K, 4K e 4 K QD32.
Homepage: : CrystaldiskMark
Instalação dos discos
Tendo em conta os testes a efectuar, os discos foram ligados ao sistema via SATA. Como se pode ver pela imagem seguinte, os discos estão ligados na SATA Port 2 e SATA Port 4.
Já no Windows, abrimos o gestor de discos e confirmamos que os mesmos já estão reconhecidos pelos sistema:
Vamos agora inicializar os mesmos. Para isso basta carregar num dos discos detectados e de imediato aparecerá uma janela para escolher o layout de partição a utilizar (MBR/GPT).
Para este exemplo vamos escolher a opção GPT. Como sabemos, GPT é considerado quase uma evolução do MBR. O GPT traz muitos benefícios comparativamente ao tradicional MBR (Master boot record), dos quais se destacam:
- Suporte para partições acima dos 2 TB (ou seja, 2^64 blocos, um máximo de 1 ZB). De referir que no Windows, devido ao sistema de ficheiros NTFS, este tamanho está limitado para 256TB
- Apesar de poderem ser criadas um número ilimitado de partições, o GPT “apenas” suporta 128 partições primárias
- Melhor estrutura/organização ao nível das partições
- Possui mecanismos para detecção da dados e partições corrompidas
- Aumenta a probabilidade de recuperação de dados, na existência de sectores do disco danificados, uma vez que tem um cabeçalho secundário (Secondary GPT Header) que funciona como backup da tabela de partições.
- O campo Protective MBR funciona ao estilo do MBR, mas com suporte para 64 bits. Esta área funciona como como “mecanismo” de retro compatibilidade.
Após esta operação clicando com o botão direito é-nos mostrado o seguinte menu:
E neste ponto é conveniente ter em conta alguns conceitos sobre o que está associado a cada opção que nos é sugerida.
- Novo Volume simples: O novo volume simples permite a criação de uma ou mais partições sendo estas primárias ou lógicas.
- Novo Volume Span: Permite a criação de um volume único utilizando até 32 discos, não podendo ser repartidos (striped) ou replicados (mirrored). Contudo, este volume não suporta tratamento de falhas, se um dos discos avariar a informação é perdida.Suporta FAT, FAT32 e NTFS e os discos não necessitam de ter a mesma capacidade para que o volume seja criado.
- Novo Volume Repartido (striped / RAID 0): A criação de um volume dinâmico repartido permite o aumento de performance de Input/output devido distribuição de pedidos input/output através dos discos. Isto deve-se ao facto de que estes volumes são constituídos por porções de informação do mesmo tamanho repartidos por cada disco existente no volume. São requeridos no mínimo 2 discos, se estes forem de capacidades diferentes será utilizada a capacidade menor.Ou seja, se tivermos um disco de 1 TB e um de 512 GB, no de 1 TB apenas serão utilizados 512 GB.
Podemos calcular que tamanho terá o volume com a fórmula:
- Tamanho = 2 x min (512,1024)
Que dará:
- Tamanho = 2 x 512
Contudo, este volume não suporta tratamento de falhas, se um dos discos avariar a informação é perdida. Suporta FAT, FAT32 e NTFS .
- Novo Volume Espelhado (Mirrored / Raid 1): este tipo de volume dinâmico permite a criação de uma cópia de um determinado disco. Dá-se assim a tolerância a falhas e é uma das escolhas para salvaguardar dados de falhas de discos.Podem usar-se um disco ou mais, se um dos discos falhar o sistema pode continuar com a réplica. É conveniente que se utilizem discos iguais, contudo se não for o caso o disco que serve de espelho tem de ser superior.
Tendo em conta estes conceitos, vamos avançar para a criação dos diversos volumes e aos testes referidos …que apresentaremos num segundo tutorial.
Um agradecimento muito especial ao Noémio Dória.
Já tiveram contacto com este tipo de discos? Qual a vossa opinião?
Este artigo tem mais de um ano
Tenho precisamente dois discos dos mencionados no artigo (WD 4 TB RED (WD40EFRX) numa NAS (Synology DS213J) em RAID 1.
Já os tenho desde finais de Novembro do ano passado e ate a data estou satisfeito com eles, apesar da NAS só ter uma velocidade leitura de 100MB/sec e 70MB/sec escrita.
Cumps
Bem, tendo em conta que é por rede 1 gb, só conseguias mais uns 20/30 mb. Acredita que as velocidades tão bastante boas. Utilizo uma para sistema de vigilância, e com este a funcionar, máximo é 60 mb de leitura (com uns WD Red de 2 tb). Já numa 409rp+ consigo 120 mb/s leitura com uns WD Red 4tb com as duas portas de rede agregadas. (8 discos, 4 na 409, outros 4 na rx410). Nada mau, e maior estabilidade que já vi
PS: Va, por acaso ocorreu um erro a uns meses que ainda não entendi, e lixou a informação dos 8 discos, nem o RAID 5 salvou aquilo! Umas semanas a recuperar ficheiros, mas pronto..
podes capitalizar as letras como deve ser para ver se eu percebo o que estás a dizer?
Yups, esse tipo de NAS costuma trazer WD
Boas
Os Synology vêm sem discos sempre.
Os revendedores é que instalam os discos.
Mas podem instalar RED da WD, NAS da Seagate, WD SE ou RE, Consetellation CS ou ES.3 da Seagate.
Outro tipo de discos não deve ser instalado.
Cumprimentos
Jorge
Boas,
um Raid com este tipo de discos de tamanho grande, o melhor mesmo é um RAID5, salvaguarda dados de forma mais correta.
A melhor seguranca é mesmo RAID 1
onde se compra e onde?
Não usem raid 1 nem raid 5. vejam aqui:
http://www.thedatacave.com/raid-5-is-dead
http://www.zdnet.com/blog/storage/why-raid-5-stops-working-in-2009/162
http://www.raid-recovery-guide.com/raid5-write-hole.aspx
Pelo menos se os vossos dados são preciosos….
Viva
Esta não entendo…
Então que se usa em toneladas de pequenos NAS? Poucos suportam ZFS (by the way, também falham).
Usem RAID 1, RAID 5 ou RAID 6 mas com discos próprios, como estes RED, não com outros discos não apropriados.
Há centenas de milhares senão mais, de servidores, NAS, SAN que usam estes tipos de RAID (seja por software ou por hardware) que nunca tiveram qualquer problema.
Se os dados são preciosos, fazer como é normal, um RAID não é um seguro contra todos os riscos e devem sempre ter cópias de segurança!
Cumprimentos
PS : é engraçado ver uma foto de um disco a dizer 4TB com a referencia do de 3TB (WD30EFRX)…
Jorge
Alguem sabe a diferença (se é que existe) entre os discos rigidos Red de 4Tb e os discos rigidos red Caviar 1,2 e 3TB
Alguém sabe a diferença (se é que existe) entre os discos rígidos Red de 4Tb e os discos rígidos red Caviar 1,2 e 3TB?
Boas
Não há RED’s caviar
A designação caviar morreu há tempos.
São todos RED os RED (WD10EFRX, WD20EFRX, WD30EFRX e WD40EFRX)
São Green, Blue, Black, RED, SE, RE, XE, e por aí…
Cumprimentos
Jorge
É impressão minha ou onde está o print do Crystal Disk Info deveria estar o do Crystal Disk Mark?
Cumprimentos e continuação de um bom trabalho!
Os artigos que o Maisum refere, aconselham (e bem) a usar raid6 em vez de raid5, devido à probabilidade cada vez maior de segunda falha durante o ‘rebuild’(cada vez mais demorado devido ao aumento da capacidade dos discos).
Mas Raid1 é o raid mais fiável que existe, e mesmo o mais rápido de todos se usarmos em conjunto um SSD e um disco normal – por exemplo com a controladora Adaptec 6405E, que suporta este tipo de configuração (caso contrário o SSD é “maltratado”).
O Rui pergunta a diferença entre os RED e outros modelos WD : são sobretudo firmware. Um disco actual tem cerca de 1MB de firmware que controla o seu funcionamento interno, por exemplo quantos “retries” deve fazer se falhar a leitura de um sector, antes de responder com “read-error”. Refiro este parametro porque tem impacto directo na performance e na fiabilidade em função da utilização do disco. Um bit errado em dados é dramático, mas em video (30 imagens por segundo, 1 bit = 1 pixel) é algo que nenhum olho humano pode detectar …