Há uns dias, o governo de El Salvador aprovou uma lei que dita que o país começará a aceitar bitcoin como moeda com curso legal, paralelamente ao dólar americano. No mesmo sentido poderá estar a caminhar o Paraguai que possui um legislador que pretende legalizar a moeda criptográfica já em julho.
Ao contrário da China, que está a desfazer-se das criptomoedas, a América está a tornar-se, aos poucos, mais cúmplice.
Recentemente, o legislador Carlitos Rejala anunciou, na rede social Twitter, que irá apresentar um projeto de lei no Congresso Nacional para legalizar a bitcoin. Esta tentativa surge na sequência da lei adotada por El Salvador que, mesmo sem o apoio do Banco Mundial, aprovou a bitcoin como moeda com curso legal.
No entanto, ao contrário do Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que passou do anúncio à legislação em três dias, Rejala poderá não ter a mesma sorte. Segundo a Euronews, o legislador pretende propor uma lei numa casa onde o seu partido possui apenas dois dos 80 lugares. Portanto, precisará, efetivamente, de apoio, para tornar a bitcoin numa moeda com curso legal.
Apesar deste (grande possível) entrave, Rejala tem o apoio de algumas empresas. Por exemplo, o Group Cinco, baseada no Paraguai, anunciou que 24 das suas empresas aceitarão moedas criptográficas a partir do mês de julho.
O entrave ambiental à mineração de bitcoin
Apesar das preocupações ambientais em torno da mineração de moedas criptográficas, como a bitcoin, os países parecem ter a solução. Por um lado, El Salvador planeia utilizar energia geotérmica dos seus vulcões para alimentar as instalações de mineração. Por outro, o Paraguai vê as suas necessidades energéticas satisfeitas pela energia hidroelétrica, sendo que a maior parte dela é exportada para o Brasil e Argentina.
Colocando de parte este entrave, poderão estar abertas as portas a investidores, mineiros e entusiastas que, com a situação chinesa, procuram locais mais seguros. Aliás, a ser aprovada, a proposta de lei de Rejala poderia espoletar os investimentos no Paraguai e impulsionar a adesão de outros países à legalização da bitcoin.
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