A popularidade e o aumento do valor das criptomoedas também deu origem a histórias insólitas que nos mostram que as pessoas são capazes de qualquer coisa para ‘enriquecer’.
Recentemente demos a conhecer o caso de um funcionário do Politécnico de Setúbal que recorria à rede para minerar criptomoedas. A situação que contamos agora aconteceu nos Estados Unidos onde também um funcionário público foi apanhado a roubar energia para minerar Bitcoins. Segundo os dados apurados, o sujeito desviou cerca de 6.000 dólares em energia elétrica.
Não é novidade para ninguém que a mineração ilegal de criptomoedas é uma realidade cada vez mais presente. Mas muitas dessas ações são descobertas pelas autoridades e, consequentemente, divulgadas através dos meios de comunicação social.
Esta prática é aliciante sobretudo pela valorização atual das moedas digitais. Um Bitcoin vale, neste momento, quase 38 mil euros, segundo o CoinMarketCap. Como tal há sempre sujeitos com determinadas habilidades para contornar certas regras e que conseguem minerar as criptomoedas de forma ilegal para seu bel prazer.
Funcionário apanhado a roubar energia para minerar Bitcoins
Depois de um sujeito ter usado ilegalmente a rede elétrica da Starbucks nos EUA para extrair moedas digitais, do país chega-nos agora mais uma história insólita sobre esta atividade.
Desta vez foi um funcionário público do condado de Suffolk, em Nova Iorque, que acabou por ser apanhado em flagrante a roubar eletricidade da instituição para minerar Bitcoins. Segundo os detalhes revelados pela NBC News, o sujeito, supervisor de TI, lesou o condado em 6.000 dólares em energia.
Segundo as autoridades, o funcionário foi acusado de usar o seu local de trabalho para instalar dezenas de equipamentos de mineração de criptomoedas no escritório do secretário municipal e usar milhares de dólares em eletricidade para o funcionamento dos mesmos.
O sujeito chama-se Christopher Naples e de acordo com o procurador do condado de Suffolk, Timothy Sini, trabalhava como supervisor de operações de tecnologia de informação. Está agora acusado de vários crimes, entre eles corrupção, furto e burla de comunicações.
Naples, de 42 anos foi presente na passada quarta-feira ao tribunal, mas saiu em liberdade sob pagamento de fiança. Segundo o procurador, o supervisor, que trabalha para o condado desde 2000, instalou 46 placas de mineração em vários locais. E tudo indica que alguns equipamentos já estavam instalados desde fevereiro.
Num comunicado, Sini referiu que:
A mineração de criptomoedas requer uma enorme quantidade de recursos, e os sistemas têm que trabalhar para cobrir todos os custos de eletricidade e arrefecimento. [Naples] encontrou uma forma de fazer isso. Mas infelizmente foi à custa dos contribuintes.
Com estes crimes, o funcionário poderá ser condenado até 15 anos de prisão.