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Estudo: A mineração de Bitcoin gera resíduos eletrónicos substanciais

A mineração de Bitcoin gera resíduos eletrónicos substanciais que “representam uma ameaça crescente ao ambiente”, de acordo com um estudo recente. Um co-autor do relatório disse à AFP na sexta-feira que o ciclo de vida médio dos computadores potentes utilizados para desenterrar as unidades da principal moeda criptográfica do mundo era de apenas 1,3 anos.

Além do consumo excessivo de energia, a mineração é exigente no hardware e a curto prazo aparecerá mais um problema.


Bitcoin é também sinónimo de ameaça ambiental, diz estudo

Segundo os investigadores Alex de Vries e Christian Stol, o ciclo de vida das máquinas é “extremamente curto em comparação com quaisquer” outros dispositivos eletrónicos, tais como iPhones.

Com 30.700 toneladas, a quantidade de resíduos eletrónicos gerados pela mineração de Bitcoin nos 12 meses até maio era “comparável à quantidade de pequenos resíduos de equipamento informático e de telecomunicações produzidos por um país como a Holanda”, refere o relatório.

A corrida para encontrar novas Bitcoins, e tendo em conta o aumento do valor que tornou esta moeda ainda mais apetecível – na sexta-feira, uma unidade valia mais de 47.000 mil dólares, significa que o poder de processamento dos computadores usados para minerar rapidamente se tornam obsoletos.

E quanto mais vale a Bitcoin, maior a quantidade de resíduos eletrónicos, segundo o estudo publicado pela revista científica, Elsevier.

 

O lixo gerado por cada transação equivale a dois iPhone mini

Alex de Vries trabalha como economista no banco central holandês, enquanto o co-autor do relatório, Christian Stoll, é do Massachusetts Institute of Technology.

Apesar da elevada quantidade de resíduos, continua a ser uma fração do total global de dispositivos eletrónicos deitados fora, que se cifrou em 53,6 milhões de toneladas no ano passado.

A título de curiosidade, só no ano passado, a rede de Bitcoin processou 112,5 milhões de transações, um número muito baixo comparável aos 539 mil milhões de 2019. Como tal, cada uma destas transações equivale a, pelo menos, “272g de lixo eletrónico”, o equivalente ao peso de dois iPhones 12 mini.

 

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