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Se um dia a Terra estiver ameaçada por asteroides, quem nos pode defender?

Quantas vezes não ouvimos já os especialistas a dizer que a Terra é um planeta cheio de sorte? Mas a verdade é que desde há muitos milhões de anos que esta nossa esfera não é um alvo de um asteroide destruidor, como aquele que levou à extinção dos dinossauros.

No receio de sermos surpreendidos, crescem as vozes de que deverão ser os Estados Unidos da América a “salvar Terra do Apocalipse”. Mas por que razão terão de ser os americanos?

 


O fim da Terra é um tema que já foi inspiração para muitos filmes de Hollywood. Apesar da ficção não sair dos ecrãs, a verdade é que podemos ser um alvo, sem aviso, de um asteroide destruidor.

O jornal Político traz à luz da discussão o assunto e tudo porque os apelos para uma estratégia de defesa planetária global aumentam à medida que milhares de asteroides próximos à Terra são descobertos a cada ano.

 

De quem será a obrigação de prevenir o Apocalipse?

Conforme tem sido amplamente difundido, a NASA prepara-se para lançar uma nave espacial contra um asteroide a mais de 41.000 km/h. Tudo isto na tentativa pioneira de desviar a rocha da sua rota.

No entanto, a missão de um ano programada para começar a 24 de novembro levanta uma questão existencial aos cientistas e especialistas em segurança: quem terá a responsabilidade de defender o planeta contra uma rocha espacial possivelmente destruidora da vida se alguma estiver a voar na nossa direção?

A resposta para já é… ninguém!

Muitas vezes já fomos alvo, aliás, o nosso planeta está cheio de crateras provocadas por impactos de asteroides. Seguramente muitos foram devastadores. Aliás, é a própria NASA que afirma que a probabilidade de um grande asteroide atingir a Terra é um “evento do tipo que ocorre uma vez por milénio”.

No entanto, a agência espacial também usa novos telescópios e outras técnicas de observação de estrelas para localizar milhares de “objetos próximos à Terra” até então desconhecidos a cada ano, com órbitas que irão eventualmente levá-los até à nossa vizinhança galáctica.

 

Mas há muitas descobertas de novos asteroides?

De facto há muitas descobertas todos os anos. Para termos uma ideia, mais de 27.000 asteroides foram localizados até agora e mais de 2.700 somente este ano, incluindo um do tamanho da Pirâmide de Gizé que foi descoberto em setembro e passou “a ripar” perto de nós, a apenas 3 milhões de quilómetros da Terra. (Isto é considerado um quase acidente; para referência, a Lua está a cerca de 386.243 km de distância).

Contudo, não há ninguém (agência ou organismo internacional) encarregado de desviar um asteroide que possa estar em vias de destruir a Terra.

Não há quem tenha qualquer plano assumido de ativar uma missão para destruir a ameaça, seja empurrando-a levemente para fora de rota ou até ter uma ação mais radical, como explodindo-a com uma saraivada de mísseis.

 

Os países não têm tecnologia para defender a Terra dos asteroides

Até agora, as estimativas mostram que o atual arsenal militar das nações é incapaz de evitar uma colisão com um grande asteroide. Alguns objetos menores podem ser pulverizados ou partidos em fragmentos, mas mesmo estes pedaços causariam danos consideráveis.

Ninguém está encarregado da mitigação. O Congresso aprovou uma lei para a Casa Branca determinar quem deve ser responsável, mas até agora quatro administrações subsequentes rejeitaram o seu pedido.

Disse Peter Garretson, ex-estratega espacial da Força Aérea dos EUA.

Existem três milhões de asteroides e não temos a menor ideia onde estão ou se estão a voar ao nosso redor.

Afirmou Danica Remy, presidente da Fundação B612, que está a construir uma base de dados para procurar e vigiar objetos próximos à Terra.

Atualmente, os cientistas concordam que a forma mais segura de prevenir um potencial apocalipse é “afastar suavemente” o asteroide da sua trajetória em direção à Terra.

Como tal e nessa linha de pensamento, a NASA vai lançar a missão DART, para testar como poderíamos no futuro desviar um asteroide de modo a proteger a Terra desta espécie de ameaça.

 

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