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Rússia vai ter uma estação espacial após desistir da EEI

Já se passaram muitos dias desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os especialistas ainda não conseguem perceber quais as finalidades, mas percebe-se claramente que a Rússia está a ficar isolada aos mais diferentes níveis (apesar de o país de Putin não considerar isso).

Na área espacial, a Rússia anunciou a construção de uma estação espacial após desistir da Estação Espacial Internacional (EEI).


Estação Espacial da Rússia deverá ter espaço para trabalhar 4 cosmonautas

A Rússia anunciou na passada sexta-feira que tem planos para construir uma nova estação espacial (ROSS), depois de desistir da Estação Espacial Internacional (EEI). De relembrar que a Rússia já tinha ameaçado tal posição, devido às sanções do Ocidente em retaliação à invasão russa da Ucrânia.

O Conselho Supervisor da Roscosmos deu luz verde ao projeto de construção dos módulos da estação, após ter aprovado o projeto preliminar da Russian Orbital Service Station (ROSS), de acordo com a agência espacial russa, citada em comunicado.

O líder da Roscosmos, Dmitry Rogozin, destacou ainda que a estação ROSS é o futuro da cosmonáutica tripulada e da exploração russa da Lua. Como a órbita da estação terá uma orientação de 97-98 graus e um nível mais alto de radiação, a ROSS não será habitada de forma permanente. Dmitry Rogozin não descartou que os módulos do segmento russo da EEI sejam utilizados na construção da nova estação plataforma.

Estima-se que a ROSS tenha seis módulos, onde vão trabalhar no máximo quatro cosmonautas. Serão feitas ainda duas viagens tripuladas e três viagens de carga por ano.

A Roscosmos, que também adiantou hoje que vai projetar a sonda Vénus-D sem agência espacial norte-americana NASA, havia apresentado condições para que os seus parceiros levantassem as sanções pela “operação militar especial” na Ucrânia ante do dia 31 de março, o que não aconteceu.

Até ao momento, Moscovo estava a considerar participar na EEI até 2024 e inclusive até 2030, caso a estação resistisse ao passar do tempo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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