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Primeira Fotografia do Polo Norte do Sol dá conta de avanços inéditos

As agências espaciais, com os avanços das tecnologias e dos materiais hoje usados nos satélites e sondas, dedicam a sua atenção à investigação do Sol. Depois de a NASA ter enviado a Parker Solar Probe, conseguindo uma aproximação nunca conseguida, é a vez da ESA mostrar um surpreendente avanço tecnológico.

Pela primeira vez, surgiu uma imagem do Polo Norte do Sol conseguida nas observações feitas pelo PROBA-2.


Já se conhece mais sobre o Polo Norte do Sol

A ESA já enviou muitas missões de análise ao Sol, contudo, a maioria das sondas tem focado a sua atenção na análise das regiões equatoriais, deixando os polos relativamente inexplorados.

Esta falta de informação, levou a que os cientistas usassem a criatividade para conseguir uma imagem de uma região remota solar.

 

O que é o PROBA-2?

O PROBA-2 é o segundo satélite da série de satélites PROBA de baixo custo da Agência Espacial Europeia.

Este equipamento está a ser utilizado para validar as novas tecnologias de veículos espaciais e, ao mesmo tempo, transportar instrumentos científicos.

O PROBA-2 transporta cinco instrumentos científicos. Dois deles são designados para observar o Sol.

Esta tecnologia permitiu captar uma imagem do Polo Norte solar numa composição de várias imagens captadas ao Sol, decorrentes destas observações constantes.

Embora os polos não possam ser vistos diretamente, quando o satélite observa a atmosfera do Sol, recolhe dados de tudo o que entra na sua linha de visão, incluindo a atmosfera que se estende ao longo do disco solar.

A partir desses dados, os cientistas podem deduzir a aparência das regiões polares.

Como refere a agência, a imagem, que inclui dados do SWAP (câmara ultravioleta extrema do Proba-2), é possível observar os traços deixados pela montagem.

A linha que cruza o centro apareceu devido às pequenas mudanças na atmosfera solar que ocorreram durante o tempo necessário para criar a imagem.

Assim, esta imagem mostra uma protuberância brilhante no lado superior direito do Sol; isto é criado por um buraco coronal de baixa latitude girando em torno do disco solar.

A região do buraco coronal polar, que pode ser vista como uma mancha escura no centro do disco solar, é uma fonte de vento solar rápido. É possível notar que há uma rede subtil de estruturas claro-escuras, que podem causar variações na velocidade do vento solar.

A ESA informa também que este tipo de visão contribui significativamente para desvendar os segredos dos polos, bem como a forma em que as ondas se propagam pela nossa estrela ou de que se originam tais fenómenos como buracos e ejeções coronais que afetam o clima espacial ao redor da Terra.

 

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