Paciente de Düsseldorf – está confirmada a 5.ª pessoa a ser curada de VIH
Os casos são raros, mas trazem esperança. Depois de um transplante de células estaminais da medula óssea, um paciente há mais de 4 anos que não recebe tratamentos para o VIH e continua sem apresentar indicadores da doença. "É claramente uma cura".
A Berlim, Londres, Nova Iorque e Cidade da Esperança, junta-se agora Düsseldorf. Este é no nome de código atribuído a um paciente alemão que foi dado como curado por uma equipa de médicos, tornando-se na 5.ª pessoa a ser curada de VIH, a terceira depois de um transplante de células estaminais da medula óssea.
Segundo o médico Bjorn-Erik Ole Jensen, responsável pelo anúncio desta notícia, esta é uma cura efetiva.
É claramente uma cura, não apenas uma remissão de longo prazo
O homem de 53 anos teve um quadro de leucemia mielóide aguda, que o levou ao transplante. No ano antes deste diagnóstico tinha testado positivo para o VIH. De uma forma simples, tal como é explicado no artigo da Nature, a medula recebida tem uma mutação genética que impede o VIH de se desenvolver no organismo, apagando a proteína CCR5, responsável pela entrada do VIH nas células humanas.
Depois do transplante, o homem continuou o tratamento para o VIH, contudo, o vírus era praticamente indetetável, deixando de tomar a medicação. Desde 2019 que não recebe qualquer tratamento.
Apesar de parecer existir evidências que correlacionam diretamente o transplante de medula com a "cura" deste paciente, a equipa médica alerta para o facto de ainda ser precoce retirar conclusões efetivas, mesmo olhando aos outros casos semelhantes.
A Organização Mundial de Saúde diz que atualmente existem 38,4 milhões de pessoas com VIH em todo o mundo. Apesar da medicação garantir qualidade de vida a muitos dos infetados pelo vírus, a cura ainda não foi descoberta. Recorde-se que, recentemente, a vacina contra o VIH foi cancelada na última fase de testes, o que representou um grande retrocesso para o avanço das investigações.
As metas para erradicar a doença até 2030, avança a equipa médica, serão muito difíceis de alcançar, dado que as investigações estão ainda com um atraso muito grande.
Isto é um símbolo positivo de esperança, mas existe muito a fazer
Referiu o médico Ole Jensen.
Este artigo tem mais de um ano
Factos a reter do artigo: “O homem de 53 anos teve um quadro de leucemia mielóide aguda, que o levou ao transplante”. “No ano antes deste diagnóstico tinha testado positivo para o VIH.” O diagnostico se baseia num teste ELISA, que pode ser positivo para assintomáticos, que podem muito bem nunca chegar a desenvolver a doença. Não há sintomas específicos da doença. Quando se morre é de doença associada. Os retrovirais utilizados debilitam o corpo, sem o curar. O relato documentado de uma mãe que publicou o livro: ELISA mato a Ruth pode ajudar a ter uma visão diferente das notícias.
RNA, alteração da proteína do receptor quimiocina tipo 5, CCR5 Delta 32.
Uma alteração genética que algumas pessoas são “naturalmente” portadores, que impede as suas celulas de receber e reproduzir o virus (mesmo quando ele está presente no corpo), por infeção por exemplo.
Quando há transplante de medula, esta alteração acontece no corpo do receptor, que passa a produzir celulas incapazes de receber o virus. E daí a tal “cura”, isto é conhecido desde 1986, mas nunca foi implementado como cura, é mais conveniente para as farmaceuticas vender antiretrovirais que são pagos pelos estados dos países… porque assim o incoming é constante ao invés da “cura” direta.