A ameaça de um asteroide colidir com o nosso planeta existe, embora existam “muitos olhos” a vigiar o Espaço. Contudo, não há uma solução a que se possa recorrer num cenário real de colisão entre um asteroide e a Terra. Assim, a NASA trabalha já para desviar um asteroide lá para o ano de 2022. Esta será por conta da 1.ª tecnologia de defesa planetária.
Num cenário catastrófico, o que nos poderá ajudar a salvar o planeta? Questão que nunca ninguém, com firmeza, conseguiu responder.
Estaremos preparados para defender o planeta Terra de um asteroide?
Atualmente os investigadores realizam observações um pouco por todo o mundo. Recorrem a potentes telescópios, para entender o estado do sistema de asteroides antes que a missão o alcance. Nesse sentido, a agência espacial norte-americana terá uma oportunidade de testar a sua primeira missão de defesa planetária.
Segundo informações, o Teste de Redirecionamento duplo de Asteroide (DART, na sigla em inglês) consiste em enviar uma sonda espacial que deverá chocar contra um asteroide. Dessa forma, o impacto deverá desviar a sua trajetória evitando assim o possível desastre contra o nosso planeta.
No horizonte de teste da NASA está uma pequena lua no sistema binário de asteroides Didymos em 2022.
Desviar a lua de Didymos com um “empurrão”
De acordo com o relatório, publicado na página oficial da NASA, o asteroide não representa nenhuma ameaça para a Terra. No entanto, este corpo celeste é um objetivo de teste ideal, sendo que medir as alterações na órbita de um pequeno asteroide que gira a volta de outro asteroide maior, num sistema binário, é muito mais fácil do que observar mudanças na órbita de só asteroide que gravita à volta do Sol.
Atualmente os investigadores preparam-se para o lançamento no Laboratório de Física Aplicada de Johns Hopkins (APL na sigla em inglês), no estado de Maryland, e noutros lugares dos EUA.
O início da missão está previsto para o verão de 2021. Contudo, para levar a sonda espacial DART até ao seu objetivo — um asteroide binário que consiste de uma pequena lua (Didymos B) que orbita um corpo celeste maior (Dydimos A) — primeiro os cientistas devem entender como se comporta o sistema.
O sistema de Didymos é demasiado pequeno e encontra-se demasiado longe daqui, e é visto da Terra como se fosse um mero ponto de luz. No entanto, podemos obter os dados que necessitamos medindo o brilho desse ponto de luz, que varia à medida que Didymos A gira e Didymos B o orbita.
Esclareceu Andy Rivkin, do laboratório APL e um dos líderes da equipa de investigação da DART, que participou das observações.
Atualmente, para se entender como é Didymos B, as observações do telescópio são fundamentais. No entanto, não são suficientes para compreender a sua composição e estrutura. Existem assim estes dois fatores determinantes para saber que consequências terá o impacto, tanto na DART como no seu alvo.
Nesse sentido, os investigadores estão a fazer uma série de simulações que os irão ajudar a adaptar as suas expetativas da missão.