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NASA revela vídeo dramático do degelo dos glaciares no Alasca

O degelo tem mostrado como o planeta está a caminhar para uma situação de não retorno. Segundo muitos dados científicos, é apontado um cenário de uma crise climática global severa.

A NASA, através dos seus equipamentos meteorológicos espaciais, tem mostrado um panorama assustador sobre o ambiente na Terra. Assim, num vídeo recém-publicado, é mostrado o degelo dos glaciares e calotas de gelo do Alasca visto do espaço. Em alguns casos, com mudanças de quase 50 anos.


Alasca está a perder gelo e a ganhar lagos

Foi durante a conferência anual da União Americana de Geofísica, que se realizou em São Francisco, nos EUA, que os investigadores mostraram uma sequência de imagens do Alasca, Groenlândia e Antártica, tiradas por satélites, incluindo as do estudo geológico do programa Landsat da NASA.

Assim, agregando dados e imagens desta área, foi possível perceber as dramáticas alterações que estão a ocorrer nos glaciares do Alasca. Entre os casos mostrados está a diminuição dramática do glaciar Hubbard.

Glaciar Muir do Alasca, fotografada em agosto de 1941 (à esquerda) e agosto de 2004 (NASA)

 

Satélites fazem mapeamento ao longo das décadas

Conforme podemos ver nas imagens, os satélites captam as imagens dos locais desde há muitos anos. Na Gronelândia, por exemplo, os diferentes registos de satélites mostram uma aceleração na diminuição dos glaciares desde ano 2000.

Como resultado, aparecem as lagoas devido ao degelo. Estes estão já a ser mais numerosos e a aparecer nas alturas mais elevadas durante a última década, o que poderia acelerar o fluxo do gelo.

Recorrendo às imagens captadas pelos satélites Landsat da NASA, compilaram-se cenários desde 1972 a 2019. Com essas imagens, o glaciologista Mark Fahnestock, da Universidade Fairbanks, do Alasca, compôs uma sequência de imagens de várias glaciares do Alasca e do território canadiano Yukon.

Apesar das imagens não serem uma novidade, o vídeo mostra claramente o cenário atual dos glaciares do Alasca. O clima aqueceu, o gelo tende a chegar mais tarde e a partir mais cedo.

Apesar disso, é interessante perceber que na mesma região, os glaciares respondem de forma diferente ao aquecimento global.

Agora temos este registo extenso e detalhado que nos permite ver o que aconteceu no Alasca. Quando imagens como estas são reproduzidas, temos uma ideia de quão dinâmicos são estes sistemas e quão instável é o fluxo de gelo.

Afirmou Fahnestock.

Segundo o que foi constatado, os glaciares da Groenlândia recuaram uma média de 5 km entre 1985 e 2018. Contudo, diminuição mais veloz ocorreu entre 2000 e 2005. Os dados são conclusivos, o gelo está a desaparecer e a dar lugar a um novo, mas preocupante, cenário climático.

 

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