Pplware

Máscara elétrica que se autodesinfeta, carrega no seu smartphone e vai ser barata

Com a necessidade de usarmos máscara, devido à doença que está na sociedade, a COVID-19, este tipo de equipamento de proteção individual passou a ter uma relevância quase vital. Há máscaras para todos os gostos e feitios, umas que protegem mais, outras menos e ainda muitas que não protegem absolutamente nada. Ainda assim, há empresas a fazer mais nesta área. Por exemplo, a criar uma máscara que se auto desinfeta através de um sistema elétrico que pode ser ligado ao seu smartphone.

Esta tecnologia poderá ser interessante, assim como a outra máscara que brilha quando tem vestígios do SARS-CoV-2. Vamos conhecer este “gadget”!


Máscara elétrica para autodesinfeção

A ideia é ter algo que, na máscara, consiga matar os elementos patogénicos, que a máscara conteve. Assim, se no tecido tiver uma estrutura elétrica e esta for alimentada pela energia de um smartphone, via porta USB, poderá matar os vírus que estejam depositadas no seu interior.

Em grosso modo, a ideia parece complexa e difícil de perceber: Como combinar tudo com algo de colocar em frente à boca e nariz? No entanto, para quem é cientista na Faculdade de Ciências e Engenharia de Materiais de Technion, em Haifa, explica o método que poderá até fazer sentido.

Assim, o que é referido é que a uma máscara é aplicada uma carga elétrica através de um carregamento convencional 2 ampere, para aquecer uma camada de fibra de carbono e matar quaisquer vírus perigosos que possam ter-se acumulado na sua superfície.

A ideia não é disparatada, numa abordagem muito superficial. Aliás, há já forma de colocar, nos tecidos, filamentos que podem transportar energia, de baixa tensão, e ser usada para vários fins. Esta, a de eletrificar e aquecer o material, pode fazer sentido.

Além de ser uma solução que pode ajudar no ambiente e até no meio social, ainda tem o benefício de poder ser barata. Segundo os inventores, esta máscara deverá rondar o preço de 1 dólar, menos de 1 euro por unidade. Os responsáveis já entraram com um pedido de patente para a máscara com o objetivo de a disponibilizar comercialmente nos Estados Unidos, mas ainda não sabem se ela estará disponível também em outros países.

 

Mas qual a necessidade deste tipo de máscara?

Devido à pandemia do novo coronavírus, a procura por máscaras protetoras disparou rapidamente nos últimos meses. Assim como temos sido amplamente avisados, o uso de máscaras é agora um requisito, juntamente com medidas de distanciamento social e de higiene. Uma grande variedade de máscaras está disponível, sendo o modelo líder o FFP2/N95. As autoridades insistem no uso correto das máscaras, o que significa substituí-las diariamente, mesmo que sejam limpas e secas durante o dia.

Estes regulamentos, juntam-se à necessidade urgente de fornecer máscaras para as equipas médicas que cuidam dos pacientes com a COVID-19. Os profissionais de saúde têm uma grande necessidade destes equipamentos e isso fez disparar a procura. Em Portugal, o stock parece estar reposto, com centenas de empresas já dedicadas ao fabrico de máscaras certificadas. Mas não é assim no resto do mundo.

Nos EUA, por exemplo, são necessários aproximadamente 3,5 mil milhões de máscaras para proteger as pessoas contra uma epidemia aguda – 100 vezes mais do que o número de máscaras atualmente disponíveis. A falta imediata de máscaras também ocorreu em Israel e foi acelerada, quando o Ministério da Saúde anunciou que o uso de máscara é obrigatório.

Como resultado, o professor Yair Ein-Eli, da Faculdade de Ciência e Engenharia de Materiais, desenvolveu a tal máscara facial reutilizável que pode ser aquecida de forma controlada. Posteriormente, a equipa do investigador criou o protótipo da máscara e testou-o já com a supervisão da Faculdade de Biologia.

 

Leia também:

Exit mobile version