O Japão está balanceado para a descoberta espacial e são vários os projetos que temos visto em ação. Na semana passada o país do sol nascente deu um passo importante na conquista espacial ao colocar, com sucesso, dois pequenos rovers num asteroide.
Depois dos rovers no asteroide e dando continuidade a um projeto que foi anunciado no início de setembro, o Japão lançou um mini elevador espacial.
Japão quer viagens ao Espaço de elevador
No passado 22 deste mês, após um atraso imposto pelo tufão Mangkhut – foi lançado um satélite que continha um elevador espacial em miniatura projetado por investigadores da Universidade de Shizuoka.
O dispositivo pretende servir como um modelo de teste para um futuro elevador espacial que a Obayashi Corp. espera construir nos próximos 30 anos:
Ideia de um Elevador Espacial teve origem russa
A ideia de um elevador espacial foi inspirada inicialmente por um cientista russo recluso chamado Konstantin Tsiolkovsky que, ao observar a Torre Eiffel, imaginou um “castelo celestial” ligado a ela na órbita geossíncrona da Terra.
Embora haja um empate prático a considerar aqui – um elevador espacial é um projeto atraente porque, teoricamente, custaria menos para enviar algo por um elevador espacial do que por um foguetão. Mas há outras realidades práticas difíceis a serem também consideradas.
Um dos “reparos” feitos por entendidos que estudaram o projeto está relacionado com o facto de, atualmente, não existir material forte o suficiente para funcionar, pois os cabos do elevador devem ser extremamente fortes.
Até mesmo os nanotubos de carbono, o material mais forte que inventamos até agora, seriam destruídos pelo stress.
Referiu Jason Daley, especialista em ciência.
Como deve funcionar um elevador espacial?
Bem, quanto mais longe nos afastamos da Terra, maior é a probabilidade de o que quer que esteja a escapar da Terra encontre uma força centrífuga.
Há um ponto entre a terra e o espaço onde o rebocador gravitacional e a força centrífuga estão perfeitamente equilibrados um contra o outro. Isso é chamado de ‘órbita equatorial geossíncrona’.
É aqui que Obayashi imagina uma espécie de estação espacial. Além da estrutura flutuante que ocuparia um ponto dessa linha, no outro extremo seria colocado um peso.
Haveria assim uma combinação desse peso e da força centrífuga do peso. Quando a outra extremidade dessa fosse puxada, o “elevador” era mantido no seu lugar.
Miniatura agora lançada, para que serve?
Embora isso não seja explicitamente declarado, podemos imaginar que um dos benefícios de testar um elevador de tamanho mini no espaço será para perceber o quanto esta máquina em miniatura funciona a um determinado nível de gravidade.
Seria assim ainda necessário testar que tipo de material de cabo de elevador poderia resistir a detritos espaciais e se este cabo seria ou não o forte o suficiente para manter pesos a subir e descer pela linha.
Será igualmente importante perceber que tipo de cabo, espessura e materiais deverão ser usados aquando do efeito da gravidade do planeta. No entanto, faltam estas e muitas outras respostas.
Tendo em conta o timing, poderá estar a acontecer uma colaboração com a Missão Britânica RemoveDebris, onde a empresa testou já uma rede que é disparada no Espaço para recolher detritos, tal como demos a conhecer aqui.
E o futuro?
A extensão total dos planos de Obayashi é ambiciosa. Não é apenas o elevador que eles estão a construir. Se virmos o vídeo na webpage destinada ao projeto, percebemos a imensidão do projeto.
Por exemplo, uma estrutura no Centro de Gravidade de Marte – um ponto acima da terra onde a gravidade é a mesma que em Marte – para uma porta de “órbita baixa da terra” da qual se pode implantar satélites de volta à Terra.
O objetivo é ter o elevador concluído e em operação até 2050.