Com a tecnologia atual, com o poder de processamento computacional, é possível elaborar cenários hipotéticos da Terra em condições nunca testemunhadas. Há, inclusive, programas de exploração oceânica dedicados a descobrir pedaços da história por baixo dos mares. É um exercício importante para perceber o planeta atual e, sobretudo, perceber um eventual futuro da Terra.
James O’Donoghue, cientista planetário da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), lançou uma nova versão de uma famosa animação feita pela NASA em 2008, com a Terra despida de oceanos.
Este cientista da JAXA tem um canal do YouTube com imagens e explicações fabulosas. Entre elas está um vídeo que mostra muito claramente como seria o nosso planeta se todos os mares e oceanos fossem drenados.
É curioso perceber a forma como certos efeitos poderiam afetar globalmente a Terra. Mas as imagens, impressionantes, podem explicar certos aspetos do nosso canto aqui neste lado do universo.
Drenar os oceanos
Três quintos da superfície da Terra estão sob o oceano. Assim, é sabido que o fundo do oceano é tão rico em detalhes quanto a superfície da Terra com a qual estamos familiarizados. Conforme podemos ver e apreciar, esta animação simula uma queda no nível do mar que revela gradualmente muitos destes detalhes. À medida que o nível do mar cai, as prateleiras continentais aparecem imediatamente.
Os níveis são visíveis principalmente a uma profundidade de 140 metros, exceto nas regiões do Ártico e Antártico, onde as prateleiras são mais profundas. As cristas do meio do oceano começam a aparecer a uma profundidade de 2000 a 3000 metros.
Quando se atinge os 6000 metros, a maior parte do oceano é drenado, exceto pelas trincheiras profundas, a mais profunda das quais é a Fossa das Marianas, a uma profundidade de 10 911 metros.