Pplware

COVID-19: O novo coronavírus pode sobreviver na pele durante 9 horas

O mundo foi abalado por uma pandemia e o vírus causador da COVID-19, o SARS-CoV-2, começou a ser estudado como seguramente nenhum outro vírus até hoje o foi. No entanto, ainda não se sabe tudo e, quer a vacina, quer tratamentos específicos, ainda são apenas promessas. Contudo, já se sabe mais sobre a transmissão e isso é uma informação extremamente importante.

Por exemplo, já se sabe quanto tempo o vírus pode viver na nossa pele. O tempo de vida do novo coronavírus aumenta o contágio principalmente se não tivermos uma forte etiqueta de higiene.


Novo coronavírus não está a ser dominado e há razões que explicam

Não, este vírus não é como o vírus da gripe. É preciso o mundo acordar para uma realidade que está a dizimar milhares de pessoas todos os dias. O que se pensava ser rapidamente tratado vai a caminho de um ano sem que nada tenha ajudado a que o número de mortos e de contágios diminua.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março passado, já morreram mais de 2 mil pessoas com a doença e da doença. O número no mundo ascendeu já a mais de 1 milhão de mortes e os casos estão a aumentar como não se tinha visto ainda. Portanto, se com toda a dinâmica feita em volta das restrições sociais, do afastamento entre pessoas, do uso das máscaras e de outras medidas, as pessoas continuam a morrer aos milhares por dia, como seria se estas medidas não se tomassem?

 

Não, a COVID-19 não é como a gripe

O novo coronavírus pode permanecer na pele humana por muito mais tempo do que os vírus da gripe, de acordo com um novo estudo de investigadores japoneses. O SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, permaneceu viável em amostras de pele humana durante 9 horas. Em contraste, uma estirpe do vírus influenza A (IAV) permaneceu viável na pele humana por cerca de 2 horas.

Apesar desta capacidade de sobrevivência na pele, a verdade é que ambos os vírus, na pele, foram rapidamente inativados com desinfetante para as mãos. Assim, este é mais um forte indício de que é importantíssimo lavar as mãos ou usar os desinfetantes que se tornaram de uso corrente, como o álcool gel.

Este estudo mostra que o SARS-CoV-2 pode ter um risco maior de transmissão por contato [ou seja, transmissão por contato direto] do que o vírus da gripe, porque o primeiro é muito mais estável na pele humana [do que o último].

Estas descobertas apoiam a hipótese de que a higiene adequada das mãos é importante para a prevenção da disseminação do SARS-CoV-2.

Escreveram os autores no seu artigo, que foi publicado online no dia 3 de outubro na revista Clinical Infectious Diseases.

 

A sobrevivência do vírus na pele humana

No início da pandemia, investigadores nos Estados Unidos analisaram quanto tempo o SARS-CoV-2 poderia durar em várias superfícies. Conforme foi notícia, estes descobriram que permanecia viável em superfícies de cobre até 4 horas, em papel até 24 horas e em plástico e aço inoxidável durante pelo menos 72 horas.

No entanto, por razões éticas, examinar quanto tempo o vírus poderia durar na pele humana era mais complicado.  Isto porque era necessário colocar uma amostra de um vírus potencialmente letal nas mãos das pessoas sãs.

Assim, para o novo estudo, os cientistas da Universidade de Medicina de Kyoto, no Japão, criaram um modelo de pele usando amostras de pele humana obtidas em autópsias. As amostras foram recolhidas aproximadamente um dia após a morte.

Os autores observam que mesmo 24 horas após a morte, a pele humana ainda pode ser usada para enxertos de pele, o que significa que ela retém grande parte da sua função por algum tempo após a morte. Portanto, as amostras recolhidas poderiam ser um modelo adequado para pele humana, argumentaram os autores.

 

SARS-CoV-2 dura mais na pele humana que o vírus da gripe

Segundo os investigadores, o SARS-CoV-2 sobreviveu nas amostras de pele humana durante 9,04 horas, em comparação com 1,82 horas para o vírus influenza A. Quando estes vírus eram misturados ao muco, para imitar a libertação de partículas virais numa tosse ou espirro, o SARS-CoV-2 durava ainda mais tempo, cerca de 11 horas.

No entanto, ambos os vírus foram inativados na pele 15 segundos após o uso de um desinfetante para as mãos com etanol a 80%.

A higiene adequada das mãos … leva à rápida inativação viral [do SARS-CoV-2] e pode reduzir o alto risco de infeções de contacto.

Explicaram os autores da experiência.

Os autores alertam que o seu estudo não considerou a “dose infeciosa” de SARS-CoV-2, ou seja, a quantidade de partículas de vírus necessárias para dar a alguém uma infeção do contacto com a pele contaminada. Assim, investigações futuras devem também examinar esta questão.

A pandemia, tal como referido em cima, não está a abrandar. À data de hoje, Portugal registou nas últimas 24 horas o recorde de casos positivos.

Assim, os números da DGS dizem-nos que:

 

Leia também:

Exit mobile version