Sim, foi no dia 16 de julho de 1969, que a nave Apollo 11 levou os astronautas Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins até à Lua. Contudo, depois de meio século, a humanidade tem novos e ambiciosos planos para o nosso satélite natural. Se a missão Artemis prevê colocar 4 astronautas até 2025, a China prepara-se para pôr três astronautas na Lua antes de 2030.
China já prepara pouso na Lua
Depois dos EUA partilharem vários aspetos da missão Artemis, a China, que também tem ambições para alunar, anunciou que iniciou a “fase de pouso tripulado na Lua” do seu programa de exploração do nosso satélite. Esta meta deverá ser alcançada antes de 2030.
O vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, Lin Xiqiang, explicou, em conferência de imprensa, que o Escritório de Engenharia Espacial Tripulada da China “iniciou os trabalhos de desenvolvimento” em projetos que incluem “novos veículos de exploração, fatos de astronauta, uma nova geração de naves espaciais e novos foguetões”.
O trabalho visa possibilitar no futuro uma “curta estadia na Lua”, uma “exploração conjunta homem-máquina” e as tarefas de “pouso na lua, movimentos na superfície, recolha de minerais, pesquisa científica e retorno à Terra”.
Explicou Lin.
Além desta informação sobre o pouso na Lua, Lin anunciou ainda o lançamento do Shenzhou-16, que vai transportar três astronautas para a estação espacial de Tiangong, na terça-feira. Segundo o vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, os astronautas Jing Haipeng, Zhu Yangzhu e Gui Haichao, vão partir para Tiangong, a partir da base de lançamento de Jiuquan, situada numa área desértica no norte do país.
Para Jing, o comandante da missão tripulada, esta é quarta missão em que participa, o que o tornará no ‘taikonauta’ – como são chamados os astronautas chineses – com mais missões.
Para Zhu e Gui esta é a primeira missão no espaço. Jing e Zhu vão ficar encarregados de manobrar e gerir a nave e realizar experiências.
Tiangong poderá ser a única estação espacial em funcionamento com o fim da ISS
A construção da estação espacial foi concluída no final de 2022. É provável que a Tiangong se torne na única estação espacial do mundo até 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos à qual a China está impedida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial, for desativada naquele ano, conforme está planeado.
A China já conseguiu pousar a sonda Chang’e 4 no lado da Lua não visível a partir da Terra em 2019, tornando-se o primeiro país a fazê-lo.
O país asiático anunciou também recentemente a quarta fase do seu programa de exploração lunar, que inclui a construção na próxima década de uma base de exploração científica no polo sul do satélite natural da Terra.