Lançado a 27 de dezembro da estação espacial de Plesetsk, o foguetão russo Angara deveria testar um novo módulo da estrutura, conhecido como o propulsor Persei. Segundo as autoridades russas, o lançamento foi um sucesso. No entanto, um problema técnico fez com que o Angara-A5 perdesse propulsão ficando em órbita baixa.
O resultado foi a queda no Oceano Pacífico, perto da Polinésia Francesa.
Tal como demos ontem a conhecer, um foguetão russo Angara-A5 foi lançado da estação espacial de Plesetsk, na região noroeste da cidade russa de Arkhangelsk, a 27 de dezembro.
No entanto, este foguetão de carga pesada não teve o destino pretendido. A verdade é que o primeiro estágio disparou apenas por dois segundos, já perto do seu destino final, antes de se desligar por completo. Isso deixou o Angara-A5 sem propulsão, o que o fez ficar numa órbita baixa. O destino seria o solo terrestre.
Caiu com estrondo parte do foguetão russo Angara-A5
De acordo com o Comando Espacial dos Estados Unidos da América, que acompanhou a queda, o Angara-A5 caiu já em pleno Oceano Pacífico numa região junto à Polinésia Francesa.
Segundo é avançado, o foguetão viajou a 7,5km/segundo, tendo entrado na atmosfera numa localização de 121º Oeste e 14º Sul, de acordo com a informação partilhada pelo astrónomo Jonathan McDowell, do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian.
Apesar de não se prever danos físicos para a população humana, a verdade é que os especialistas alertam para os riscos reais de tal vir a acontecer, pelo que não devem ser ignorados.
A maioria dos detritos espaciais que entra na atmosfera acaba por queimar não apresentando risco para a vida na Terra, ainda que partes maiores possam causar danos se caírem em regiões habitadas.
Esta não é uma situação nova e já recentemente o foguetão chinês Longa Marcha 5B causou alguma tensão e muita especulação. Neste caso acabou por cair no Oceano Índico, sem causar problemas.