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As viseiras de proteção facial serão eficazes para prevenir a COVID-19?

De repente vemos a nossa vida completamente transformada por um vírus que, supostamente não chegaria cá e que provavelmente nem era assim tão contagioso. Fomos obrigados a estar confinados, temos de nos afastar de todos, usar máscara e viseiras para tentar levar a vida sem sermos afetados pela pandemia. Apesar de no início as máscaras terem sido desvalorizadas, hoje já se eleva a obrigatoriedade. Além disso, muitas pessoas usam outras proteções faciais.

As viseiras passaram a ser mais uma proteção contra o novo coronavírus e contra o “spray” exalado pelas pessoas, que pode transmitir o vírus. Mas será que são eficazes, será que servem para alguma coisa?


Viseiras de proteção facial são eficazes para mais do que se julga

Um pouco por todo o mundo, vemos os profissionais de saúde a usar estas proteções. Vemos igualmente muitas pessoas que no seu dia a dia estão a usar, ora com, ora sem máscara. E vemos muitas empresas a fabricar para oferecer este utensílio de segurança. Qual será a sua importância?

Especialistas americanos propuseram o uso de escudo facial como complemento de prevenção contra o contágio do coronavírus e apontaram diversas vantagens do utensílio. Enquanto muitos compram ou improvisam máscaras para cobrir as vias nasais e a boca, o escudo facial pode inclusive defender as orelhas para se evitar a infeção.

Os escudos plásticos, que se podem produzir e distribuir de forma rápida e acessível, deveriam incluir-se como parte das estratégias para reduzir de forma segura e significativa a transmissão no espaço comunitário.

Afirmaram três médicos da Universidade de Iowa (EUA), como publicou o portal MedicalXpress.

As autoridades de saúde americanas estão a lidar com uma guerra como nunca lidaram. Assim, todos os mecanismos e estratégias que possam parar o contágio estão a ser usadas e publicitadas à população. Segundo o Departamento de Medicina Interna da Universidade de Iowa, as viseiras para serem eficazes para parar a propagação viral, o escudo facial deve estender-se até abaixo do queixo. Também deve cobrir as orelhas e “não deve haver espaço exposto entre a testa e a cabeça do escudo.

 

Viseiras têm algumas vantagens sobre as máscaras

Este tipo de utensílio é visto como uma ajuda importante. De tal forma que estes escudos têm uma série de vantagens sobre as máscaras, como referem os especialistas. Em primeiro lugar, são infinitamente reutilizáveis, necessitando simplesmente de limpeza com água e sabão ou desinfetantes comuns. As viseiras são normalmente mais confortáveis de usar do que as máscaras, e formam uma barreira que impede que as pessoas toquem facilmente no seu próprio rosto.

Quando falam, as pessoas às vezes puxam a máscara para baixo para facilitar as coisas – mas isso não é necessário com um escudo facial. E “o uso de uma viseira facial também é um lembrete para manter o distanciamento social, mas permite a visibilidade de expressões faciais e movimentos labiais para a perceção da fala.

 

E quanto à capacidade da viseira prevenir a transmissão do coronavírus?

De acordo com a equipa da Universidade de Iowa, ainda não foram realizados estudos em larga escala. Mas “num estudo de simulação, as viseiras faciais demonstraram reduzir a exposição viral imediata em 96% quando usados por um profissional de saúde simulado a menos de 46 cm de uma tosse”.

Quando o estudo foi repetido na distância física atualmente recomendada de cerca de 2 metros, os escudos faciais reduziram o vírus inalado em 92%.

Referiram os autores.

Conforme foi referido por Eli Perencevich, diretor do departamento médico, ainda não foram realizados estudos para ver como os escudos faciais ajudam a evitar que o vírus exalado ou tossido se espalhe para fora de um portador infetado. Contudo,  o grupo liderado por Perencevich espera que sejam realizados estudos sobre esta questão.

Apesar de ser uma barreira contra o contágio, esta é apenas mais uma medida que será sempre apenas uma parte de qualquer esforço de controlo de infeção.

Nunca se deve esquecer o distanciamento social e a lavagem de mãos. Portanto, as viseiras não devem ser vistas como uma proteção 100% eficaz, esta deve funcionar com as outras medidas combinadas, como, por exemplo, a máscara.

 

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