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Amostras da NASA indicam que o asteroide Bennu pode ter integrado um mundo oceânico

A análise de amostras do Bennu da missão OSIRIS-REx da NASA revela a presença de fosfato de magnésio e sódio, um composto que sugere que o asteroide pode ter tido origem num mundo oceânico primitivo.


A OSIRIS-REx demorou sete anos a chegar ao Bennu e a trazer a amostra de volta à Terra. A 24 de setembro do ano passado, a nave espacial da NASA passou pela Terra e, quando se aproximou do nosso planeta, entregou-nos uma cápsula com amostras de rocha recolhidas do asteroide.

Conforme esperado, a amostra de 120 gramas do asteroide Bennu tem o potencial de revelar conhecimentos significativos sobre a evolução do nosso sistema solar.

Segundo partilhado, a análise inicial das amostras do asteroide Bennu mostrou indícios de carbono e água, componentes essenciais para que a vida se desenvolva num planeta. Contudo, os testes mais recentes revelaram que as amostras contêm, também, fosfato de magnésio e sódio, um composto iónico constituído pelo catião magnésio e pelo anião fosfato.

De acordo com um comunicado de imprensa emitido pela NASA, a descoberta do fosfato de magnésio e sódio foi uma surpresa, uma vez que não foi detetado pelos sensores remotos da OSIRIS-REx. Além disso, dá a entender que “o asteroide pode ter-se separado de um pequeno mundo oceânico primitivo há muito desaparecido”.

A amostra que devolvemos é o maior reservatório de material de asteroide inalterado na Terra neste momento.

A presença e o estado dos fosfatos, juntamente com outros elementos e compostos em Bennu, sugerem um passado aquoso para o asteroide. Bennu poderia potencialmente ter sido parte de um mundo mais húmido. No entanto, esta hipótese requer mais investigação.

Explicou Dante Lauretta, coautor do artigo e investigador principal da OSIRIS-REx na Universidade do Arizona, Tucson, no mesmo comunicado.

Num artigo, a equipa da Universidade do Arizona, em Tucson, afirmou que Bennu “foi selecionado como alvo da missão em parte porque as observações telescópicas indicaram uma composição primitiva, carbónica e minerais que contêm água”.

De facto, asteroides como o Bennu nunca derreteram ou solidificaram desde a sua formação, há milhares de milhões de anos. Isto significa que a composição das amostras do asteroide Bennu pode fornecer informações valiosas sobre a evolução inicial do sistema solar, há cerca de 4,5 mil milhões de anos.

 

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