Honey: o caso da browser extension do Paypal que está a chocar utilizadores e influencers
A Honey, uma extensão de browser amplamente promovida como uma ferramenta para poupar dinheiro, encontra-se no centro de uma polémica gigante. Alegações apontam para práticas como o desvio de comissões de links de afiliados, limitações nas opções de cupões e publicidade enganosa. Estas denúncias estão a inquietar utilizadores e influencers.
O que é a Honey?
Lançada em 2012, a Honey promete simplificar a aplicação de códigos de desconto durante compras online. Entre as suas principais funcionalidades, destaca-se a capacidade de aplicar automaticamente os melhores códigos de desconto disponíveis, com base numa vasta base de dados de mais de 30.000 websites.
Além disso, oferece uma funcionalidade chamada Droplist, que permite aos utilizadores monitorizar produtos e receber alertas sobre descidas de preços.
Desde a sua aquisição pelo PayPal, em 2020, por um valor de 4 mil milhões de dólares, a Honey tem crescido em popularidade, e disponibilizado recompensas como cashback, cartões-presente e vantagens exclusivas para os utilizadores do PayPal.
As alegações contra a Honey
De acordo com o YouTuber MegaLag, a Honey estará envolvida em práticas controversas relacionadas com o desvio de comissões de links de afiliados. Supostamente, a extensão substitui cookies de rastreamento associados a esses links, desviando comissões que, de outra forma, seriam destinadas a criadores de conteúdo.
Assim, quando um utilizador clica num link de afiliado partilhado por um influencer, a comissão poderá ser redirecionada para a Honey, mesmo que esta não forneça qualquer código de desconto. Um exemplo citado refere que uma comissão de 35 dólares numa subscrição de uma VPN foi reduzida para apenas 0,89 dólares em cashback para o utilizador, com a Honey a arrecadar o restante.
Outro aspeto crítico está relacionado com as limitações nas opções de cupões. Embora a Honey afirme encontrar as melhores ofertas disponíveis, investigações sugerem que pode priorizar códigos fornecidos por lojas parceiras. Esta prática pode ocultar descontos mais vantajosos.
Adicionalmente, os termos de utilização da Honey incluem uma cláusula que exime a plataforma de qualquer responsabilidade em garantir os melhores descontos possíveis. Apesar de a declaração oficial afirmar que "nem sempre conseguimos encontrar a melhor oferta", críticos consideram que esta informação está ocultada nos termos de uso, o que pode levar os utilizadores a criar expectativas que não são cumpridas.
Impacto nos utilizadores e influencers
As práticas alegadas pela Honey têm gerado indignação, especialmente entre criadores de conteúdo que dependem de marketing de afiliados para gerar receita. Influencers de renome, como Linus Tech Tips, MrBeast e PewDiePie, podem ter perdido rendimentos significativos devido ao alegado desvio de comissões.
Por outro lado, os utilizadores que confiam na Honey para poupar dinheiro podem sentir-se enganados. Se a extensão der prioridade a parcerias comerciais em vez de oferecer descontos reais, os consumidores podem acabar por pagar mais do que o necessário.
Entre as principais preocupações levantadas, destaca-se a falta de transparência por parte da Honey. Apesar de a plataforma alertar para a possibilidade de nem sempre encontrar os melhores descontos, esta informação contrasta com as suas estratégias de marketing, que sugerem o contrário.
Importa ainda questionar se a Honey está a violar padrões éticos, uma vez que, embora as suas práticas possam ser legais, a falta de transparência levanta preocupações significativas. Outras ferramentas disponíveis no mercado podem oferecer maior clareza e realmente priorizar as poupanças dos utilizadores.
O canal MegaLag promete continuar a investigação e afirma ter descoberto implicações mais graves envolvendo o PayPal e as suas práticas comerciais.
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Imagem: MegaLag
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Certo, mas vígaros disfarçados de empresários/accionistas respeitáveis e cumpridores da Lei a utilizarem empresas globais supostamente a operar debaixo de um certo enquadramento legal que depois agem como se fossem scams de um qualquer gang ali pros lados da Nigéria, é que já e um bocado mais f#dido… posso dar o meu exemplo que tenho a conta paypal bloqueada há mais de 15 anos. Já fiz literalmente de tudo para tentar desbloquer a dita cuja, mas esbarro sempre ou numa assistência que se faz de desentendida, ou em num sistema da propria app que está desenhado para tornar virtualmente impossível o desbloqueio da situação. M#rda dessa que se f#da e vá à falência qt mais de pressa melhor…
Tive uma situação igual, tive que criar conta com outro email.