As extensões do Chrome vão respeitar obrigatoriamente a sua privacidade
A gigante norte-americana vai implementar novas restrições às extensões para o seu navegador, o Google Chrome. Fá-lo-á com o intuito de reduzir a quantidade de dados do utilizador recolhidas por estes add-ons variados. É, portanto, o mais recente capítulo da nova agenda da empresa, focada na privacidade.
Para o utilizador, as mudanças podem passar despercebidas, contrariamente aos seus efeitos.
Assim que as novas restrições forem aplicadas, verá novos pedidos de acesso, por parte dessas extensões, aos seus dados. Por sua vez, estas mesmas extensões serão "obrigadas" a reduzir o tipo e quantidade de dados de utilizador utilizados nas suas funções, sendo a palavra de ordem "o mínimo estritamente necessário".
As extensões para o navegador Google Chrome
Isto significa que se uma mesma tarefa pode ser executada de várias formas, a extensão deverá utilizar aquela que menos dados exige. Aliás, a tecnológica está a ser perentória neste ponto. Se existem duas vias para chegar ao mesmo destino, o add-on será obrigado a seguir aquela que menos dados necessitar.
Cumpre ainda salientar que a preocupação do Google Chrome prende-se sobretudo com a informação que este classifica como "sensível". Incluída nesta categorizarão temos desde os dados de formulários a informações bancárias e números de cartões de crédito, bem como o acesso à localização, entre outros pontos.
The new Safety Engineering Center in Munich is home to a number of Chrome browser engineering teams, who build our privacy and security features. https://t.co/bLe5VntWMk
— Google Chrome (@googlechrome) May 14, 2019
Acima podemos ver o compromisso reiterado com a privacidade dos utilizadores por parte de Sundar Pichai, CEO da Google. Uma afirmação que encontra agora corpo nas próximas imposições do seu navegador, com mais medidas em cima da mesa. Uma destas, serão os avisos que as extensões terão de apresentar.
A privacidade é a nova palavra de ordem na Google
Com efeito, o Google Chrome exigirá que mais extensões divulguem os seus termos de privacidade e utilização dos dados, logo na Chrome Web Store. A partir daí, o potencial utilizador deverá ser compreensivamente informado de tudo o que uma qualquer extensão poderá ver, recolher, analisar, processar ou armazenar.
E se, de uma forma ou outro, isto já se aplicava a algumas extensões, agora a imposição será muito mais abrangente. Toda e qualquer extensão que utilize qualquer tipo de conteúdo gerado pelo utilizador terá que explicar a este, o que vai fazer com esses mesmos dados. Só assim poderá continuar na Web Store.
As novas imposições serão gradualmente implementadas pela Google. No entanto, até ao próximo outono já deverão estar complemente assimiladas, com os programadores a estarem adstritos a estas. Assim, se é um programador, ou responsável por uma extensão, tenham em atenção este controlo mais apertado.
Os dados do utilizador, do Chrome para a Drive
Além das novas regras de privacidade e controlo de dados para as extensões do Google Chrome, há medidas similarmente significativas para as aplicações que queiram aceder, de alguma forma, ao Google Drive. Daqui em diante estarão impedidas de aceder discricionariamente aos conteúdos da sua Drive.
Mais ainda, terão que lhe pedir autorização para aceder a ficheiros específicos que possa ter aí guardados. Ao mesmo tempo, para as aplicações de terceiros que, por exemplo, fazem backups completos para a Google Drive, o utilizador terá que lhes dar esse mesmo acesso. Não deixarão, portanto, de operar como até agora.
Em suma, temos aqui um reforço considerável do controlo que o utilizador tem dos seus dados. Será um controlo mais granular do acesso por terceiros às informações presentes na Drive, no Chrome e outros serviços da gigante norte-americana. Agora, aguardamos pela sua implementação até ao final de 2019.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: The Verge
Neste artigo: extensões, Google, google chrome
“Para o utilizador, as mudanças podem passar despercebidas, contrariamente aos seus efeitos”
Nope, gosto mais deste artigo:
https://www.forbes.com/sites/kateoflahertyuk/2019/05/30/google-just-gave-2-billion-chrome-users-a-reason-to-switch-to-firefox/
Com o bloqueio da extensão uBlock muita gente irá largar este browser.
Não uso esse Pacman de memória. Acho que com Vivaldi isso não irá acontecer
O Vivaldi é um fork do Chrome, se não tiver a WebExtension API igual à do Chrome, então ainda mais trabalho os devs vão ter. Tenho a certeza que todos os forks vão igualar o que o Chrome fizer, talvez a única exceção deva ser o Brave.
Sim, também acredito, se impedirem os mecanismos dos adblockers, as pessoas acabam por mudar, eu serei um deles.
“Esqueceram-se” de escrever que estas restrições vão afetar principalmente os Adblockers que vão basicamente deixar de funcionar. Até parece de propósito 😉
Acredito. Papai Noel acabou de ligar para mim para confirmar.
Mas ainda existe alguém que se acredite no que a Google, esteja realmente interessada, em proteger o utilizador dos seus produtos em que o foco, seja precisamente a quantidade que alguns (muitos add-ons), recolhem destes?
Qual a razão de a Google se preocupar com esses tais add-ons, e ela própria não segue essa mesma política de proteção aos seus clientes?
A Google que não se preocupe tanto, com os outros e olhe mais para o seu umbigo.
E deve olhar com o máximo de HONESTIDADE…
Eu sei e muitos sabem qual o fito da Google, é daí que vem muito dinheiro, da PUBLICIDADE e por isso mesmo, quer IMPEDIR, que todo e qualquer utilizador, fique PROIBIDO de podere recorrer à utilização de add-ons, nomeadamente os conhecidos por ad-blockers, sendo que o mais eficaz no meu entendimento, é o sobejamente conhecido uBlock Origin (cuidado que existe um falso!)
Então, o que a Google se propõe levar por diante no Chrome?
Simplesmente, excluir a API (API WebRequest), responsável e essencial para que o uBlock Origin e outros similares, possam funcionar.
Esta é postura, zelosa da Google para com os seus utilizadores!!!
(https://9to5google.com/2019/05/29/chrome-ad-blocking-enterprise-manifest-v3/)
A incongruência é tal, que isto acaba por afectar muitos web sites, e estes, teimam em não divulgar esta matéria.
Obviamente, que a Alphabet, afirma que o bloqueio de anúncios, são rotulados como sendo um factor de risco agravado para as receitas da própria Google.
(https://www.sec.gov/Archives/edgar/data/1652044/000165204419000004/goog10-kq42018.htm#sB8A92C82A7085B27A37F412D2216BC6F)
Por outro lado, a própria Google, afirma que mesmo assim, uBlock Origin e outros semelhantes, vão poder continuar a usufruir e a utilizar o que se designa por um sistema de regras.
Regras essas, que para a Google, passam pela implementação limitada a 30.000, quando a própria EasyList, tem cerca de +75.000.
Mas…se formos mais fundo na matéria, poderemos ver, que a Google ainda é mais mentirosa.
Então não é que para os utilizadores “comuns” a Google quer a todo o custo impossibilitar a utilização de tais ad-blockers e diz que permite o uso da API antiga a todos os utilizadores empresariais!!!!
Em que ficamos “menina” Google?
Já sei Google, os tais motivos técnicos, a tal segurança do utilizador “comum”, é uma FALÁCIA, em que só acredita quem quer.
O que tu queres, é MANIFESTAMENTE PENALIZAR, todos os utilizadores de ad-blockers.
O que importa neste caso, é precisamente, não os tais “motivos técnicos”, mas SIM, impedir (tentar impedir) os utilizadores dos ad-blockers.
Google, … vai dar milho aos pombos e por isso mesmo, cada vez mais é usar Firefox e/ou…outros.
Quando falam em Google + Privacidade eu caio na risada, ainda mais quando a pessoa insiste em digerir isso.
Mais engraçado que isso é falarem em Facebook + Privacidade.
Hahahaha.
o que mais me chateia na questão da privacidade é o Opt-out dos cookies nos websites . Em cada site que entra um gajo tem de gramar com o pop-up, e nalguns casos, se não quiser partilhar info nos cookies, tem de clicar 500x para não divulgar a terceiros. Caso contrário, é aceitar tudo. Exasperante!
Mais uma excelente razão para todos começarem a usar Brave 🙂
Brave é baseado no Chromium!
Das 2 uma, ou fazem fork e passam a ter uma API própria (que lhes vai dar uma trabalheira) e vão de tempos a tempos buscar o upstream do Chromium e aplicar a API deles, ou então seguem a manada.
Mas se forem pelo fork, a google vai dificultar-lhes a vida.
Estão a fazê-lo ja ao Microsoft Edge… (mas nao tenho pena nenhuma da M$!!!)
Ungoogled Chromium, compila e usa.
Bromite, confia nos devs e usa.
Firefox, idem de acima.
Crie seu próprio browser e pare de reclamar.
Nao conhecia. Vou investigar.
Thanks.
Que mais há a fazer do que reclamar em certas situações??? So se for rir delas. Ahahah 🙂
Criar o próprio browser é algo que está fora da realidade das pessoas normais, Lucas.
“As extensões do Chrome vão respeitar obrigatoriamente a sua privacidade” certo e já agora façam o mesmo ao próprio browser.
Ahahah.
Not!!!
wtf que artigo é este
Há uns tempos falei aqui sobre deixarem de debitar press releases e começarem a ter artigos onde se faça uma crítica mais pensada a essas mesmas press releases. Seria mais informativo…
A Google nunca se interessará por privacidade. Isso é diametralmente oposto ao modelo de negócio deles. No dia que começarem a levar a palavra privacidade a serio vão à falência…
Protegem os dados recolhidos de terceiros e é isso que agora querem fazer vender, mas nunca explicam como não usam esses dados para eles próprios.
Ou seja a maior empresa de publicidade do planeta (no sentido em que espeta a publicidade em frente do utilizador) fez uma alteração no browser mais usado que impede os bloqueadores de publicidade de funcionar…
Sim deve ser segurança deve…