The Day After…
"Depois do anúncio de ontem da Apple, choveram na Internet, diversas opiniões sobre o significado das últimas decisões, vindas de Cupertino.
Macworld 2009
Parece evidente para todos, que o timing deste anúncio, foi péssimo. Anunciar algo de tão significativo a tão poucos dia do próprio evento, não me pareceu a melhor opção.
Por outro lado, a forma como foi feito, merece alguma reflexão. Senão vejamos.
A Apple não só a anuncia Phil Schiller como apresentador da Keynote, como confirma a saída da Macworld, um evento que não é organizado pela Apple. Ou seja, a Apple consegue direccionar as atenções para a saída da Macworld e por outro lado, valida ou de alguma forma está a legitimar a não presença de Jobs. Mas vamos por partes…
- O futuro da Macworld:
A Macworld, no passado realizava dois eventos anuais, um em cada costa dos EUA, em São Francisco e Boston/Nova Iorque. Depressa se percebeu que as apresentações da Apple realizadas do lado do Atlântico não eram tão interessantes como as de São Francisco. Hoje, só temos a exposição de São Francisco.
Também é verdade que a Apple tem vindo a reduzir ao máximo as presenças em eventos e exposições. A Macworld era a última.
Parece-me que existe aqui uma coerência que é preciso considerar, uma vez que alguns dos mais importantes lançamentos da Apple em 2008, até foram feitos em eventos próprios, sejam eles, especiais, como o lançamento dos iPods e dos Macbooks Unibody, seja na WWDC. São eventos realizados, geridos e controlados pela Apple. A pressão de ter que apresentar algo novo e inovador a cada Macworld, logo em Janeiro e a seguir ao Natal, poderá estar a comprometer os objectivos da Apple. A Macworld de 2008 prova isso mesmo. Depois da fantástica apresentação do iPhone em 2007, seria complicado manter aquele nível de inovação. É verdade que apresentaram o Macbook Air…mas não foi bem a mesma coisa.
Qual pode ser então o futuro da Macworld?
Apesar de tudo, a Macworld é e será o local e o evento por excelência para o encontro de fans da marca da maçã. Existe um denominador comum, para quem pretende marcar presença na Macworld e essa motivação continuará a existir. Quero acreditar que a Macworld será o evento anual em que a forte comunidade Apple poderá marcar presença num único espaço.
É verdade que já passaram os tempos áureos das conferências e exposições. Hoje, grande parte do que era apresentado num evento desse género, passou a ser apresentado na própria Internet, sem recurso a um evento ou espaço físico, com as naturais vantagens que isso poderá trazer, nomeadamente quando falamos de custos.
- A ausência de Jobs:
Aqui podemos seguir vários caminhos, uma vez que desconhecemos a verdadeiro condição física de Steve Jobs. A saber:
- Jobs está de facto numa fase complicada e isso obriga-o a não comparecer na Keynote.
- Face à condição exposta no tópico anterior, vamos assistir ao início da sucessão na Apple, sendo um tema abordado na própria Keynote. - Jobs mantém-se nas condições que já conhecemos e a ausência dele, é um reforço da política relativa a conferências e exposições.
- Em consequência do último tópico, é adicionado o facto de não haver efectivamente, grandes novidades para apresentar.
Uma coisa é certa, a Apple está a mexer e no dia 6 de Janeiro teremos mais novidades! "
Este artigo tem mais de um ano
Há 11 anos a rotina é a mesma, como movida por um relógio atômico. Em janeiro, Steve Jobs sobe ao palco da Macworld para apresentar um ou mais produtos da Apple que mexem com a concorrência, o coração e o bolso dos consumidores.A tradição acabou com o anúncio ontem de que a Apple sairá da Macworld e que a última apresentação será feita por Phil Schiller, vice-presidente de marketing. O fato de Jobs não fazer a palestra derradeira levanta mais uma vez dúvidas sobre a sua saúde – o que realmente é estranho. É o fim de uma era, encerrada no susto e que terá efeitos importantes para a indústria.
Os keynotes eram mais do que simples apresentações. Tornaram-se, ao longo do tempo, eventos culturais e financeiros. Observe o movimento da bolsa e das ações da Apple na época da Macworld e tire suas conclusões. Além disso, eram marcações claras para os ciclos de evolução da pequena linha de produtos da empresa, envolvidos por toda a mecânica dos rumores e ansiedade embutidas no modus operandi da Apple.
Steve Jobs controlava qualquer questão relacionada à apresentação. Da temperatura das luzes usadas à trilha sonora e texto, tudo era aprovado e até criado pelo executivo. E ainda houve espaço para jogadas brilhantes de marketing como a one more thing. Aos poucos, a frase passou a representar o produto-surpresa mostrado ao final do keynote, depois da montanha russa considerada oficial. A Macworld não era só Jobs. Fé, ciência e produtos se encontravam para afirmar o poder da Apple como opção alternativa à hegemonia Microsoft/Windows. Sem o stand gigantesco da empresa é difícil acreditar que o evento continuará.No release do anúncio, a Apple declara que tem investido menos nos eventos independentes ao longo dos anos e que continuará a focar nas apresentações próprias, como as que acontecem no seu campus, em Cupertino. Entre os motivos cogitados para a a mudança está o desejo de liberdade de lançar produtos quando e como quiser, sem ficar atrelado a um evento organizado pelo IDG. Mas levará tempo até que a Apple consiga imitar a aura que levava pessoas do mundo inteiro ao Moscone Center.
Talvez a empresa tenha realizado que está em outro patamar. Nunca vendeu tantos Macs e iPods, e está numa ótima posição no mercado da telefonia celular, passando de azarão para magnata em dois anos. Não precisa mais se amarrar às convenções externas e quer criar seu calendário próprio e definitivo.
Agora é observar como será a Macworld. A ausência de Jobs pode ser compensada por um grande lançamento – o netbook ou o iPhone Nano – ou apenas com a demonstração definitiva do Snow Leopard, que deve chegar ao mercado no WWDC, evento para desenvolvedores que acontece no meio do ano. Esse sim, da Apple, e que será mantido como o principal da empresa
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http://www.myspace.com/fernandoreznor
“Quero acreditar que a Macworld será o evento anual em que a forte comunidade Apple poderá marcar presença num único espaço.” lol
esta noticia ja é do 16 pelo menos, mas de qq forma:
no one cares
Luminoso: Já houve 120 pessoas que se interessaram pelo conteúdo da notícia, inclusive tu! E quando à data da notícia, já por várias vezes referimos que não somos jornalistas. Procuramos mostrar aquilo que se passa à nossa volta, mesmo que com alguns dias de atraso.
Boas
Acho que a noticia é boa.
A que não interessa é passar para a seguinte.
Eu acho que a Apple progride bastante de produto para produto e mesmo dentro das versões do mesmo produto.
No entanto, certos produtos Apple deixam uma nota amarga no consumidor, por custarem muito, serem sub-standard e muitos aspectos (muito especialmente o hardware!) e… serem substituídos por versões realmente muito melhores… ao mesmo preço.
Exemplos? Eis um: Comprei o primeiro MacBook Air… comparem esse com o actual: 50% + de disco, melhor gráfica, menos problemas (e os problemas que o meu me deu?… Uma avaria da ventoínha que a Interlog (o representante oficial e principal mantenedor técnico) foi só capaz de ver à 3ª – 3 meses de privação da máquina… 🙁
Posso falar bem e mal da Apple, mas a verdade é que me apaixonei pela Apple pelo design.
Senão vejam bem o que existe por aí que se compare em design (sempre tendo em mente que qualquer coisas equivalente em termos de especificação se vende por 2/3 do preço do material Apple, LOL!):
– Os últimos MacBooks (13″ e Pro) em Alumínio: brilhante! Tenho um MacBook Pro “custom” (disco 7.200 RPM, processador 2.8 GHz e 4 GB RAM DD3 1.66) e simplesmente é um maquinão – outra vez, por um preço estupisdamente exagerado, mas tá bem…
– O próprio MacBook Air – depois de o termos na mão (e o écrã é excelente – no mínimo) temos que tê-lo e pronto!
– O IPod Nano da geração anterior (sempre gostei mais da traseira cromada, o actual é um pouco pífio de aparência).
– O auscultador Bluetooth do iphone (sim, até nesta pequenas coisas!…)
– O iPhone (tinha que tê-lo… e acertei: tem tudo, mas mesmo tudo – excepto a navegação por GPS para o automóvel) que me faz falta e o écrã é glorioso, nada se lhe compara, nem mesmo os mais caros, tipo Omnia ou Xperia ou lá como se chama o da Ericsson (que é muito bom também, mas bem mais caro).
E podia continuar (por exemplo com os desktops integrados no fabuloso écran de 24″…) mas isto chega para mostrar porque é que quem está disposto a dar uns cobres a mais se apaixona por estes produtos tão apelativos…
Por isso, embora eu ache que, de um modo geral, os produtos da Apple são uma banhada (istyo é, ficam demasiado caros para o que valem) ainda assim acho que há desculpa para quem os prefere: são tão SEXY!… 😉
Nota: O meu MacBook Pro passa a maior p+arte do tempo a correr Windows Vista e algum tempito a jogar jogos tipo Crysis, Far Cry 2 e outros bastante exigentes em termos de hardware!…
Assim, acho que o Jobs por enquanto vai tendo razão para ter peneiras!
Vêm aí tempos dificeis para a Apple. Num mundo com portateis de 300 euros (A Sony vai lançar um Vaio para esta gama) e de “magalhães” deste mundo a serem distribuidos nas escolas, já para não falar da crise internacional, as coisas vão ficar apertadas para todos e a Apple nao é excepção.
A Apple gasta milhões em pesquiza não só de software como de hardware e mesmo tendo-se virado para os Intel como forma de reduzir custos e dispor de equipamentos mais baratos, não tem sido fácil para eles manter-se a par dos preços cada vez mais apertados. Já se vendem HP’s a 399 euros e não sáo Atom.
Este “afastamento” do steve pode indiciar ou uma estratégia de passagem de testemunho (o que diga-se não ser nada fácil dada a “mistica” que ele tem) ou o inicio de remodulações profundas na estratégia de mercado da Apple.
Esperar para ver.
@WiseMax
Muito honesto da tua parte as observações à MAC, a maioria dos utilizadores não admite que compra MAC porque é bonito tendo outras opções mais em conta… Mas a Apple está aí com o seu estilo e a sua marca unica… e sim no fundo compramos porque queremos ter…
Quem compra produtos Mac, compra porque são únicos. Acho errado quando se fala em “alternativas”, porque elas não existem. Não existe nenhuma marca que faça produtos com as mesmas características que os produtos Apple.
Um Desktop ou um portátil não podem ser avalidados só pela capacidade do seu processador e da sua memória. Existem muitos outros factores a ter em conta.
Que alternativas existem por exemplo a um iMac, que tem um computador e monitor numa única peça de alumínio, que tem cerca de 2,5cm de espessura e é extremamente silencioso?
Que alternativa existe a um MackBook Air que mede 1,94cm de espessura e pesa 1,36Kg?
Que alternativas existem à excelente qualidade de imagem dos monitores Apple?
Que alternativas existem aos Track Pads dos novos portáteis?
E a estabilidade do SO? E a facilidade de utilização?
E muitas mais características que tornam os produtos Apple ÚNICOS!
Quanto ao preço, quando se falam em produtos com característcas únicas, não acho que sejam caros.
Mas quem os acha, pode sempre optar pelas outras “alternativas”.
Acho que o J. C. levantou pontos muito pertinentes! (ver acima)
Com efeito, num mundo em que o factor preço (mais a mais com a moda da “crise”) é uma consideração muito importante, como vai a Apple defender-se?…
Será que o homem (Jobs) está aperceber que aquilo vai ao fundo e já se começou a baldar?…
Estou curioso… Mas é chato, logo AGORA, que eu me tinha redido ao design!… LOL!
Nota: Também tenho Sony Vaios (inclusíve o pequenino (carote, o f.da. p.!), de 6 horas de bateria e um de 15″ e gravador Blu-Ray) e até um Atom, sim senhor!… Cá em casa é um catálogo – e nem estou a contar os que passei ao meu filho!
A questão é: QUANTAS pessoas há por aí como eu?… É que o Jobs depende destes malucos para se safar!…
Mas estou com curiosidade de ver o que vai acontecer: ou é um golpe de génio (mais um!…) ou é um tiro no porta-aviões e foi-se!