PplWare Mobile

Autocorretor irritante: Por que razão o corretor do iPhone insiste na palavra que não queremos?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Vítor M.


  1. eu22222 says:

    É aprender a escrever

  2. José da Apatia says:

    “E quantas vezes, mesmo corrigindo, o corretor insiste numa palavra que não queremos?” – faz sentido – é o que a Apple nos faz tantas vezes. Dá-nos uma coisa que não queremos, mas à qual nos habituamos. Não é de hoje 😀

  3. kolas says:

    Mais irritante é ver artigos escritos com grafia do Brasil, em Portugal. Podendo distinguir corrector de corretos(os da bolsa de valores e de mercados de valores) porque se há-de escrever em Portugal com a grafia do Brasil? O que ainda não se percebeu com isto do A.O. é que ele existe para validar palavras oriundas do português do Brasil, que de outro modo não eram de língua nenhuma. Há um mar de palavras de dupla grafia, ou seja, no Brasil escrevem-se com a grafia do Brasil, no resto da comunidade falante de português dito de Portugal ou Europeu, escreve-se da maneira mais “portuguesa” se me é permitido. Em Portugal ninguém é obrigado a usar a grafia do Brasil, já se vê infelizmente a palavra “facto” em textos impressos cá em Portugal, escrita como “fato”
    Mais do que isso, é seguidismo, moda passageira, ou “porque agora é assim que se escreve” (nada mais errado, consulte-se o dicionário e não os correctores de texto, muito são feitos no brasil)
    Ainda há poucos anos o nosso alfabeto foi enriquecido com as letras “k”, “w” e “y”, pasme-se então que agora em vez de Viking, acham bem escrever “viquingue”. Acham bem escrever “Egito” quando etimológicamente está errado, e todas as palavras que deviram terem todas sem exepção o “p” (Egípcios, egiptologia, egiptólogo, etc.)
    É a minha opinião, vale o que vale, mas não se deixa de ter um sentimento de perda de identidade a cada texto (com má escolha de palavras do A.O.) que passa.
    Quanto mais anos passam, mais nos mostra que não vale nada este a.o. “made in” trafulhices do Sócrates e Lula da Silva.

    • kolas says:

      ressalvo corretos no inicio da segunda linha, era corretor que queria escrever.

    • Vítor M. says:

      Algumas e por evolução da língua, fazem sentido. Não temos na nossa grafia fato, mas sim facto. Mas temos batismo e não baptismo. Esta última faz sentido. Assim como lá atrás pharmácia passou a farmácia e commércio passou a comércio. Portanto, nunca será do agrado de todos, mas a história mostra que é graças a esta evolução que há uma uniformização de uma língua sendo ela uma das mais faladas no mundo e com muitas diferenças geográficas a cunhar o próprio idioma. É assim no português e em qualquer outra língua.

      Também é verdade que o português, principalmente na tecnologia, tem a sua força graças ao Brasil. Os mais de 200 milhões de falantes só por si dão a força que de outra forma a língua não teria. Claro que tem de haver cuidados, ou um dia estamos a falar “caminhão, concreto, entre outros arranjos linguístico”, quando para essas palavras temos camião e betão.

      Agora, mais do que estarmos a dar tanta importância às cedências parte a parte do nosso idioma, deveríamos cuidar para que o mesmo se falasse bem em qualquer país da CPLP, isso é muito mais importante que tudo o resto. Para manter o português saudável e moderno.

      As tais trafulhices, que não tenho dúvidas da existência, não abonam, mas o problema maior ainda é o analfabetismo.

    • RicM says:

      Concordo plenamente e ainda adicionaria a palavra ‘contacto’ cuja letra ‘c’, por muito inaudível que seja, ainda origina a junção da língua à parte de trás da abóbada palatina. No meu caso só aderi ao AO por obrigação do local de trabalho e por ter crianças em idade escolar para evitar confusão na aprendizagem.
      Infelizmente, a meu ver, um dos lados negativos da generalização da possibilidade de partilhar as ideias e opiniões, de que este site é um (gritante) exemplo, é que os erros e os maus tratos que certos dão à nossa língua são difundidos sem grande hipótese de correção. Por vezes até parece que os teclados não têm a letra ‘h’ para usar com o verbo ‘haver’ ou que só têm o acento agudo para a letra ‘a’.
      Este é um dos problemas das línguas vivas: quantos mais as falam mal, mais hipóteses teremos de ver nos dicionários entradas como “[xxxxx] o mesmo que [yyyy]”.
      Antigamente, havia mais pessoas analfabetas e/ou com poucos estudos, mas pelo menos tínhamos a certeza de como escrever uma palavra quando consultávamos os dicionários. Hoje até nos rodapés dos programas notíciosos vemos atrocidades de fazer ranger os dentes.

  4. kolas says:

    O exemplo de phamácia não serve, é uma palavra derivada do grego, portanto não tem nada de errado visto a fonética estar correcta. O mudar por mudar não é sinónimo de evolução. Se eu mudar o meu smartphone pelo meu velhinho Nokia, não é evolução, é mudança.
    No fim não podia concordar mais contigo, o problema do analfabetismo. Se bem que aqui o que fala mais alto é o dinheiro, como o mercado brasileiro é muito maior que o resto da comunidade, ignora-se a qualidade em detrimento da quantidade. Em vez de apostar numa melhor alfabetização, cede-se ao facilitismo de aceitar palavras “inventadas”

    • Vítor M. says:

      Não, vamos ver… estamos a falar de modernização da língua. Outro exemplo: “É prohibido collocar cartazes e annuncios em todo o edificio d’esta ordem” aviso anterior à Reforma Ortográfica de 1911.

      Como vez, o que estás a dizer não é mais do que o normal processo de reforma e modernização da língua. Tem de existir.

      • V.T. says:

        Esta “brasilarização” (que raio de palavra fui eu inventar?) da língua portuguesa não é evolução, é sim o assassínio da língua portuguesa… ou seja, totalmente o oposto!

        • Vítor M. says:

          Nem tudo o que foi alterado vai ao encontro do que existe no Brasil. Por exemplo, o facto e o fato… nós continuamos a escrever facto e eles fato. Como esta há bastantes mais. Agora, meu caro, não vale a pena lutar contra o inevitável. A população com mais falantes vai sempre ter um peso maior na modernização da língua. Depois, como é óbvio, o mercado brasileiro é poderoso, face ao nosso, no que toca à venda de livros e conteúdo em português, Apesar de não gostarmos, não há como evitar 😉 e mais vale sabermos a realidade e adaptar a nossa escolha, do que viver numa mentira.

          • V.T. says:

            Vitor, não concordo em absoluto com o teu cometário. Então por serem mais já podem modificar a nossa língua a seu belo prazer? Nós que só por acaso somos os portugueses que também só por acaso inventámos o português não temos nada a objectar?
            Nesse aspecto, Portugal tem estado a declinar a sua posição no que diz respeito à língua portuguesa, coisa que por exemplo Espanha não tem feito em relação à língua castelhana.
            Todas as línguas evoluem, mas isto que está a acontecer à nossa, não é de todo uma evolução é o desmantelar de um tesouro da humanidade.
            Acredita Vitor, quantidade não é qualidade! 😉

          • Vítor M. says:

            Não concordo. Nessa preceptiva ainda falavas português arcaico. E todos os idiomas evoluem, todos. 😉 O nosso é dos mais completos do mundo.

  5. Renato says:

    Recomendo o Creative Selection para quem se interessa pela Apple e tem curiosidade sobre alguma da sua estrutura interna (hierarquias ou ausência delas) na época do primeiro iPhone. O livro é interessante, ainda que o considere muito “cheio de certezas”.

    Bom artigo!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title="" rel=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*

Aviso: Todo e qualquer texto publicado na internet através deste sistema não reflete, necessariamente, a opinião deste site ou do(s) seu(s) autor(es). Os comentários publicados através deste sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. A administração deste site reserva-se, desde já, no direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou inseridos no sistema sem a devida identificação do seu autor (nome completo e endereço válido de email) também poderão ser excluídos.