Análise Intruders: Hide and Seek (Playstation VR)
Foi há pouco mais de 1 mês que os estúdios espanhóis da Tessera Studios lançaram Intruders: Hide and Seek, um titulo exclusivo para Playstation VR.
O jogo, que ganhou o Prémio PlayStation Talents para Melhor Jogo do Ano na III Edição dos Prémios PlayStation Talents em Espanha, coloca-nos perante um dilema aterrador e o Pplware já experimentou esse terror na primeira pessoa.
Venham ver aqui...
Tal como noutros países, o prémio Playstation Talents espanhol premeia os projectos mais ambiciosos, mais estruturados e mais interessantes de videojogos com apoios efectivos ao seu desenvolvimento e concepção com o objectivo de serem lançados para a Playstation.
Nascido nas salas de aula da Universidade U-Tad, Intruders: Hide and Seek ganhou o prémio na III Edição dos PlayStation Talents em Espanha, em grande parte, pela história e envolvência emocional que apresenta, assim como o facto de se passar num ambiente de Realidade Virtual.
Em Intruders, os jogadores encarnam um menino de 13 anos (Ben) que de repente vê a sua vida familiar transformar-se num pesadelo quando 3 desconhecidos invadem a sua casa e mantém os seus pais cativos.
A história é pesada e se tivermos em consideração que o jogo foi desenhado para Playstation VR, então estão reunidas as condições para um formidável jogo de horror.
Ao ver-se também ele preso em casa (escondido dos raptores) Ben tem como missão a de salvar os seus pais, assim como manter a salvo a sua irmã mais nova (escondida numa sala secreta). No processo vai-se apercebendo também de que este rapto, aparentemente casual, pode não ter sido uma coincidência assim tão grande.
Isto pois o jogo insinua algo de errado, não só no comportamento raptores, como deixa dúvidas acerca das próprias circunstâncias que originaram o ataque. Com o decorrer do jogo, a será revelada. Isto se sobrevivermos até ao fim.
Ben é, como qualquer típica criança de 13 anos, um menino relativamente pequeno o que traz algumas vantagens tácticas ao jogador. Os Tessera Studios tiveram um particular cuidado em reproduzir a escala do personagem e restantes elementos dos cenários de forma a que o jogador se sinta realmente pequeno. Por exemplo, uma estante com chaves é alta e não se consegue aceder apenas ao esticar o braço. Outro exemplo, um pequeno sofá pode ser um esconderijo perfeito para um pequenote de 13 anos.
É portanto desta forma que o jogador vai ter de evoluir no jogo de forma a fintar sucessivamente os raptores da família e de ir conseguindo atingir os seus objectivos, sem ser apanhado.
E reparem que o "medo de ser apanhado" em Intruders: Hide and Seek é muito real. Estando o jogador na pele de uma criança indefesa, num ambiente escuro e soturno no qual os raptores mantém a casa, o jogador tem de ter nervos de aço para manter a calma e estar alerta a todo o momento.
Dado que são 3 raptores, o perigo pode vir a qualquer momento e de qualquer lado e o jogador tem de saber usar o seu tamanho a seu favor. Mas não só.
Espalhados pela casa, existem variados itens e ferramentas que Ben pode usar em seu proveito. Seja para criar distracções, seja para desbloquear obstáculos, ou seja para iludir os raptores.
E por falar neles, podemos afirmar que estes são raptores que foram bastante pensados pela equipa de desenvolvimento. Cada qual tem a sua personalidade que vai deixando bem vincada ao longo do jogo e, se por um lado um deles apenas quer que a noite passe depressa, outro é um perfeito sociopata e esta mistura de personalidade acaba por adensar ainda mais o efeito pesado do jogo.
Veredicto:
Intruders: Hide and Seek consegue aquilo a que se propõe. Trata-se de um jogo de horror que nos colocar realmente numa situação de stress e medo constante, através dos olhos e mente de uma criança de 13 anos. Quem gosta de thrillers e filmes do horror, vai gostar de participar em Intruder: Hide and Seek.
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