Análise Dragon Quest Heroes 2 (Playstation 4)
Dragon Quest Heroes 2, é a sequela de Dragon Quest Heroes: The World Tree’s Woe and the Blight Below, podem ler a nossa análise aqui.
Tal como o antecessor, este Action RPG é fortemente inspirado num estilo de jogabilidade muito próprio, apelidado de Musou, característico e tornado popular pela série Dynasty Warriors. O principal elemento deste tipo de jogos é o combate contra centenas de inimigos ao mesmo tempo, recorrendo a todo o tipo de armas e magias.
A história de Dragon Quest Heroes 2 é bastante simples e, como seria de esperar, partilha algumas similaridades e ligações com o antecessor. A paz perdura no mundo dos sete reinos, as memórias da última guerra residem apenas nas profecias antigas e em contos para amedrontar as pequenas crianças de Harba. Nesta cidade, Lazarel, um de entre dois heróis que temos disponíveis para escolher, treina para se tornar num grande guerreiro e dominar a arte de combate corpo a corpo. Teresa, prima de Lazarel, é a outra personagem que podemos escolher. Esta decide visitar o primo em Harba e verificar o progresso do seu treino.
Por motivos desconhecidos Harba é atacada por Dunisianos, compatriotas de Lazarel e Teresa, quebrando assim a paz existente nos sete reinos. Caberá aos jovens primos descobrir o que levou o exército de Dunisia atacar a pacífica cidade de Harba.
Para nos ajudar nesta missão seremos auxiliados por outros personagens de outros universos pertencentes à série Dragon Quest, que de alguma forma aparecem neste mundo e necessitam também eles de ajuda para regressar aos seus mundos. Sem nunca parecer forçado, é um autêntico fanservice podermos interagir novamente com personagens clássicos da série, para quem não os conhece, pode ser verdadeiramente interessante descobrir as diferentes personalidades que a compõem.
Como dito no inicio da análise, Dragon Quest Heroes 2 é na sua essência um Action RPG que utiliza o famoso estilo de batalhas da série Dynasty Warriors. Isto quer dizer que as batalhas serão contra inúmeros inimigos, sejam eles pequenas criaturas inofensivas ou verdadeiros brutamontes com a capacidade de nos causar grandes quantidades de dano.
Ao contrário do antecessor, agora existem áreas abertas, chamadas de zonas selvagens, onde teremos a capacidade de explorar livremente, seja à procura de itens, completar missões, ou mesmo só para aumentar as capacidades da nossa party.
A party é composta no máximo por quatro membros, que podem ser trocados livremente nas cidades, onde a única limitação é o de o personagem que escolhemos no principio do jogo ter de estar no grupo, seja ele o Lazarel ou a Teresa.
O combate é simples, temos os ataques básicos, que se podem desencadear em combos e temos as magias, sejam elas para regenerar vida ou para atacar grandes grupos de inimigos ao mesmo tempo. As medalhas de monstros também estão novamente presentes, ou seja, quando derrotamos inimigos, estes podem ressurgir como uma medalha, que podemos utilizar posteriormente nas batalhas como nossos aliados.
Como no antecessor, as melhores batalhas aconteciam contra os bosses do jogo, e aqui é precisamente a mesma coisa. As zonas de guerra, essenciais para a progressão na história, é onde estas batalhas acontecem e onde existem mecânicas diferentes para derrotar determinado tipo de boss.
Nas cidades poderemos aceitar missões secundárias, comprar armas e equipamento, alterar habilidades, mudar a party, etc.
Existe uma novidade, que são as masmorras online, que podem ser jogadas com mais três amigos. Nestas masmorras os inimigos são bem mais fortes e os bosses possuem uma barra de vida interminável! Pessoalmente, achei estas masmorras bastante divertidas e desafiantes, em contraste com o resto das batalhas nas zonas selvagens.
Graficamente é praticamente uma cópia do antecessor, o motor é o mesmo, com poucos melhoramentos a nível de detalhe e modelos, o que não é necessariamente mau, mas deixa sempre a ideia de que a Omega Force jogou demasiado pelo seguro e sem arriscar praticamente nada.
Retorna também o design característico de Akira Toryama, responsável pela série Dragon Ball, que não me canso de dizer que assenta bastante bem neste estilo de jogo.
Tecnicamente não há nada a apontar, corre extremamente bem na máquina da Sony, a uma resolução Full HD e a 60 frames por segundo, o que não deixa de ser admirável com tanta coisa que pode estar a acontecer no ecrã em determinados momentos.
Uma queixa que tinha deixado no anterior foram as vozes inglesas dos personagens não davam aos personagens grande vida, em Dragon Quest Heroes 2 parecem estar um pouco melhores e já não existem grandes pausas entre as falas destes.
Veredicto
Dragon Quest Heroes 2 é um bom jogo e fácil de aconselhar a quem procura um jogo divertido e fácil de dominar. Se nunca jogaram o primeiro podem começar por este e quem sabe, até acabam por ficar fãs da série. Se jogaram o anterior, não há aqui grandes novidades que valham o investimento e podem até acabar por ficar com a sensação de estar a jogar o mesmo jogo de 2015.
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