Transplante de células estaminais cura, pela primeira vez, uma mulher com VIH
Mais uma vez, foi feita história na medicina! Os Estados Unidos, e agora o mundo, conheceram a primeira mulher a ser curada do vírus da imunodeficiência humana (VIH), responsável pela SIDA.
O tratamento envolveu um novo transplante de células estaminais.
Nos Estados Unidos, uma paciente com leucemia tornou-se a primeira mulher e terceira pessoa do mundo a ser curada do VIH. Isto foi conseguido através de um novo método de transplante de sangue do cordão umbilical de um dador. O anúncio foi feito por cientistas da University of California Los Angeles (UCLA) e da Johns Hopkins University, durante a Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections, que aconteceu virtualmente.
A paciente de Nova Iorque foi diagnosticada com VIH em 2013 e com leucemia em 2017. Mais tarde, recebeu sangue do cordão umbilical de um dador parcialmente compatível, por forma a tratar o VIH e a leucemia mieloide – um tipo de cancro que começa nas células que produzem o sangue na medula óssea.
Mais do que isso, a mulher recebeu sangue de um parente próximo, de modo a reforçar temporariamente o seu sistema imunitário, enquanto o corpo se habituava ao transplante. Este possui uma mutação genética rara que bloqueia a invasão do VIH. Neste caso, parece ter sido um procedimento bem sucedido.
Mulher vive há mais de um ano sem o VIH
Os cientistas dizem, agora, que a mulher está em remissão e livre do vírus há 14 meses, sem necessidade de tratamentos contra o VIH. Aliás, desde que parou o tratamento, em outubro de 2020, os testes extensivos não detetaram sinais do vírus.
O sexo da paciente é significativo, uma vez que as mulheres representam mais de metade do número de pessoas que vivem com VIH, em todo o mundo, mas são apenas 11% aquelas que participam em ensaios de possíveis curas.
Este é agora o terceiro relatório de uma cura neste cenário e o primeiro de uma mulher que vive com VIH.
Disse Sharon Lewin, presidente da International AIDS Society.
Afinal, até agora, conheciam-se apenas dois pacientes do sexo masculino curados. Em primeiro lugar, Timothy Ray, Brown, conhecido como "The Berlin Patient”, viveu durante 12 anos sem o vírus, até morrer, em 2020, com cancro. Em segundo lugar, foi divulgado que Adam Castillejo também ficou livre do VIH, em 2019.
Este transplante de sucesso que livrou a primeira mulher do mundo do VIH representa, sem sombra para dúvidas, um importante avanço. Isto, porque o novo método, que envolve a utilização de células estaminais, pode ser utilizado em várias pessoas, prenunciando uma possível luz ao fundo do túnel deste problema global.
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Este artigo tem mais de um ano
Um grande passo para a ciência!
Não digas isso senão terás os anti-vaxers à perna!
Não sei quem é pior. Tu por escreveres esse comentário inútil ou eu por te responder…