Análise SackBoy: Uma Grande Aventura (Playstation 5)
SackBoy é um pequeno herói feito de trapos que apareceu inicialmente como estrela do jogo, Little Big Planet. Tratava-se de um exclusivo Playstation que colocava o nosso pequeno herói de pano numa sucessão de mundos coloridos, repletos de criatividade, animação e desafios.
Agora, chega-nos à Playstation 4 e Playstation 5, SackBoy: Uma Grande Aventura um jogo no qual SackBoy é a estrela maior e nós já o experimentámos na Playstation 5.
SackBoy: Uma Grande Aventura, desenvolvido pelo estúdio Sumo Digital, traz de regresso o pequeno herói de pano e trapos que fez sucesso em Little Big Planet, quando foi lançado em 2008 para Playstation 3.
Tratava-se de um jogo de plataformas que obteve grande sucesso, muito por assentar uma jogabilidade simples e divertida, aliada a gráficos exuberantes e coloridos.
Com uma extraordinária capacidade de personalização, quer do nosso herói, quer do próprio mundo onde SackBoy avançava, o jogo ofereceu muita diversão e satisfação a quem o jogou.
SackBoy: Uma Grande Aventura (tal como Little Big Planet) é um jogo cujas principais estrelas são a sua jogabilidade e o universo em que se desenrola.
SackBoy versus Vex
Tudo começa quando ArteMundo é atacada pelo malvado (e cómico) Vex. Vex pretende destruir ArteMundo e transformar os SackHabitantes nos seus escravos. O seu objetivo é o de construir uma arma chamada de Inversor.
Se Vex conseguir os seus intentos, ArteMundo será transformado num lugar sem vida, nem cor... e sem SackBoy. Só SackBoy poderá evitar que isso aconteça.
A jogabilidade
O mundo de SackBoy é, na realidade, um conjunto de mundos diferentes e com formas distintas de abordagem. Tal como em Little Big Planet, cada mundo apresenta um mapa macro, onde se encontram os diferentes níveis desse mundo e que vamos desbloqueando de forma progressiva.
Além do acesso aos níveis de cada mundo, esse mapa apresenta ainda variados desafios extra para serem concluídos (como, por exemplo, o contrarrelógio chamado de Provas dos Cavaleiros Tricotados), assim como a loja onde podemos adquirir novos equipamentos.
Cada nível apresenta um desafio diferente e tem o dom de apresentar ritmos e jogabilidades distintas. Esse é um dos pontos altos do jogo. Tão depressa podemos estar a fugir de um boss aos saltos e cambalhotas, como logo a seguir, podemos estar a pilotar um barco num rio, ou a saltar em cima de rolos de papel higiénico.
Tão divertido como criativo!
Apesar de SackBoy apresentar os movimentos típicos como correr, rodopiar, saltar, atacar e mergulhar, surgem ocasionalmente alguns acessórios para usar em certos níveis. São ideias bastante interessantes e criativas que elevam a jogabilidade a outro nível. Por exemplo, SackBoy entrar numa bola de gelo que temos de controlar com o movimento do DualSense.
Independentemente do tipo de desafio a resolver, SackBoy nunca nos presenteia com puzzles ou obstáculos chatos. O jogo consegue manter um nível de diversão, imaginação e boa disposição bastante constante.
Num jogo com tantos momentos deliciosos há até espaço para um dos níveis decorrer ao ritmo de Uptown Funk, de Mark Ronson. Tudo nesse nível, se mexe ao ritmo da batida... até as plantas. O resultado final é visual e sonoramente fantástico e não é muito difícil darmos por nós a cantarolar enquanto jogamos.
Em cada nível temos vários objetivos a concluir e atingir os 100% é uma questão de equilíbrio entre destreza, reflexos e atenção. Sim, pois cada nível apresenta vários objetivos paralelos muito bem escondidos. Um jogador que pretenda atingir os 100%, terá de jogar com atenção redobrada. Mas pode sempre voltar a correr o nível posteriormente.
Em cada nível que se começa, encontramos algo novo
E creio que este é o principal dom de SackBoy: Uma Grande Aventura. O jogo, mesmo tendo desafios pouco exigentes, acaba por nunca ser monótono ou repetitivo. Graças aos diferentes mundos (e respetivos níveis) repletos de cor, animação e momentos altos, o ambiente que se gera em redor do jogo é extremamente descontraído.
DualSense, inclinar e tremer
Apesar da maior parte do jogo apresentar uma jogabilidade normal, existem secções nas quais o DualSense é colocado ao serviço de forma mais diversificada. Por exemplo, existem zonas de certos níveis em que temos de colocar SackBoy nem plataformas que se controlam com o inclinar do DualSense para a frente, para trás ou para os lados.
Quando ao feedback háptico, e dado existirem várias ocasiões de saltos, choques, rodopios,... o DualSense faz o seu trabalho de forma satisfatória.
Por exemplo, existem certas flores que se puxarmos nos dão moedas e ao puxá-las, sente-se a tremideira na mão. Nota-se inclusive a diferença de caminhar no meio das flores ou andar com mel nos pés (sim, leram bem). Também os gatilhos progressivos são chamados ao trabalho em determinadas ações
Convém referir que os comandos que damos no DualSense são extremamente responsivos, o que faz com que controlar SackBoy seja uma delícia.
Multiplayer local ou online?
Infelizmente, algo que ainda não é possível em SackBoy: Uma Grande Aventura é jogar-se em multiplayer online. No entanto, não acredito que isso cause grande mossa, pois este é um dos melhores jogos para se ter e usufruir em família e o modo cooperativo (offline) já se encontra disponível desde o lançamento.
Num patch que deverá chegar no final do ano, será ainda possível o cross-play entre jogadores Playstation 5 e Playstation 4.
Sherpa, Punk ou Ieti
Tal como seria de esperar, a capacidade de personalização que SackBoy: Uma Grande Aventura fornece é, insana. A qualquer momento desbloqueamos novas peças de roupa, cores, barbas, cabelos,... impressionante.
Isto faz com que possamos criar várias versões do nosso SackBoy, sendo a imaginação o limite. Existem opções para tudo e devo confessar ser extremamente divertido, experimentar várias combinações possíveis.
Veredicto:
SackBoy regressa com todos os adjetivos que fizeram dele um sucesso em Little Big Planet: criativo, divertido, simples e descontraído.
Um jogo que facilmente recomendo para todos os possuidores de Playstation 5 e que gostem de passar bons momentos, em família.
Este artigo tem mais de um ano