AEPOC critica falta de união no combate à pirataria!
O presidente da associação europeia que junta empresas de media e telecomunicações no combate à pirataria (AEPOC) diz que a situação portuguesa «não é preocupante», mas critica a falta de união dos intervenientes do sector no ataque ao problema.
«Seria importante que todos os players tivessem sistemas mínimos de segurança e protecção de conteúdos», afirmou o presidente da AEPOC, Jean Grenier, num encontro com jornalistas, em Lisboa. Em Portugal, nota-se essa falta de «sensibilidade conjunta», garantiu Jean Grenier, embora reconhecendo que a situação portuguesa, no que toca à acção de piratas (que se estima serem 350 mil na televisão por cabo), «não foge ao normal de outros países europeus».
Ainda assim, o responsável da associação que defende os interesses de fabricantes de equipamentos e tecnologia, operadores de televisão por subscrição e produtores de conteúdos de vários países europeus, notou que Portugal, em termos de enquadramento legal, está «um pouco atrasado» nesta matéria, quando comparado, por exemplo, com a Itália e o Reino Unido.
Em Portugal, a nova lei que combate a pirataria apenas entrou em vigor em Maio passado, trazendo como principal novidade o alargamento das punições aos particulares que possuam aparelhos descodificadores pirateados, sejam eles detectados ligados ou desligados, com coimas que podem ir de 500 a 3.740 euros.
Frisando que a pirataria movimenta anualmente mil milhões de euros a nível global, o secretário-geral da associação, David Rossi, notou que este valor quase equivale à facturação «de um enorme operador que actua às escondidas».
Embora reconhecendo que a situação mudou um pouco nos últimos anos, o responsável afirmou que o fenómeno pode ser reduzido, mas «jamais erradicado».
A consciencialização das pessoas é essencial, destacou Jean Grenier, dizendo esperar que Portugal coloque o problema em evidência durante a presidência da União Europeia (UE).
O responsável da AEPOC salientou que uma das principais dificuldades de quem lida com estas questões é convencer as pessoas que piratear um filme ou sinal de 'pay-tv' é crime.
Mas a questão não se resume aos particulares, pois nem mesmo convencer os governantes se afigura tarefa fácil.
«Descobrimos que a mensagem era muito difícil de transmitir aos Governos em todos os países, porque para os políticos, um pirata é um eleitor«, explicou Grenier, acrescentando que se trata muitas vezes de »uma questão cultural«.
Insistindo na importância de »criação de um 'benchmark' [nível de referência]« para os critérios e sistemas de segurança entre os 'players' dos diversos países (algo que diz faltar em Portugal), o presidente da AEPOC garantiu que »se não houver uma acção pensada a nível nacional, o mercado será sempre desequilibrado«.
Se um operador de televisão por subscrição investir nestes sistemas, mas os concorrentes não, o primeiro será sempre penalizado porque perde clientes que poderia angariar se não fossem os acessos indevidos permitidos pelas outras empresas, exemplificou.
O secretário-geral da associação salientou ainda que, »no fim de contas, é sempre o consumidor respeitador que paga a factura mais alta«.
Como os operadores acabam por ter que fazer esforços financeiros maiores para se dotarem de tecnologia mais avançada de combate à fraude, »os custos de operação sobem e reflectem-se no cliente final«, além de que as empresas ficam com menor capacidade para investir em inovação, disse Davide Rossi.
A AEPOC nasceu em 1995 e conta com 34 membros de diversas nacionalidades, mas apenas um é português: a TV Cabo.
Na quinta-feira passada, os membros da associação estiveram reunidos em Portugal, a convite da empresa da PT Multimédia.
Fonte: Diário Digital / Lusa
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Isto é a história do costume …. eles que ganham rios de dinheiro e fornecem muitas das vezes um serviço de qualidade inferior são os santinhos e os outros é que são os piratas. Eu não estou a favor da pirataria mas também não sou contra.
Eles que invistam na qualidade, baixem o preço dos serviços e ao mesmo tempo dificultem um pouco a pirataria que de certeza não vão perder clientes. O problema é que querem ganhar o dinheiro todo só de uma vez e não fornecem um serviço à altura do que os clientes pagam … e depois admiram-se que haja pirataria.
“Seria importante que todos os players tivessem sistemas mínimos de segurança e protecção de conteúdos” ou seja DRM que é só para prejudicar os consumidores.
Ainda por cima só se consegue reproduzir ficheiros com DRM usando programas proprietários tais como o windows media player.
E o pessoal do Linux fica agarrado como sempre.
eu, que apesar da minha formação em Direito, vivo já vai para 10 anos, e felizmente com algum conforto, da pirataria sobre a tvcabo e cabovisão, posso afirmar com alguma segurança que não há pirataria eficaz para a tvcabo neste momento. Só se a tvcabo se preocupa com sistemas que vão abaixo 5 vezes por dia, ou na melhor das hipóteses imediatamente antes de começar um jogo do Benfica… ou seja, a publicidade que eles fazem na TV só serve para se auto promoverem, e o que aparece nos media é geralmente nos media que ELES controla (leia-se DN, 24Horas, JN, TSF, e outros q toda a gente sabe.
Na Cabovisão a pirataria funciona já há uns anos sem qualquer interrupção, mas claro que eles não se queixam, porque assim angariam clientes que migram da TVCabo para eles devido à ineficácia da pirataria nesta última. Estão a perceber a cena? Eles, TVCabo, dizem que há pirataria nos sistemas deles PARA AS PESSOAS NÃO MIGRAREM PARA OUTROS OPERADORES ONDE A PIRATARIA FUNCIONA! Especialmente numa fase em que a Cabovisão chega a quase todo o país urbano, e já a muitas zonas rurais.
Enfim, coisas naturais das grand€s corporaçõ€s.
Os maiores piratas são essas associações quem lucram com apreensões/multas/comissões/taxas sob pretexto de reverter depois de ajudarem os autores e blábláblá …
Seria interessante se eles tornassem a contabilidade deles publica e quanto ganham por exemplo os administrativos e o que vai afinal para os autores e quais os autores a embolsarem X ou Y …
Funciona tal e qual como a Máfia. Têm taxas a receber disto e daquilo só que são apoiados pelos governos, com os politicos também de olho em proveito próprio aqui ou ali …
““Seria importante que todos os players tivessem sistemas mínimos de segurança e protecção de conteúdos”
Seria pois … sugiro então que se passe a isso de imediato e observar a reacção do mercado …
É impressão minha ou as grandes lojas on-line de venda de conteudos de multimedia chegaram a brilhantes conclusões nesse aspecto … ?! (pergunta sem necessidade de resposta).
A pirataria tem uma solução simples. Fazer chegar ao consumidor que eventualmente compraria produto x se achasse que o mesmo teria um PVP adequado ao produto em questão …
Se na Asia as grandes distruibuidoras se dão a vender DVDs Originais a 3 e 4 euros para ver se combatem a pirataria como é que justificam diferenças de preços brutais quando os mesmos não se adequam ao mercado em que estão inseridos …
Quanto à TV Cabo … fala-se mais por causa dos lobbys a pressionar o governo. Se realmente criassem tarifas decentes, com escolha de canais decentes, com UM SERVIÇO DECENTE, sem um atendimento ao cliente de MERDA … SEM PUBLICIDADE EXCESSIVA … se calhar ganhavam novas clientelas. Não se esqueçam que em tempos de crise poupa-se em certos luxos … além disso muita gente com TV pirata nem sequer seria subscritor dos mesmos serviços …
Eu nem sequer tenho tempo pra ver TV dita normal, por isso não perco grande coisa … 😉
Além disso a internet e a escolha de conteudos vái ser o principal adversário deles a curto prazo.
Duvido que isto esteja relacionado com DRM, mas já que aqui foi falado… Deixo-vos uma referência sobre o assunto: DRM-PT.info.
Ai… eu pago 20€ por 48 canais na TvTel incluindo FOX entre outros e estou super contente e não vejo razão de piratear isto ou aquilo…. não tenho Canais Lusomundo, SportTV e Playboys, mas tenho diversos canais com os quais me contento…
As empresas só são pirateadas porque querem ou então são mesquinhas!
Se praticassem preços acessíveis com uma solução de lucro a longo prazo e não usassem politicas algo capitalistas… então éramos todos felizes e até me sentia feliz em depositar 30€ ou mais na continha desses Sr.s… Agora se prometem uma coisa e fazem outra, e começam a roubar o pessoal, então ai… Viva la Revolucion!
CUMPS
Subscrevo o que o @Dias disse 😉
Querem combater a pirataria, aumentem o ordenado minimo =)
com 450€ da pa pagar a luz a agua e despesas da casa, e andar de transportes publicos porque carro é um luxo, e somos todos “analfabeticos” porque não temos dinheiro para investir em dvd’s, cd’s originais =\
se não fosse a pirataria queria ver onde portugal ia arranjar técnicos e engenheiros, porque sem ela era tudo “analfabetico” e não venham com o opensource que em portugal todas as empresas usam windows e softwares pagos =)
Bem, pouco fica para dizer, mas acho que a “teoria” se queres paga deveria ser aplicada, pois temos pessoas que vivem disso. Agora quando temos um serviço pago que, falo por mim, cai constantemente e já chegou a passar um fim de semana sem alguns canais, o prestador de serviços é que deveria reembolsar ou pelo menos fazer um desconto na factura do final do mês.
Quanto ao tão falado mp3 e companhia, ainda bem que existe, aliás muitos dos cds originais que tenho comprei porque gostei do mp3, jogos de computador a mesma coisa.
Portanto está tudo a piratear, ver se gosta e finalmente se valer a pena comprar, de qualquer forma as companhias só lucram com a pirataria olhando para o caso Microsoft, ora se o ppl tem o XP + Office pirata em casa nem sequer vai querer ouvir falar de outros sistemas no trabalho, como a uma empresa é mais “difícil” fugir da legalidade está de comprar licenças a torto e a direito para estes manueis.
Fala-se numa nova directiva em relação a pirataria diz-se por ai (exame informatica) ke kerem aprovar uma lei abrangente a todos os estados membros em que a lei diz que desde que seja para uso privado sem intenção de venda ou que se destine a fins comerciais não incorrerá em qualquer tipo de infracção.
paço a citar “A violação terá de ser cometida à escala comercial – excluindo-se, portanto, os actos efectuados por utilizadores privados para fins pessoais e não lucrativos – e intencional (alterações 39 e 59).
”
http://www.europarl.europa.eu/news/expert/infopress_page/057-5723-113-04-17-909-20070420IPR05539-23-04-2007-2007-false/default_pt.htm
Essa lei é a que corre em espanha, se bem que a ASAE deles (SGAE) anda em cima do governo.
Mas eles lá têm bastantes taxas de “compensação” por possiveis usos piratas em aparelhos e suportes multimedia, que ao que consta, serve para financiar a dita SGAE e os seus administrativos, e não os supostos autores …
Antes de mais que fique claro: sou contra a pirataria, e acho que cada um deve pagar o que consome – seja um canal de vídeo, uma sandes mista um um programa de software.
Mas isto não significa que as empresas que prestam um serviço ou vendem um bem possam tomar atitudes de prepotência ou querer cobrar um serviço mas não se preocuparem se esse serviço é bem prestado.
A TVCabo (e duvido seriamente que a Clix ou qualquer outro operador actue de forma diferente) presta um péssimo serviço (elevada compressão na transmissão do sinal, que provoca pixielização da imagem), de vez em quando transmite canais dobrados em espanhol (qualquer reclamação é afastada com a resposta de que não são responsáveis pelos conteúdos, apenas pelo sinal), e tem uma política comercial que acaba por afastar os Clientes (assumindo que existe uma alternativa…).
Inclusivé é tão desorganizada que, por erro dos registos da empresa, um “técnico” cortou-me literalmente o cabo porque de acordo com os registos da TV Cabo na minha casa não havia TVCabo, logo a ligação era pirata.Nem sequer me contactaram, ou bateram à porta, etc – cortaram o cabo. Como é evidente quando cheguei a casa liguei para a TV Cabo e 2 horas depois tinha o mesmo técnico à minha porta para me restabelecer o sinal (penso que esta “rapidez” só foi explicável pelo facto de me ter identificado aos serviços como Cliente pagante, mas igualmente como associado da DECO).
Mais ainda sou cliente do pacote básico porque tendo 2 TVs quero puder ver os canais que pago em cada TV, à minha escolha. A “solução” da TV Cabo nem é vender 2 descodificadores – é alugar 2!!! – evidentemente que ao fim de alguns meses a topbox está paga n vezes mas continuamos a pagá-la. Parece os velhos tempos do ínicio da banda larga, onde os operadores forçavam o Cliente a comprar Cable modems por centenas de euros, que no mercado custavam dezenas!
Depois disto tudo, fica a dúvida: quem são os piratas?