EarthNow quer mostrar imagens da Terra em tempo real
Provavelmente já pensou como seria ter imagens do planeta Terra em tempo real mas com todo o pormenor de um Google Earth ou Google Maps. Saber o que se passa na China neste momento, ver como está a praia na Baía do Sancho, Brasil, ou mesmo saber o que se passa em Paris.
Mais tarde ou mais cedo vai ser uma realidade este tipo de informação. Nasceu uma startup de imagens espaciais, que se chama EarthNow e tem como objetivo fornecer não apenas imagens do planeta sob pedido, mas também vídeo em tempo real em qualquer lugar que um cliente desejar. Já pensou como pode mudar a nossa visão do mundo?
Podes correr, mas não te podes esconder
A empresa descreve a sua visão como ambiciosa e refere que a Terra é a nossa única casa e a atividade humana reside em quase todos os cantos. Desta feita, segundo eles, à medida que nossa civilização avança e pressionamos cada vez mais os recursos da Terra, todos partilhamos a responsabilidade de cuidar e manter o nosso lar.
Assim, a ambição da EarthNow é criar os meios para que possamos ver, instantaneamente, praticamente qualquer lugar da Terra em “tempo real”. Pode parecer uma visão assustadoramente aliciante, verdade? Contudo, os responsáveis da empresa referem que o objetivo é que qualquer cidadão deste planeta experimente a beleza e a fragilidade da Terra e reconheça a importância da nossa capacidade de administradores do nosso mundo.
Mas como poderá a empresa realizar este fantástico feito?
A EarthNow tem por trás alguns nomes e empresas que justificam muita coisa. Por exemplo, reconhecemos facilmente nomes como Bill Gates, Intellectual Ventures, Airbus, SoftBank e o fundador da OneWeb Greg Wyler.
Nos planos da empresa está a oferta de uma experiência de utilização sem precedentes e altamente valiosa: vídeo contínuo em tempo real da Terra aprimorado por inteligência de máquina. Tecnologicamente a empresa irá recorrer a uma constelação de satélites que fornecerá vídeo de qualquer lugar da Terra com latência de cerca de um segundo.
Com o EarthNow o utilizador poderá:
- Detetar navios de pesca ilegais em flagrante
- Ver furacões e tufões à medida que evoluem
- Detetar incêndios florestais no momento em que estes começam
- Assistir a vulcões no instante em que começam a entrar em erupção
- Ajudar no capítulo da multimédia para levar as histórias do mundo ao mundo
- Acompanhar baleias grandes enquanto elas migram
- Ajudar as “cidades inteligentes” a se tornarem mais eficientes
- Avaliar a saúde das culturas a pedido
- Observar as zonas de conflito para haver uma resposta imediata quando surgem crises
- Criar instantaneamente modelos 3D “vivos” de uma cidade ou município, mesmo em locais remotos
- Permitir visualizar a sua casa como os astronautas a vêem - um impressionante mármore azul no espaço
- Entre muitos outros cenários comerciais
Por falar na área comercial, é importante referir que todo este projeto destina-se a “clientes empresariais e governamentais de alto valor”.
As várias empresas associadas a este projeto trarão conhecimento e tecnologia para contornar alguns problemas técnicos associados à recolha de imagem pelos satélites. Não estaremos a muitos anos de podermos ver em tempo real a Terra com todas as suas singularidades.
Este artigo tem mais de um ano
Isso é o que os governos dos EUA, Rússia e China já podem fazer. Eles estão a mirar em todo o lado.
O problema são os satélites. 24 não são suficientes para “todos” os clientes. Se cada satélite já tem uma cobertura média de 21.3 Milhões de Kilometros Quadrados é impossível uma pessoa chegar a um satélite e pedir para ver um local em direto que esteja no canto superior direito da cãmara, não sendo esse o único problema. Tbm existe o da velocidade da internet em streaming, não sendo como os filmes em que uma pessoa entra no satélite e com um joystick escolhe um sítio para ver. Se já uma chamada de vídeo pelo skype tem o delay de 3 segundos na distancia de Portugal a NY por um cabo Ethernet debaixo de água, queria ver o delay de um computador ligado a um satélite sem fios. A não ser que façam uma ligação daqui aos satélites por cabo, o que acho um bocado rebuscado…
O delay para um satélite geoestacionário é de menos de 300ms. O problema a meu ver será a largura de banda para transmitir tanta informação.
“A não ser que façam uma ligação daqui aos satélites por cabo, o que acho um bocado rebuscado…” não é bem assim que se faz a ironia mas se está a falar a sério isso não faz qualquer sentido.
Big Brother.
its watching you…
The eye sees all….
From Illuminatti to the control of population, this is not the beginning, but a complement!
O Google Earth já faz isso, ter imagens e videos em tempo real. Para nós simples “povo” tens as imagens paradinhas, mas para quem tem acesso tens em tempo real sem estar censurado lol 😛