Charles Babbage – O pioneiro dos computadores
Charles Babbage é um dos mais célebres ícones no mundo da computação. As suas notáveis contribuições no ramo da Ciência de Computadores fizeram dele o pioneiro dos computadores. A Máquina Diferencial N. 1 foi a primeira calculadora automática a ser inventada e é ainda hoje considerada uma peça única pela precisão que na época apresentava.
Um Homem da Ciência
Charles Babbage nasceu a 26 de dezembro de 1791, em Londres. Desde cedo, Babbage mostrou sinais de interesse pela Ciência, mas o frágil estado de saúde que apresentava enquanto criança não permitiu que fosse para a escola como as outras crianças da sua idade. Ainda assim, sendo que a família de Charles Babbage tinha posses e era abastada, as circunstâncias permitiram que fosse educado por um tutor privado em casa.
Com 16 anos de idade, o jovem que mais tarde ajudaria a mudar o mundo, juntou-se à Academia de Homeland. Essa academia tinha uma biblioteca, e foi aí que Babbage viria a descobrir o fascínio e paixão pela Matemática.
Em 1810, Charles Babbage foi aceite na Universidade de Cambridge para estudar Matemática, onde começou a dar nas vistas e, em pouco tempo, tornou-se um dos melhores alunos da Universidade. Foi na Universidade que conheceu John Frederick William Herschel, filho de William Herschel, o famoso astrónomo que descobriu o planeta Úrano em 1781. Juntos liam livros com as mesmas Tabelas Matemáticas, mas de editoras diferentes para tentar encontrar erros (trabalho que faziam para a Sociedade de Astronomia).
Após verificarem que a precisão destas tabelas estava longe de ser perfeita, Babbage idealizou uma Máquina que seria capaz de fazer os cálculos corretamente. Assim nascia a Máquina Diferencial N. 1.
Está máquina era capaz de realizar cálculos de nível polinomial corretamente utilizando complexos mecanismos.
A Máquina Analítica
Durante o processo de construção da Máquina Diferencial, Babbage encontrou diversos problemas, pois não era possível produzir os componentes necessários com a precisão que a Máquina Diferencial necessitava. Por isso, Charles Babbage abandonou o projeto para se dedicar à Máquina Analítica. Em conceito, era muito semelhante aos computadores atuais. De acordo com o projeto, a Máquina Analítica era capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir em sequência automática, a uma velocidade de 60 somas por minuto.
Quando construída, a Máquina seria capaz de escolher entre diferentes instruções, baseando-se nos resultados das operações anteriores. Tanto os dados como as instruções eram introduzidas por meio de cartões perfurados e os resultados finais sairiam impressos automaticamente. A Máquina Analítica tinha uma secção chamada de “Mill” a que hoje chamaríamos de CPU (Central Processing Unit) ou de processador. Além disso, tinha outra parte chamada “Store” o equivalente à memória de hoje.
A Máquina Analítica tinha como objetivo principal eliminar o risco de erro humano de todos os cálculos matemáticos e foi o primeiro dispositivo programável a ser inventado pelo Homem.
Apresento-vos Ada Lovelace
Ada Lovelace e Charles Babbage conheceram-se em junho de 1833. Ainda nesse mês, Babbage convidou-a para ver o protótipo da sua Máquina Diferencial.
Após alguns anos, Charles Babbage e Ada Lovelace viriam a trabalhar juntos. Ada Lovelace traduziu para inglês um artigo sobre a Máquina Analítica (que seria mais tarde considerado a primeira publicação sobre Programação de Computadores), publicado por Luigi Manabrea, um matemático italiano.
À medida que fazia isso adicionou um conjunto notas. No meio dessas notas, Ada Lovelace descreveu pela primeiro vez o conceito de algoritmo aplicado à Máquina Analítica. Foi considerado o primeiro algoritmo publicado para ser implementado num computador; e por isso Ada Lovelace é considerada a primeira programadora de computadores.
Máquina Diferencial N. 2
A partir dos notáveis progressos alcançados com a Máquina Analítica, Babbage começou a considerar uma nova Máquina Diferencial.
Entre 1847 e 1849, Babbage completou o desenho da Máquina Diferencial N. 2, uma máquina de cinco toneladas. Esta versão era bastante mais avançada em relação à Máquina Diferencial N. 1 e que apenas necessitava de um terço do número de componentes da Máquina Diferencial N. 1, embora apresentasse o mesmo poder computacional.
Charles Babbage 1791-1871
Charles Babbage morreu a 18 de outubro de 1871, sem terminar a Máquina Diferencial N. 2, aquele que era o seu sonho. Os seus desenhos acabaram perdidos na Biblioteca do Museu da Ciência em Londres.
Cento e trinta anos depois, em 1985, os desenhos e anotações para a Máquina Diferencial N.2 foram encontrados pelo novo administrador do Museu, Doron Swade.
Passados 17 anos a sua construção terminou. E funciona.
Infelizmente Charles Babbage não viveu para ver a sua obra terminada e a funcionar, tal como ele previra. No entanto, os seus esforços e contribuições no ramo da computação ajudaram as gerações futuras a desenvolver todas as tecnologias que hoje utilizamos.
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Este artigo tem mais de um ano
Espectacular!
Muito bom artigo….bastante interessante.
Abraço
É isto que precisamos ver por aqui, em vez de artigos com intuito e/ou conteúdo para manipular massas no que toca ao mercado de dispositivos. Bom artigo, venham mais como este.
+1 !!!
Sempre tens o canal história ou o odisseia
Vai la para o pais do rochet man e depois diz o que é manipular massas
Boa leitura, obrigado.
Um artigo como há muito não via no Pplware, tão completo e repleto de pormenores de interesse. Parabéns! Adorei.
+1
Muito interessante. Obrigado!
Excelente, queremos mais artigos deste tipo, obrigado.
Mais um bom artigo Tomás. É sem dúvida uma boa lufada de ar fresco no Pplware, pois gadgets, jogos, etc são por vezes monótonos. Parabéns!!
Muito bom artigo, cheio de pormenor e sem dúvida muito interessante.
Parabéns ao autor do artigo.
AHH ainda bem que nao se esqueceram deste senhor.
Ate fui revisitar um trabalho antigo que tinha feito e encontrei isto haha
https://drive.google.com/file/d/0By29l2Fh6baUNWFvcDJPc0lNLW8/view?usp=drivesdk
Por favor revisem esse texto ,pois existem erros muito graves: palavras trocadas.
Não tem, o texto foi escrito em português de Portugal, o que poderá ter expressões diferentes do PT-BR. Cump.