Ebooks podem motivar crianças na leitura?
Depois do nosso artigo que colocava no ar a questão de como seria o futuro dos livros, é pertinente saber se, na prática os ebooks têm vantagens sobre os livros.
Hoje sabemos que a maioria da população tem fácil acesso à tecnologia, nomeadamente as crianças. E neste sentido será que os ebooks poderiam vir a substituir os livros escolares? Seriam um método mais estimulante? Ou pelo contrário, poderia motivar por um tempo, mas nada compensa ter um livro nas mãos, folheá-lo, sentir o cheiro das páginas novas, e escrever nele pela primeira vez?
Esta é uma questão que deixo para reflectir. Quanto à utilização do ebook pelas crianças, esta é uma questão onde pesquisas começam a ser feitas, para se determinar o que as crianças pensam acerca deste método inovador.
Um desses estudos, realizado pelo grupo de media e educação Scholastic e pela empresa de consultoria em pesquisa e marketing Harrison Group, tiveram não só a intenção de mostrar qual a opinião das crianças face aos ebooks e e-readers, mas também o nível de preocupação dos progenitores destas crianças face ao fácil acesso à tecnologia.
Para este estudo, as empresas inquiriram 2.090 crianças dos 6 aos 17 anos, sendo que depois a investigação foi realizada com as respostas de 1.045 dessas crianças.
Esta pesquisa, apresentou alguns resultados relevantes, entre eles o facto de os ebooks poderem estimular mais as crianças a ler.
Uma conclusão muito interessante, verdadeira e que talvez passa despercebida a muitos pais é o facto de as crianças deixarem de lado, gradualmente, os livros infantis que lêem por divertimento, quando começam a mexer nos computadores, ter telemóvel, ou outro tipo de tecnologia. Contudo, visto que a electrónica cativa os jovens, os e-readers e ebooks podem ser um excelente método de motivação para a leitura.
Esta hipótese pode já ser comprovada em números pelo estudo, pois dos resultados, 57% das crianças assentiram ler um livro num e-reader.
Outros resultados interessantes do estudo demonstram a preocupação dos pais, e diferentes perspectivas das crianças:
A vice-presidente da Scholastic, Francie Alexander, referiu em comunicado, que os resultados do presente estudo mostram que os ebooks podem vir a ter um importante papel educacional.
Refere ainda que “se pudermos pegar num terço de todas as crianças, muitas delas leitoras obrigadas, para que gastem mais tempo a ler por prazer nos ebooks, esse tempo adicional gasto a desenvolver fluência e vocabulário, não só as ajudaria a tornarem-se mais proficientes na leitura, como também as auxiliaria a acompanhar textos mais complexos, que irão encontrar no ensino secundário e na universidade”.
Será que, em termos práticos, os ebooks poderiam substituir, e concomitantemente melhorar, o desempenho escolar das crianças?
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Fontes: Scholastic
Este artigo tem mais de um ano
A tecnologia que falta para Portugal sair da crise!
A tecnologia não vai fazer Portugal andar para a frente…
O que fazia isto andar para a frente era mudar a mentalidade das pessoas…isso sim faria Portugal sair da crise.
By the way…
Não vejo crise nenhuma, a não ser aquela psicologica que asola todos os Portugueses e que se tornou numa excelente desculpa para a falta de produtividade(que já era pouca) e para o fracasso…
Mudem de mentalidade e deixem de gastar dinheiro em coisas que não se rentabilizam a elas próprias…tanto queremos ser iguais aos de lá de fora que nos esquecemos que numa generalidade eles são 3, 4, 5, 6…vezes mais produtivos que nós.
OnTopic:
Não sei até que ponto seria bom, mas é provavel que acabasse por fazer com que houvesse mais interesse…uns porque gostam da tecnologia outros porque preferiam o livro fisico.
Quem fala assim não é gago.
Totalmente de acordo.
Cumps
Os portugueses são tão produtivos como os restantes. A reduzida produtividade que é anunciada no media só é uma falácia.
Os gestores medem produtividade como lucro por trabalhador o que leva a muitos enganos.
Exemplo: Em São João da Madeira um trabalhador faz 20 sapatos num dia e cada sapato é vendido por 10€. Rendeu 200€
Os sapatos vão para a Alemanha, colocam-lhe onde um outro trabalhador cose etiquetas de uma marca famosa. Por dia cose 1000 etiquetas. Depois disto o sapato custa 50€. Rendeu 50000€.
E é aqui que está a baixa produtividade.
Os portugueses que sairam de Portugal são conhecidos por serem gente bastante trabalhadora!!!!
Se fossemos assim tão produtivos a nossa média de salário não era das mais baixas da comunidade europeia (isto se não for mesmo a mais baixa)…
Somos trabalhadores, mas é fora de Portugal…
Cá a maioria não se dá a qualquer trabalho porque fica mal e quando vão lá para fora vão limpar a porcaria dos outros…
Ganham mais é certo, mas vão…
Depois vem cá de férias com brutas máquinas para mostrar e tal, no entanto lá andam a pé e passam fome se necessário apenas para se darem a esse luxo.
Sabes lá o que tás a dizer….
MENTIRA; MENTIRA MENTIRA…
Pra todos os que dizem que não somos produtivos… Somos tanto como os outros europeus, o problema são os nossos administradores, os patrões, que sugam tudo, e claro desmotivam uma classe que leva pra casa 500 eur por mes, e tem que o contar até ao ultimo cêntimo…
Enquanto não baixarem certos salários e reformas em 50 % ou mais, isto nunca irá melhorar, e aproximarmo-nos dos outros mais ricos…
Tantas vezes que já vi esse filme… totalmente verdade.
Provavelmente até sei melhor o que digo que tu…
Estas coisas da Internet, e de não vermos caras tem as suas desvantagens uma vez que não sabemos ao certo com quem estamos a falar…
Para te poder demonstrar que estou mais que dentro do assunto…
Sou o dono de uma empresa em Portugal e estou associado a umas outras tantas, de vários ramos diferentes.
Da minha familia inteira, somos apenas 4pessoas em Portugal o resto está um pouco espalhado pelo mundo.
Já tive residência em 26paises diferentes, e estive a trabalhar nesses mesmos, logo sei mesmo do que estou a falar e digo isto com muita pena da minha parte…
Qualquer das maneiras se necessitares de dados que comprovem isso posso facultarte…bem como agradecia que fundamentasses as tuas afirmações.
Outra coisa a ter em atenção é que os falhados que não conseguem fazer nada na vida nem sequer ter a vida de sonho que sempre quiseram…dizem sempre que a culpa é dos outros…politicos, administradores, patroes, gestores etc etc etc…
Porque não te tornas tu em um?
Fazes como eu por exemplo que me atirei de cabeça para criar o meu emprego…
qualquer falhado irá sempre encontrar uma boa desculpa para a falta de sucesso…
Ora é a crise, ora a politica. enfim…
Tugas…
muito bem, muito bem!!!
Que se lixe o cheiro dos livros de papel e a escrita neles. Temos de ponderar os custos das famílias que todos os anos gastam fortunas e balançar a sustentabilidade e gasto energértico. São necessários enormes recursos para produzir um papel que tem um uso muito limitado: o livro. Lê 1 ou 2 vezes e vai para a prateleira ganhar pó.
🙂
Penso que a principal influência no preço dos livros terá a ver com os autores e não com os custos de impressão.
Nos e-books será a mesma coisa, pagar muito pelos livros que ainda por cima ninguém teve custos a reproduzir…
Autores, editores e distribuidores.
Se entendi bem a tua posição, és contra os livros de papel (que consideras um gasto energético e financeiro exacerbado) e a favor de e-readers (que – supostamente – são mais acessíveis e energéticamente menos dependentes/exigentes, é?). Falho redondamente em perceber a tua lógica. Um e-reader irá sempre gastar mais energia do que qualquer livro produzido (isto é mais verdade para quanto mais um livro for utilizado) e certamente (isto é uma verdade actual) que as versões electrónicas dos livros são praticamente tão caras como as suas versões em papel.
Acerca do uso de e-readers estimular as crianças a ler, a minha opinião é de que o e-reader vai simplesmente desviar a atenção do que realmente interessa num livro: o seu conteúdo. Senão vejamos: é um dispositivo electrónico que certamente e devido à variabilidade de hardware terá obrigatoriamente de ter um sistema operativo (por mais simples que seja), depois terá de ter um leitor (assumindo que alguma vez se chegará a um consenso sobre qual o leitor a adoptar) dos ditos livros digitais e depois, claro, terá de haver uma interface de utilizador. Todas estas camadas estarão obrigatoriamente presentes e adicionarão à distracção do que realmente interessa num livro.
Também gostava de salientar que o interesse das crianças pela leitura tem de vir da curiosidade e pela experimentação fomentada pelos pais/cuidadores e professores. Este “vício” que há hoje em dia pela tecnologia tem, no meu entender, muitas desvantagens e até perigos para os seus utilizadores. Eu não sou contra a tecnologia, pelo contrário, mas considero que neste caso específico os livros de papel são – em oposto às alternativas disponíveis actualmente – de facto a melhor/mais simples/mais intuitiva maneira de ler… um livro.
Desculpem o “wall of text” e obrigado por lerem a minha opinião.
Concordo plenamente contigo Anonfag
Está tudo dito: empresa de consultoria em pesquisa e marketing Harrison Group. Há que vender tablets com força dê por onde tiver que dar.
Ainda teremos o MG3 (Magalhães 3) em tablet.
Olá,
Realmente, se formos a ver os custos que uma família tem em livros, por criança, por ano, vemos que a factura é bem gorda.
Um e-reader custa sensivelmente o mesmo que um conjunto de livros para uma criança, num ano.
Assumindo que os e-books NÃO PODEM SER mais caros que as versões em papel, devendo até ser MAIS BARATOS, é um investimento, à partida, viável.
Mas note-se o seguinte: o papel não vai desaparecer. Não deve! Porque a destreza na escrita é importante para se estruturar ideias quando se fala. Os cadernos de rascunho, real lugar para a escrita, é um óptimo instrumento em papel, onde a tinta das canetas pode fluir…!
Um grande bem-hajam!
Agapytho
Ora nem mais…
A melhor maneira que temos para desenvolver o nosso cerebro é principalmente através da escrita…
Eu por exemplo, todos os dias antes de me ir deitar tenho por hábito escrever…
Escrevo acerca do que me dá na gana, sobre o que se passou no dia (Não é diário, é só apontamentos) e as ideias que me foram surgindo ao longo do tempo. A isto chamo esvaziar o copo 🙂
Por vezes, pego na papelada toda que tenho para lá e ponho-me a ler!
Acredita que ás vezes me surpreendo com os meus pensamentos lolol
Esses custos são um bocado relativos… Estás-te a referir aos livros escolares, mas repara que se as crianças tivessem um ebook reader para levarem todos os dias para a escola não iriam durar todo o ano lectivo. E estás a partir do principio que um livro escolar com custa 20€ passe a custar quanto?? 5€???
“se pudermos pegar num terço de todas as crianças, muitas delas leitoras obrigadas, para que gastem mais tempo a ler por prazer nos” LIVROS NORMAIS DO SEU INTERESSE “,esse tempo adicional gasto a desenvolver fluência e vocabulário, não só as ajudaria a tornarem-se mais proficientes na leitura, como também as auxiliaria a acompanhar textos mais complexos, que irão encontrar no ensino secundário e na universidade”.
Acredito que estes produtos sejam de facto o futuro, e gostava que esse mesmo futuro estivesse muito próximo.Uma grande vantagem que ninguem equaciona será o de retirar dos miudos o peso desomunal dos livros que as crianças transportam Às costas diáriamente para a escola.
As crianças também são muito ligadas a gadjets pelo que acredito também que será um incentivo à leitura.
Tens filhos? Sobrinhos ?
As crianças ficam motivadas na leitura se lhes derem livros para as mãos. Se em vez disso apenas lhes derem lcd’s, consolas, telemóveis, canal Panda, dvds, com certeza que o resultado será o inverso.
Os meus estão na fase do “Doodle Buddy”. Fora disto dá choro 🙂
Pela segunda vez que estou a ler este artigo , continuo achar que como malta da camada jovem está cada vez mais virada para as tecnologias acho que os Ebooks podem ser um bom estimulante para se voltar a ler com mais frequencia e ganhar o gosto pela leitura.Contudo pegar num livro e folhea-lo até ao fim tem sempre outro gosto que os Ebooks nunca irão transmitir . bom estágio marrise
É uma boa maneira de fazer com que as crianças passem a ler mais, de facto. Hoje em dia, cada vez se lê menos, o que é uma pena. Mas nada substitui um bom livro. 😛
Li tudo o que foi dito até aqui neste tópico mas há algo que ninguém se lembrou de falar. A saúde dos olhos de quem usa este tipo de dispositivo. Enquanto as telas dos telemóvel, smartphone, PDA, e-book, tablet, portátil ou monitor são emissor de luz os livros em papel são reflectivo da luz ambiente. Eu falo por mim, eu não consigo passar muito tempo a ler a um monitor, a vista fica cansada e se lacrimejarmos pouco faz ainda mais mal à nossa vista.
Ainda não experimentei uma tela e-ink, mas creio que se consiga ler durante mais tempo do que uma tela que emita directamente luz para os nossos olhos.
Ponderem bem em dar estes gadgets às crianças… se começarem muito cedo a usar este tipo de tecnologia (Eu não sou a favor do portáteis Magalhães nas escolas, algo com ecrã e-ink seria mais sensato).
O que me dizem sobre esta questão? Será que o suposto benefício é mais importante do que a saúde dos nossos jovens?
em vez de “lacrimejarmos” queria dizer pestanejarmos.
Olá dedro, essas questões que falaste são muito importantes.
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Cumprimentos 🙂
A grande maioria dos e-book readers não tem iluminação própria – a maioria deles funciona um pouco como os sinais dos comboios nas estações, cada pixel é um switch branco/preto. O problema portanto não se põe – muito pelo contrário, o facto de poder aumentar o tamanho de letra à vontade ajuda muito a prevenir cansaço visual. Porque ler livros também cansa a vista, e muito.
Note-se que o i-pad nisso é um mau exemplo, pois não tem como objectivo principal a leitura. De qualquer forma, mesmo num computador normal, basta mudar a apresentação para branco-sobre-preto para melhorar e muito esses problemas.
As vantagens dos e-books são muitas: a portabilidade é a mais óbvia, mas também a possibilidade de ‘anotar’ os textos à vontade, e inclusivamente poder comparar essas notas com as de outras pessoas que são armazenadas online, o poder usar dicionários e referências directamente, etc.
Tenho esperança que estes suportes baixem de preço nos próximos tempos, e talvez surjam novos baseados em ecrans OLED que tragam ainda mais vantagens.