Visão artificial do novo sensor Sony permite 1000 fps
A Sony atualmente domina no segmento dos sensores de imagem. Além de produtos finais com altíssima qualidade, a empresa fornece chips e tecnologia que equipam milhares de dispositivos de outras empresas.
O mais recente sensor de imagem CMOS lançado pela Sony, uma espécie de olhos tecnológicos inteligentes, traz um avanço incrível no que toca à captação de frames por segundo. Este sensor tem a particularidade de captar 1000 frames por segundo... e até persegue objetos. O seu alvo não será o seu smartphone ou a câmara fotográfica (pelo menos para já), será sim a robótica industrial.
A Sony apresentou uns olhos muito inteligentes criados com um sensor de imagem CMOS, que não se destina a fazer parte de qualquer câmara ou smartphone que no futuro esteja à venda, esta tecnologia tem sim como alvo as fábricas com linhas de produção completas de robôs.
Chama-se IMX382 e é um chip que já tem alguma história na marca. Contudo, o que torna realmente especial é a capacidade de captação de imagens, este pode captar 1000 frames por segundo.
Quantidade vs qualidade
Neste caso o que está em causa não é a qualidade mas sim a quantidade e a velocidade com que o sensor consegue captar de imagens. Por isso, a Sony optou por uma relativamente baixa resolução de 1,27 megapíxeis. Este sensor de visão possui uma configuração empilhada com uma matriz de píxeis retroiluminada e uma camada de circuito de processamento de sinal.
A camada de circuito é equipada com circuitos de processamento de imagem e um processador de coluna paralelo programável, proporcionando a deteção do alvo de alta velocidade e um rastreamento perfeito... tudo isto a 1000 fps. O novo sensor utiliza informações como a cor e o brilho obtidos de píxeis para detetar objetos, extrai o centróide do objeto, o momento e o vetor de movimento do objeto.
Para percebermos melhor como funciona a tecnologia, iremos ver o vídeo que a empresa disponibilizou que exemplifica de forma clara como opera o IMX382:
Como vimos no vídeo, há um fluxo de alvos que são trabalhados, resultando em muita informação recolhida. O reconhecimento permite identificar, monitorizar, rastrear e perseguir os objetos ou o alvo da imagem. O reconhecimento pode ser realizado cada vez que um frame é gravado, sem ter que enviar as informações para um elemento externo.
Nos sistemas anteriores equipados com um sensor de imagem de processamento de 30 fps, nem sempre era possível capturar objetos e / ou fenómenos em movimento rápido. A 1000 fps, estamos a falar em cerca de 33 vezes mais rápida em velocidade de imagem do que os chips convencionais.
Mas estará disponível no mercado "convencional"?
Não. Este não será um produto que iremos ver no dia a dia, mas não deixa de ser surpreendente a forma como está a ser trabalhada a tecnologia e como a Sony está a integrar a visão artificial com o hardware tudo no mesmo elemento. É um tipo de produto que interessa à Sony desenvolver e vimos isso nos mais recentes sensores das câmaras que a Sony tem colocado no mercado de consumo.
Segundo a empresa, este sensor estará disponível para venda só no próximo ano, contudo, as primeiras amostras estarão já disponíveis em outubro deste ano. Cada chip estará disponível por cerca de 800 euros (100.000 JPY). Um preço alto para um chip, é verdade, mas será algo que na produção em massa irá poupar muitos outros dispositivos e aumentar o fluxo de trabalho de forma que no momento é bem mais dispendiosa e sem tanta inovação.
Via: Sony
Este artigo tem mais de um ano
..wtf.. Fantástico. Dá par usar nos futuros carros autónomos.
Estou mesmo a ver a indústria militar a salivar-se! Um chip destes num míssil e lá se vai a “invisibilidade” dos caças de 5ª geração…
Um caça de 5ª geração viaja a mais de 2.000Km/h…. e atendendo ao tamanho minúsculo no meio do céu…… não serve de nada. Os países sabem que os caças de 5ª geração podem ser invisíveis…… alguns dias, meses ou alguns anos, até o adversário encontrar forma de o interceptar à distãncia (a mais de 100Km!!!!!!). O conceito stelth tem outra grande arma que se chama jamming ou guerra electrónica.
Quando alguém conseguir ver um avião destes, mesmo através da mais potente câmara que exista…… já era! (se fosse o alvo do avião)
Pois… a não ser que esse míssil seja um ar-ar lançado de outro caça de 5ª geração! Quanto a velocidade um AIM-9 Sidewinder atinge Mach 2.5 e um AIM-120 AMRAAM chega a Mach 4. A vantagem neste caso é ser imune à guerra electrónica pois não usa infravermelhos ou sensor térmico mas sim um “olho” inteligente.
o pplware volta a cair no mesmo erro e relacionar qualidade de imagem com megapixeis.
é um erro já mais do que debatido noutros artigos e a sua manutenção ajuda apenas a perpetuar um mito (the megapixel fallacy).
o número maior ou menor de pixeis nada tem a ver com maior ou menos qualidade ou sequer com mais ou menos resolução (conhecida como resolution illusion) mas apenas, e só, com a dimensão da imagem.
por favor corrijam isto.
um exemplo tirado de um local à sorte no google: http://www.phonearena.com/news/Heres-why-your-cameras-megapixel-count-is-less-important-than-you-think_id70114
Cintra isso nada. Nem está sequer em causa neste artigo.
Não, corrige tu o que disseste, porque o que está escrito é o seguinte “Neste caso o que está em causa não é a qualidade mas sim a quantidade e a velocidade com que o sensor consegue captar de imagens. Por isso, a Sony optou por uma relativamente baixa resolução de 1,27 megapíxeis.”
Ora não está dito que não tem qualidade os 1,27 megapíxeis, o que está dito é que foi dada a prioridade á velocidade. Até pelo que é dito no resto do texto, não importa aqui ter mais resolução pois não está em causa a dimensão da imagem mas sim os parâmetros da velocidade, identificação e rastreio. Quem está a misturar tudo és tu, atenção.
mostrei o artigo à minha esposa e a um colega. ambos fizeram a interpretação de que estava em causa uma diminuição da qualidade para se obter quantidade, logo a mesma que eu…
mas ok, podemos estar enganados
Repara que até está dito “relativamente baixa resolução de 1,27 megapíxeis.”… relativamente baixa… mesmo que o foco esteja na quantidade, não deixa de estar presente a relatividade da resolução. Por isso qualquer interpretação além do que é dito, é apenas pessoal e não objectiva.
Mas, sobre o que referiste dos megapíxeis…. eu concordo, mas não está aqui em causa.
Muito interessante para astrofotografia nomeadamente, astrofotografia planetária! Certamente terão tb um sensor monocromático com um QE superior que interessa a quem faz astrofotografia!