Análise: Journey (PS4)
Journey, conta a história de um aventureiro, numa viagem cheia de luz, belas paisagens e perigos. Este pequeno jogo, da empresa “thatgamecompany”, foi das melhores experiências que já vivi até hoje num jogo.
Ao contrário do que estamos habituados, Journey ignora muitas tradições do mundo de gaming, como a pontuação, numero de vidas e estatísticas. Na pele de um viajante camuflado, apenas temos um objetivo, caminhar em direção à montanha que está no nosso horizonte. Até lá, descobriremos vários segredos do mundo onde nos encontrámos e talvez até encontraremos outros viajantes.
É muito reduzida, a interface que existe entre nós e o belo universo de Journey, o que torna este jogo fora do comum. Ao pressionar um botão fazemos com que o viajante "fale" com um tom musical e que ao mesmo tempo convoque seres próximos para o ajudar. A luz cintilante em volta do seu cachecol, indica a quantidade de poder remanescente para conseguir saltar. Dito isto, saltar, "falar" e caminhar, são os 3 principais mecanismos necessários para atingir o cume da montanha. Mecanismos esses, que funcionam perfeitamente em sintonia e de uma forma tão suave, que só isso é recompensa suficiente por jogar este tão apelativo e apetitoso jogo.
A beleza de Journey, não se fica apenas pela paisagem e banda sonora, mas também em todos os detalhes completamente pormenorizados, capazes de sugar a atenção de qualquer um. Estes detalhes, fizeram seguramente de Journey, o jogo visualmente mais apelativo da sua época, que com esta nova remasterização para a PS4, ficou ainda melhor. Cada momento é como uma obra de arte, frame por frame, Journey é um hino aos videojogos a nível visual.
Terminar Journey sozinho já é emotivo o suficiente, mas ao longo da jornada é possível encontrar outro jogador para uma experiência ainda mais especial. Enquanto jogamos, Journey aleatoriamente conecta-nos a outro jogador e ambos podem trabalhar em conjunto, ou então cada um seguir o seu caminho. Esta temática, vai de novo ao encontro do nada ortodoxo estilo de Journey. Não há chat, mas entenda-se que tal não é necessário, quando o jogo nos dá pistas inteligentes como Journey. É intuitivo usar os botões que expressam a linguagem do nosso aventureiro para comunicar com o parceiro e sabemos quando um viajante está ausente, pois o personagem automaticamente senta-se na areia a meditar.
Não devemos rotular Journey, pois tal iria retirar-lhe a genialidade, por isso independentemente dos gostos de cada um e sabendo à partida que nem todos irão gostar, Journey promete ainda mais imersividade com os novos gráficos adequados à nova geração da consola PS4. Journey, no entanto, não exige grande tempo para completar, um utilizador casual, que não se preocupe demasiado em conquistar troféus, completa facilmente o jogo em cerca de duas horas, mas em contrapartida é daqueles jogos que dá vontade de começar de novo sempre que se termina.
Veredicto
Seja a versão de 2012 ou esta para a nova consola, Journey continua a ser uma das melhores experiências que me vem à memória num passado recente. Intenso, com um belo ambiente, banda sonora de extrema qualidade e com uma profunda imersividade, Journey vai com certeza ficar na memória de todos os que o jogaram, durante longos tempos. Se não tiveram oportunidade de jogar a versão para PS3, não percam agora a oportunidade de jogar para PS4, o update vale cada cêntimo.
Este artigo tem mais de um ano
Journey não é um jogo, é uma obra de arte. O curto é relativo porque também pode ser bastante longo. Já fiz ‘viagens’ de 5h.. É preciso é encontrar a companhia certa.
Esta experiência obedece a uma certa evolução até chegar aos voos mais altos.
Eu era daqueles que dizia que o GTA era o melhor jogo do mundo até ter conhecido Journey. Se nunca jogaram joguem.. E uma vez não chega! Nem 1000 chegam pra ver tudo 🙂
‘May your scarf be always charged’
Vector, acredita que pensei duas vezes antes de colocar o “algo curto” como ponto negativo, porque para além de cada um poder fazer “render o seu peixe” o quanto quiser, o próprio jogo é tão brutal que te faz sempre voltar a jogar vezes sem conta. No entanto, tento também pensar que para um utilizador “straightforward” o jogo é curto, daí esse ponto menos positivo.
Seja como for, Journey é um oasis no deserto.
Finalmente vejo uma crítica que aborda o lado peculiar deste jogo. Tenho-o para a PS3 e simplesmente adorei. A banda sonora é magnífica, os gráficos são breathtaking e toda a singularidade do jogo o torna efetivamente uma obra de arte autêntica. Tenho mta pena que não existam mais jogos assim. Obrigado, julgava que mais ninguém jogava ou conhecia tão magnífico jogo. Peca efetivamente por ser curto, queremos mais! 🙂
Adorei o jogo, mas apenas o joguei uma vez, demorei 1h30, e para ser sincero não percebi muita coisa sobre o jogo, o Multiplayer não é muito intuitivo, vi lá ppl mas não percebi muito bem como fazer a viagem junto a eles, e outros ficaram pelo caminho, mas de resto tenho de concordar com tudo, Grafismo incrível, banda sonora espectacular, muito imersivo. Para mim, foi dos poucos jogos que valeu bem a pena o que paguei por ele, e olhem que eu só compro os jogos com 50% de desconto ou mais 🙂
Um jogo de 2horas com pontuação de longevidade 8/10 é algo discutível.
E não argumentam que se pode jogar milhares de vezes pk eu tb posso acabar o gta (que não demora 2h) e começar novamente..
Atenção, nunca joguei o jogo e acredito que seja espetacular, este meu comentário foi mais a nível de manter a coerência.
Estou curioso com o jogo, só o conheci há uns meses…
Este artigo e comentários que li, fez-me adquirir a banda sonora do jogo. É simplesmente fantástica, das bandas sonoras mais zen que ouvi, joguei a demo do jogo na ps3, e digo que não achei que fosse muito bom. Fizeram mudar a minha opinião e agora pretendo comprar. Já tenho ideia de presente de natal para mim mesmo. Agradeço muito por este artigo
Tiago, fico contente de te ter influenciado positivamente e dessa forma fazer-te usufruir desta obra de arte. Espero que continues a acompanhar as nossas análises e obrigado.