Tracinho.com – Aprenda a usar o hífen
Ora aqui está um site bem pensado. Tracinho.com é um site que visa clarificar todas aquelas confusões ortográficas/gramaticais que envolvem o hífen, o chamado "tracinho". Será fizeste ou fizes-te? Aqui não há dúvida. Mas andasse ou anda-se? Já depende do contexto.
Muito útil para enviar a todos aqueles que pontapeiam a nossa língua.
Foi por acaso que descobri este site, através de um amigo no Facebook. Como todos sabem, a Internet é sinónimo de liberdade de expressão, mas também traz consigo uma liberdade de escrita informal, sem grandes preocupações. Mas quando essa informalidade atinge a nossa língua, é hora de dar o sermão devido.
Tracinho.com é um site construído para este propósito muito simples: desambiguar expressões parecidas em que o "tracinho" faz toda a diferença, na fonética e no sentido.
Além de uma base de dados considerável contendo uma lista das chamadas "desambiguações", pares de palavras com e sem hífen, o site permite ao utilizador adicionar novas desambiguações.
A cada desambiguação, incluindo as já existentes, é possível adicionar exemplos de utilização de cada um dos termos, por forma a clarificar a sua utilização.
São ainda dadas algumas dicas acerca da distinção entre dois termos similares.
Trata-se de um site muito simples, com design simples e cuidado e que pode ser utilizado de uma forma divertida para alertar para os erros gramaticais tão frequentemente cometidos na web.
Homepage: Tracinho.com
Este artigo tem mais de um ano
Aqui está uma dica/conselho bem útil para muita gente que faz comentários neste e noutros fóruns…
Infelizmente, é um erro muito comum.
Um bom truque, é simplesmente ler a palavra.
Andasse ou anda-se produzem sons completamente diferentes…
Caramba, já não se ensina nada nas escolas?
Ó a regra simples: Pode-se escrever tracinho SE E SÓ SE também se puder escrever ao contrário: .
É que, mesmo que pouco usado em Portugal(mas bem mais comum no Brasil) “Se pode escrever…” está absolutamente correto.
Não é assim tão difícil.
vinha escrever isto, mas já o fizeste.
Usando a minha própria frase “mas já o fizeste”: “mas ja o te fizes” não faz sentido, logo não leva “tracinho”
Depois existe mais umas quantas regras. Mas esta despista logo a maioria.
No caso do há e “à” tb existem um conjunto de regras que permitem a despistagem. Apesar de ser mais dificil.
1. Há. Haver, existir, etc…
2. Sempre que nos referimos a algo temporal é sempre há. ex: há um mês, há 2 horas
3. «à» é contração da preposição a com o artigo definido feminino a. É exatamente igual à contração «ao» para o masculino. O truque é transformarmos a nossa frase para algo, mais ao menos, equivalente no masculino. Por exemplo: “Vamos à/há pesca”. Alterando a palavra “pesca”, para por exempl,o “pescado” (ou “cinema”). A frase ficaria: “Vamos ao pescado”. Logo neste caso seria “Vamos à pesca”
São pequenas regras que nos ajudam.
Claro que nos foruns não nos preocupamos muito com os erros ortográficos,
Bem dito. A única coisa que mudaria no teu comentário, se me permites, seria o acordo ortográfico, fora isso não diria melhor. 🙂
Tenho alguma gralha, relativamente ao AO?
Se calhar estavas a referir-te às alterações na hifenização.
Não sei se tens, assim por alto, eu diria que não, apenas disse isso porque eu não sou muito a favor do acordo e ainda mantenho os C’s exaCtamente no seu lugar.
Mas eu não diria melhor mesmo. 🙂
Methinks ele está-se a referir ao facto de eu ter escrito “correto” em vez de “correcto”.
Eu, que sou preguiçoso, prefiro não escrever letras inúteis quando posso. É o caso 🙂
Já agora, falta uma coisa no meu comentário porque o software dos comentários comeu: a seguir a “escrever ao contrário:” falta [blablabla]tracinho[bla] = [foo] [blablabla]
Bela ideia para um site!
Obrigado pela dica/site, eu pontualmente tenho essa dúvida gramatical e com o novo (péssimo) acordo ortográfico, as tantas já não sei o que está certo ou errado.
O acordo ortográfico não tem nada a ver com isto. Este problema deve-se a não se saber conjugar verbos, algo muito comum hoje em dia. Tudo começa nas sms’s e nos chat’s e acaba nas legendas de filmes.
Infelizmente acaba mesmo nas legendas dos filmes.. faz-me confusão quando apanho gralhas. Por vezes dou por mim a ter que corrigir as legendas
“Mas andasse ou anda-se? Já depende do contexto.”
Não depende, são situações bem distintas Ana, como está patente no http://tracinho.com/distinguir
Tu sabes o que significa “depende do contexto” nao sabes?
Porque não depende do contexto? Depende do contexto gramatical. Depende de como o verbo é conjugado, da pessoa (1ª ou 3ª), do tempo verbal, etc.
Ora aí está um GRANDE site!
Espero que muita gente siga estes conselhos… porque acho ridículo este erro.
Muito bom!
Vou partilhar!
Ora bem, isto é que é serviço público, sim senhor 5 estrelas. Já que estamos a falar de ortografia aproveito para deixar aqui um link de um software free para converter ficheiros/texto do antigo para o novo acordo, é à confiança.
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/lince.html
Espero que seja útil a muitos!! 🙂
De facto é um grande site!
Gostei mesmo. Agora resta fazê-lo chegar às pessoas que não sabem escrever palavras tais como “soubeste”, “fizeste” e pessoas que não sabem diferenciar “anda-se” de “andasse”.
Genial.
É melhor os jornalistas frequentarem este tipo de sites, pois ultimamente encontro sempre um erro ortográfico em notícias dos nossos principais jornais do país.
Faço minhas as tuas palavras.
Com ou sem acordo, será que esclarece definitivamente a diferença entre ir ao encontro de (um objectivo, por exemplo) e o abominável ir de encontro a (um objectivo, por exemplo)?
É tudo uma questão de nos deixarmos de modas. Mas acontecem coisas engraçadas na vida… Há dias, ia ao encontro de um amigo e, como já ia atrasado, caminhava com pressa. Distraído, acabei por ir de encontro… ao meu amigo, que vinha ao meu encontro. Em resumo: íamos ao encontro um do outro, e acabámos por ir de encontro um ao outro.
excelente resposta!
A culpa do pessoal usar o “-te” é da escrita inteligente T9, que infelizmente não traz o pretérito perfeito e imperfeito dos verbos e então é mais “fácil” escrever até onde o T9 deixar e depois colar um “-te”.
Exemplo:
#1 Correcto: “Já deixaste o carro na oficina?”
#2 Incorrecto: “Já deixas-te o carro na oficina?”
Convém não esquecer o:
“Já deixas-tes o carro na oficina” tanta vezes ouvido e lido.
😉
É isso e o “prontos”. Fico pior que estragada!
É só impressão minha ou estas coisas deviam aprender-se na escola?
Não é impressão tua.
Infelizmente.
Infelizmente, os professores de português estão mais preocupados em tentar decifrar o que o poeta quis dizer com determinado poema do que ensinar a escrever como deve ser! De que é que serve ter pessoas a “saber interpretar” poemas (o que é muito relativo) se depois não sabem escrever!
porque aprendes a interpretar. O objetivo não é que saibas o poema de trás para a frente. O objetivo é que desenvolvasa capacidade de interpretação. Como bónus ainda tens o facto de te enriqueceres culturalmente.
Mas eu não ponho isso em causa. É claro que a parte da interpretação também é importante, mas primeiro deviam certificar-se de que as pessoas sabem escrever como deve ser!
Em caso de dúvida, leiam a palavra como se fossem duas separadas.
Por exemplo leiam “deixas te”. Se não fizer sentido é porque se deve escrever sem hífen: “deixaste”.
“bosta ortográfica” é algo bonito de se ler 🙂
Parabéns ao Ricardo Otero pela iniciativa. Infelizmente é bem preciso.
Simples mas de grande utilidade para muito boa gente. Parabéns pelo site.
Deviam fazer um site para o “tive” e o “estive”. Também não era mal pensado fazer outro para “a ver” e “haver”.
Já agora, outro para banir o termo “é assim” cada vez que se começa uma frase.
Meu caro, se fôssemos a criar um site para cala calinada recorrente – não confundir com “gralhas” – não chegava a internet inteira. Mas sempre acrescento umas achas à fogueira: e que tal acerca da diferença entre “dos” e “de os”? Ou “da” e “de a”?
E “alcoolémia/alcoolemia”? E “glicémia/glicemia”?
Bom, então eu deixo aqui a minha simples regra. Em dúvida coloco na negativa e vejo se o “te” fica separado ou junto, vejamos:
Dúvida: “Ainda fizeste o trabalho?”
Negativa: “Ainda não fizeste o trabalho?”
Como na negativa ficou junto, então é junto e sem tracinho. Outro exemplo:
Dúvida: “Fiz-te o trabalho”
Negativa: “Não te fiz o trabalho”
Como na negativa o “te” veio para traz, então é separado.
Simples e eficaz.
Oh, minha Nossa Senhora… bastou navegar uns segundos por esse site para encontrar uma série de erros de português :S
OMG… a tecologia torna as pessoas burras? Para que servem as escolas? Só faz confusão com isto quem teve uma má formação na língua, tal como distinguir o “ha” e o “à”… até neste espaço, onde todos têm (sim, com acento, pois é plural) um teclado completo à frente, só se vê calinadas das grossas. Deixem-se de menemónicas para decorar as regras e tentem percebê-las! Fui…
É realmente um bom site, mas atenção que a regra da hifenização é bem mais lata, não se aplica apenas às formas verbais.
Dois sítios de excelência para este e outros assuntos do géneros são: Ciberdúvidas: http://ciberduvidas.pt/
e o Portal da Língua Portuguesa: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=main
Bom fim-de-semana ops perdão bom fim de semana (no novo acordo!!!!) 😉
Novo acordo ortográfico: http://umportugues.com/