NVIDIA convenceu Trump a vender as suas H200 na China. Agora, a China não quer comprá-las
Jensen Huang, CEO da NVIDIA, conseguiu convencer Donald Trump a autorizar a exportação das poderosas GPU H200, mas o governo chinês está a impor novas barreiras à entrada desta tecnologia norte-americana.
Um obstáculo inesperado
Quando Jensen Huang define um objetivo, raramente desiste antes de o concretizar. Tal como aconteceu em julho, quando convenceu a administração norte-americana a permitir a venda da GPU H20 na China, a história repetiu-se agora com o levantamento do veto sobre as unidades H200. No entanto, o cenário sofreu uma reviravolta irónica.
Segundo informações veiculadas pelo Financial Times, Pequim está a preparar diretrizes rigorosas para limitar o acesso às H200 da NVIDIA. Caso estas medidas avancem, as empresas chinesas deixarão de ter liberdade total de compra, sendo obrigadas a submeter-se a um processo de aprovação onde terão de justificar a razão pela qual as alternativas nacionais não satisfazem os seus requisitos técnicos.
Esta mudança de postura reflete uma estratégia clara: o governo chinês pretende eliminar a dependência tecnológica face aos Estados Unidos no setor da inteligência artificial (IA). Num movimento inédito, o Estado incluiu processadores de empresas locais, como a Huawei e a Cambricon, na sua lista oficial de aquisições.
Este catálogo funciona como um guia vinculativo para instituições governamentais e grandes conglomerados estatais, que movimentam milhares de milhões anualmente. A prioridade é fomentar a indústria doméstica, mesmo que, numa fase inicial, o desempenho tecnológico fique aquém das soluções da NVIDIA.
O salto qualitativo da H200 da NVIDIA
A situação atual difere substancialmente da venda anterior das GPU H20. Enquanto o modelo H20 era uma versão básica, desenvolvida especificamente para contornar sanções, a GPU H200 representa um avanço tecnológico significativo, oferecendo uma capacidade de processamento muito superior.
Este hardware é crucial para tarefas exigentes, como o treino de LLM. Ao dificultar o acesso a estes componentes de ponta, a China corre o risco de abrandar o progresso dos seus modelos de IA mais avançados em comparação com o ocidente.
Apesar das diretrizes políticas, a realidade empresarial conta uma história diferente. De acordo com o South China Morning Post, gigantes tecnológicas como a ByteDance, a Alibaba e a Tencent continuam a manifestar preferência pelas H200. A razão prende-se não só com a potência bruta, mas também com a infraestrutura de software existente.
Grande parte do código destas empresas foi construído sobre a microarquitetura Hopper da NVIDIA. A transição para GPU da Huawei implicaria uma reescrita dispendiosa e complexa desse código. Por outro lado, programadores com necessidades menos críticas começam a afastar-se da tecnologia norte-americana, receando a instabilidade geopolítica e futuras sanções.
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A China tem razão. Aguenta EUA.
Não há alternativa viável, por muito protecionista que queiram ser se não querem perder a corrida da AI não vão ter outra solução
Zé Fonseca, olhe que não, olhe que não.
Tb diziam que a Huawei estava acabada e afinal…
Os Chinos são espertos e cada vez o gap em relação ao ocidente é menor.
Aliás, em alguns aspectos já vão à frente.
Subestime-os, eles agradecem.
Não tem a ver com os chineses, tem a ver com o mundo todo, a nvidia está tão avançada que seria preciso dormirem durante 10 anos para os apanharem, a diferença é abismal, não há como ir à volta para quem quer ser relevante em AI
Muito bem.
TPUs e ASIC dão baile às placas gráficas.
Os americanos já perderam para a China mas ninguém os avisou, os chineses não são a UE sempre a abanar o rabinho para o seu dono!
+1
Ainda bem que existe um país que não se põem de joelhos perante o todo poderoso.
A brincadeira séria do Trump, só está alimentar e acelerar o desenvolvimento Chinês…
EUA e UE sempre andaram atrás dos lucros, canalizando as industrias para a China porque é mais barato, agora querem reverter, porque chegaram á conclusão que a China esta a receber muito dinheiro pela produção, a China agora com dinheiro, pode ir buscar know-how para fazer o resto e definir padrões por massificação.
E tudo se resume a capacidade energetica ….UE andou a enfiar as energias renovaveis pela guela abaixo, agora está com problemas de conseguir ter industrias, seja pelo atraso tecnologico, seja para preço da energia.
UE tornou-se uma colonia dos EUA durante anos, só porque dava jeito.
Toda a GeoPolitica e Mercados Internacionais estão num problema longe de ser resolvida… isto não vai acabar bem.
Os americanos sempre foram um povo b……, agora com as políticas de Trump, isso é bem visível. O Trump é tão subserviente aos chineses e à Rússia e o povo caladinho, a mamarem…
A bolha da IA a rebentar em 5,4,3,2,1…