Mark Zuckerberg crê que títulos e currículo não são essenciais numa contratação
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, partilhou uma abordagem pouco convencional à contratação durante uma entrevista. Enfatizou que a estratégia de recrutamento da sua empresa deve centrar-se menos nas qualificações académicas formais e mais nas competências que não estão necessariamente ligadas a diplomas.
Meta privilegia a resolução de problemas
Durante uma entrevista à Bloomberg, Zuckerberg salientou que o processo de contratação da Meta dá uma importância significativa à capacidade de dominar uma determinada competência, em vez de simplesmente acumular diplomas.
Sublinhou o valor do pensamento crítico e do desenvolvimento pessoal numa idade jovem, observando que estas qualidades são frequentemente mais importantes do que os resultados educativos formais na resolução de problemas complexos.
De acordo com Zuckerberg, o candidato ideal é aquele que demonstrou a capacidade de se aprofundar numa determinada área e adquirir conhecimentos profundos.
Se as pessoas demonstraram que conseguem ir fundo e fazer uma coisa muito bem, então é provável que tenham adquirido experiência na arte de aprender algo.
Explicou Zuckerberg.
Zuckerberg fala sobre uma experiência pessoal
O CEO da Meta partilhou uma história sobre a sua filha, que começou a escrever de forma criativa um romance sobre "cristais de sereia" e utilizou a IA para ajudar com as imagens. Acredita que promover a criatividade e a resolução de problemas nos jovens é crucial para as suas carreiras futuras, ajudando-os a desenvolver competências analíticas e inovadoras. Para ele, estas qualidades têm mais valor a longo prazo do que qualquer diploma formal.
Este foco nas competências do mundo real e no potencial de liderança não é novo na Meta. Já em 2015, durante um evento de imprensa no Mobile World Congress em Barcelona, Zuckerberg expressou sentimentos semelhantes. Afirmou que a Meta procura candidatos que demonstrem liderança e pensamento empreendedor em vez de qualificações puramente técnicas.
Só contratarei alguém para trabalhar diretamente para mim se, num universo paralelo, for possível que eu trabalhe para essa pessoa.
Referiu Zuckerberg, acrescentando que esta regra de contratação lhe tem servido bem ao longo dos anos.
Uma mudança em toda a indústria tecnológica
A abordagem de Zuckerberg de não dar ênfase à educação formal ganhou força em todo o setor tecnológico. Outros líderes, como o CEO da Apple, Tim Cook, ecoaram opiniões semelhantes.
Numa entrevista à Forbes, em 2019, Cook minimizou a necessidade de um diploma universitário para conseguir empregos em tecnologia, observando que a Apple sempre procurou ampliar os seus horizontes ao recrutar talentos. Vale a pena lembrar que Steve Jobs, o icónico fundador da Apple, deixou a universidade para fundar a empresa.
Apesar desta filosofia de contratação, a Meta fez recentemente uma pausa nas contratações como parte do seu "ano de eficiência", um plano iniciado em 2023 para racionalizar a empresa. Esta reestruturação levou a despedimentos em massa entre 2022 e 2023, achatando a hierarquia da empresa.
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A diferença esta na fruta em Portugal olha-se muito para o canudo , alguns têm muitos canudos mas na pratica são uns zeros absolutos. Então no estado vê-se disso aos magotes.
Incrível, pela primeira vez disse algo de jeito, quem terá sido a pessoa que lhe mandou dizer a verdade?
Por cá olha-se mais para a cunha … dai a grande competencia que se ve no Estado e em muitas empresas. Os que realmente merecem “subir” ou ser contratados sao passados para trás em prol de quem é amigo, conhecido.
Em Portugal não se olha ao canudo mas sim á “família”…. @bosch
Nada de novo, as contratações que faço sempre tiveram essas premissas, e vendo o meu canudo a quem der mais de 5€, foi a maior perda de tempo e dinheiro da minha vida
Também dou o meu canudo a quem quiser. A única coisa boa foi ter acesso gratis à internet num período em que era caríssimo em nem chegava a todos os lados.
isto não é surpreendente vendo como as Universidades see tornaram fechadas para não falar de politizadas embora os problemas comecem logo no ensino básico que tem efectivamente destruído pessoas.
O factor “cunha” também acontece noutros países…
Por exemplo em Inglaterra e na Escandinávia conta mais a experiência profissional do que o grau académico.
Nada de anormal. É assim na maior parte das empresas da área. Competências é mais importante que cursos ou canudos.
Como são as ofertas de emprego nas empresas dele? É que já vi algumas e têm requisitos completamente ridículos…
A maior parte dos idiotas com quem já trabalhei tinham “canudos”.
Tirando um ou outro que realmente sabiam o que fazer, a maioria eram “apenas” incompetentes.
“Eu só contrato alguém para trabalhar para mim se julgar que trabalharia para essa pessoa. É um teste muito bom, e acho que essa regra vem dando certo”.
Obviamente ele só contrata diretamente e aplica a regra aos quadros de topo, convém que se perceba.
Concordo, ter a trabalhar para nós pessoas que se admira e respeita é fundamental.
Falta no post a habilidade dos candidatos de trabalhar em equipa: “Os candidatos aprovados devem demonstrar claramente que as suas prioridades são a empresa, a equipa e depois a carreira pessoal – nessa ordem” (Jay Parikh, vice-presidente de engenharia do Facebook).
Isso pode ser verdade nos EUA, Cá na Europa e mais concretamente em Portugal,
ter uma licenciatura pelo menos, ainda é no requisito em IT.
Basta verem nos anuncios de empregos, exigem canudo, anos experiencia mas quase pagam como se estivessem a fazer estágio profissional ou por vezes pior ou menos.
Ainda para mais neste país com a mentalidade aumentar o salário minimo todos anos ajudará em alguma coisa, é só tapar o sol pela peneira.
Ter uma licenciatura dá te as bases, mas tens de continuar a fazer upgrade ao conhecimentos todos os anos, nao precisas de mais cursos universitários mas estár a tento o que o Mercado pede.
E não devem ignorar a licenciatura em IT, os chamados self-taught é tudo muito bonito mas cuidado. 😉