Ouro bate recordes e famílias voltam à venda. Plataformas online estão em crescimento
Em momentos de maior aperto financeiro, vender ouro é sempre uma solução para conseguir alguma liquidez. E a verdade é que este metal precioso está a bater recordes históricos e a atingir valores nunca vistos. Mas antes de vender as joias da família, há alguns pormenores a ter em atenção.
Ouro vale ouro
Nos últimos meses, as famílias portuguesas voltaram a vender ouro, um fenómeno que tem despertado a atenção dos especialistas financeiros e das lojas de compra e venda de metais preciosos.
A principal razão para este ressurgimento é o aumento significativo da cotação do ouro nos mercados internacionais, o que faz com que a venda de joias, moedas e outros objetos em ouro se torne uma opção atrativa para quem procura um alívio financeiro. Em 2024, o preço do ouro atingiu níveis históricos, ultrapassando os 2.500 dólares por onça, o que representa um aumento de 21% desde o início do ano.
Aliás, a cotação do ouro tem vindo a aumentar de forma consistente desde o início da pandemia e, mais recentemente, devido à instabilidade geopolítica e à incerteza económica global.
O ouro é tradicionalmente visto como um ativo de refúgio, ou seja, um investimento seguro em tempos de crise, quando outras formas de investimento, como ações e imobiliário, tendem a flutuar de forma mais imprevisível.
Com a instabilidade inflacionista, as taxas de juro em crescimento e a guerra na Ucrânia, o preço do ouro tem vindo sempre a subir.
Pressão económica e liquidez
Além do aumento da cotação do ouro, outro fator importante que impulsiona a venda de ouro em Portugal é a pressão económica que muitas famílias estão a enfrentar. O aumento do custo de vida, nomeadamente com a subida dos preços da energia, dos combustíveis e dos bens essenciais, tem levado muitas pessoas a procurar soluções rápidas para colmatar lacunas no orçamento familiar.
A venda de ouro surge como uma alternativa relativamente simples e acessível para muitos, já que a maioria das pessoas possui algum tipo de bem em ouro, quer seja uma aliança, um colar ou até mesmo moedas de coleção.
A crise habitacional também tem contribuído para este cenário. Com o aumento das taxas de juro e a dificuldade em obter crédito, muitas famílias portuguesas estão a vender ouro para pagar empréstimos, hipotecas ou até mesmo para conseguirem arrendar uma casa.
Para algumas famílias, vender peças de ouro é uma forma de obter liquidez sem recorrer a empréstimos adicionais, evitando, assim, o aumento das suas responsabilidades financeiras.
O processo de venda
O processo de venda de ouro é relativamente simples em Portugal. Existem diversas lojas especializadas, que realizam a avaliação das peças em função do peso e da pureza do metal. Após a avaliação, é feita uma oferta, e o cliente pode optar por vender ou não. Muitos destes estabelecimentos realizam pagamentos imediatos, em numerário ou através de transferência bancária, o que facilita o acesso rápido ao dinheiro.
Além disso, o número de plataformas online para venda de ouro tem crescido nos últimos anos, proporcionando uma alternativa cómoda para quem prefere não se deslocar fisicamente a uma loja. No entanto, é importante ter cuidado com estas transações, certificando-se de que se trata de plataformas seguras e fiáveis.
Estratégia temporária
Embora a venda de ouro possa ser uma solução rápida e eficaz para resolver problemas financeiros imediatos, é importante que as famílias estejam cientes de que esta não deve ser vista como uma estratégia de longo prazo.
Vender bens preciosos pode aliviar a pressão financeira no curto prazo, mas também significa abrir mão de um ativo que pode valorizar-se ainda mais no futuro.
Portanto, antes de vender, é aconselhável fazer uma análise cuidadosa da situação financeira e das necessidades a longo prazo.
Caso a venda de ouro seja a única opção viável, é importante obter diferentes avaliações e comparar os preços oferecidos por diferentes estabelecimentos, de modo a garantir um valor justo pelas peças vendidas.
Conselhos a quem vai vender ouro:
- Separe os materiais que não são de ouro da peça: Quando leva uma joia a uma loja, o comprador avalia a peça pelo peso do ouro que lá está. Apenas e só. De fora dessa conta ficam todos os outros materiais que dela façam parte, como a prata, os brilhantes, ou até as pedras preciosas. Isto quer dizer que se levar a uma destas lojas um anel de diamantes, o avaliador vai fazer-lhe uma oferta pelo ouro do anel, mas não pelos diamantes. Esses em nada vão afetar o valor que lhe é proposto.
- Peça avaliações em várias lojas: O melhor conselho para vender ouro usado é nunca se ficar pela primeira oferta que lhe fizerem. Antes de vender, comece por pedir uma avaliação da peça em diferentes lojas. Pode surpreender-se com a diferença de valores, mesmo entre casas do mesmo grupo.
- Pesquise a loja antes de fazer negócio: A melhor forma de saber se uma loja é de confiança é ouvindo os clientes: aquele é um negócio honesto? Praticam preços justos? Já estiveram envolvidos em algum esquema ilegal? A internet é sempre uma boa ferramenta para encontrar informações acerca destas lojas, quer sejam físicas ou online. Vai certamente encontrar referências, comentários e avaliações de outras pessoas que, tal como no seu caso, quiseram vender ouro usado.
- Conheça a cotação (preço) do ouro: O valor de avaliação dos metais preciosos muda com muita frequência, por isso informar-se antes de se deslocar a uma loja é um ótimo conselho para vender o seu ouro usado. Um dos critérios para avaliar o valor da peça de ouro é o peso. Daí que seja importante pesá-la numa balança eletrónica e informar-se acerca do preço do ouro por grama. Também é importante que conheça a qualidade do ouro que tem, isto porque o grau de pureza é outro dos critérios na avaliação.
- Considere as lojas de antiguidades: É comum as joias de família terem trabalho artístico de muito valor ou até um design específico de determinada época ou estatuto social. Antes de partir para as lojas comuns, o melhor conselho para vender ouro usado é olhar bem para as suas joias e perceber se têm mais algum valor além do preço puro do metal em que são feitas. Um anel em ouro que tenha pertencido a uma personagem relevante da nossa História vale muito mais pelo significado cultural que tem do que propriamente pelo metal que lhe deu origem.
E não tenha em atenção que há uma grande diferença entre o preço de compra e o preço de venda do ouro.
O “não” está a mais.
Se, neste momento, forem comprar ouro a cotação está a 73,94€/grama no mercado internacional (24 quilates).
Se forem vender, oferecem-vos menos.
Com o gráfico: https://www.deco.proteste.pt/investe/ferramentas/calculadora-ouro
Além de que há a margem de lucro da loja, e os custos de derretimento.
E varia de comprador para comprador. Aqui há uns anos tratei de um processo em que uma das propostas era metade da melhor proposta que tive.
Portanto, é sempre bom ir a vários locais.
Se ajustarem o valor do ouro à inflação não tiveram lucro durante…30 anos!
Comprar joias de ouro como investimento é péssimo. Apenas uma percentagem do valor da joia é do ouro, a outra parte é mão de obra. Depois quando se vende não compram ao preço de mercado. O ouro é um ativo de reserva de valor, ou seja, resiste à inflação, mas não valoriza muito ao longo de décadas. Agora está em máximos, mais tarde vai cair a pique. No entanto quem quiser investir em ouro, tem uma boa opção: ETFs de replicação física que seguem o preço do ouro. Não temos que guardar lingotes de ouro, e os custos são muito baixos.
David, por acaso andei a ver esse ETF e o crescimento anual tem sido superior a 25%.
Aliás, em 5 anos valorizou 67%.
Nada mau…. Só por aqui já se vê que o dinheiro nos bancos é só perder valor.
Correcção, não é crescimento anual, mas sim crescimento neste último ano.
Assim é que é…
Nos últimos 12 meses valorizou 25% e no conjunto dos 5 anos valorizou 67%…
Com esta subida do preço do ouro, Portugal deve agora estar a nadar em dinheiro com o ouro roubado do Brasil.
Se puderes e quiseres consulta estes documentos do Banco de Portugal, de 1959 a 1974.
“Aquisição de ouro ao Fundo Cambial da Província de Moçambique
Aquisição e transferência para a metrópole do ouro em barra adquirido ao Fundo Cambial da Província de Moçambique, através do Banco Nacional Ultramarino (BNU), enquanto seu agente. Contém originais e cópias de cartas, telex`s e telegramas recebidos e expedidos ”
A mim o que me disseram é que a maior parte do ouro de Portugal tinha vindo de Moçambique. A África do Sul pagava a Moçambique em ouro, pela cedência de trabalhadores para as minas, e Moçambique pagava as importações idas de Portugal em ouro.
“O “negócio do ouro” resultou de acordo entre os governos português e sul-africano segundo o qual cerca de metade do salário dos mineiros seria pago à administração colonial portuguesa em ouro, e os trabalhadores migrantes só receberiam esta parte do seu salário em escudos no seu retorno a Moçambique, no fim do contrato”.
Portugal não roubou, fez trocas comerciais. Para quê roubar se bastava trocar coisas que tínhamos em abundância a baixo preço e que lhes faziam falta tal como espelhos, pentes, tecidos, ferro, vinho ou armas?
É preciso ver que os nativos americanos quando os europeus lá chegaram caçavam e lutavam contra outras tribos com arco, flecha, facas e machados, mas passado uns tempos já o faziam com armas europeias que foram muitas vezes moeda de troca tal como são ainda hoje.
Naqueles tempos entre ter 50kg de ouro e 1 hectar de terra ou uma arma era preferível ter uma arma.
Atualmente os EUA e UE não estão a fornecer armas à Ucrânia de borla ou alguém acredita que sim?
Outra coisa que pouca gente sabe é que a quantidade de ouro que Portugal amealhou durante 500 anos, hoje é minerada em menos de um ano no mundo todo, portanto não foi assim tanto ouro quanto isso, não faz os portugueses ricos quanto mais os brasileiros.
É preciso ver que no Brasil os descendentes não foram corridos pelos nativos como em certas colónias africanas, simplesmente os que lá viviam adquiriram a independência de Portugal e são esses que ainda hoje governam o país e controlam quase tudo.
Sendo assim podiam começar por dar o exemplo, fazerem testes de ADN e todos que se comprovar que tem ADN europeu deviam fazer a mala e vir com uma mão atrás e outra à frente pedir asilo solidário a Portugal ou outros povos europeus que se comprove a sua descendência genética.
Eu teria todo o prazer em ser a família de acolhimento do Lula ou do Bolsonaro.
Se Portugal roubou foi a sí mesmo porque o país Brasil só passou a existir depois de Portugal o fundar, delimitar as suas fronteiras e desenvolver o país até à sua independência. Esse tipo de afirmações só demonstra a ignorância das pessoas, que não pensam pela sua própria cabeça e são como zombies instigados a pensar algo que alguém quer que pensem. Nem se dão ao trabalho de estudar e perceber o que está testemunhado pela história. Daqui a 1000 anos a culpa do Brasil ser pobre ainda vai ser dos portugueses. É sempre mais fácil apontar o dedo aos outros em vez de tentarmos perceber onde estamos a falhar. Enfim! Ovelhinhas!
foi o ouro que subiu ou o dinheiro que desvalorizou???? pois é!!!