Moeda dos Xutos e Pontapés entrou hoje em circulação. Posso pagar com ela?
A nova moeda de cinco euros, dedicada aos Xutos e Pontapés, entrou esta quarta-feira, dia 4 de setembro de 2024, em circulação. Por não ser apenas para colecionadores, poderá estar a perguntar-se: posso pagar com ela?
Esta quarta-feira, o Banco de Portugal colocou em circulação uma moeda de coleção, no valor de cinco euros, dedicada aos Xutos e Pontapés, no âmbito de uma série da Casa da Moeda dedicada aos músicos portugueses.
Esta é a sexta moeda de cinco euros de coleção que o Banco de Portugal colocou em circulação este ano. As novas moedas são distribuídas por intermédio de bancos e demais instituições de crédito e tesourarias do Banco de Portugal, bem como nas lojas da Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Posso pagar com a moeda de cinco euros dedicada aos Xutos e Pontapés?
As novas moedas têm um valor facial de cinco euros, pelo que valem tanto como as notas de cinco euros. Portanto, se receber um pagamento ou um troco com elas, pode usá-las, desde que sejam aceites como meio de pagamento. O valor destas moedas é o mesmo que o das moedas e notas correntes.
Por se tratarem de moedas visivelmente diferentes, o Banco de Portugal disponibiliza as características de cada uma das novas moedas de coleção.
Mais do que isso, por forma a detetar uma moeda falsa, verifique os vários elementos de segurança da moeda, prestando especial atenção aos relevos, aos bordos e às propriedades magnéticas de algumas moedas.
De ressalvar que as moedas emitidas para fins numismáticos ou de coleção, como é o caso, apenas estão autorizadas em Portugal, pelo que não são de aceitação obrigatória no estrangeiro.
Por cá, os operadores económicos (supermercados ou outros estabelecimentos, por exemplo) não podem recusar as moedas de coleção, ainda que ninguém seja obrigado a receber, num único pagamento, mais do que 50 moedas.
O consumidor individual, por sua vez, não é obrigado a aceitá-las, podendo solicitar que a mesma quantia seja recebida de outra forma.
As máquinas de pagamento automático estão calibradas de acordo com as notas e as moedas de uso corrente. Tendo em conta que não há moedas de cinco euros e de 7,50 euros de uso corrente, as moedas comemorativas destes valores, como é o caso desta dedicada aos Xutos e Pontapés, não deverão poder ser usadas nas máquinas.
Já as moedas comemorativas de dois euros, cujas características são muito semelhantes às das moedas de dois euros correntes, não deverão levantar problemas a este nível.
Dá um novo significado à música “Dia de S. Receber”
Se me derem isso, peço para trocar.
Vergonhoso.
Papelzinho colorido. Neste caso, latão colorido.
Ainda gostava de saber o que tem de tão vergonhoso haver moedas cunhadas dos Xutos.
Não tem nada de vergonhoso. Simplesmente também não é nada especial. É só latão impresso com rabiscos temáticos. Mas cada um é livre de dar valor ao que acha que tem valor.
Está descansado que com as filas de centenas de pessoas às portas das casas da moeda de Lisboa e do Porto para comprarem isso, ninguém te vai “dar” uma.
O que é que o xutos fizeram sequer de importante para terem uma moeda?
Fizeram tanto como o Zeca Afonso. É uma colecção de moedas sobre músicos.
O que tem de mal haver colecionadores de moedas? Só agora é que descobriste que exitem colecções?
Uma discussão bem mais interessante será a seguinte, o que vale realmente o dinheiro que uma pessoa tem na carteira?
Vejamos, um país decide “imprimir” uma nova nota ou cunhar uma nova moeda comemorativa a algo (não estou a discutir a importância do algo).
Portanto, o país, neste caso Portugal, decidiu “criar” nova representação de valor monetário, e faz as moedas.
Para tal, de alguma forma, imagino que hajam regras europeias para isso, atribuiu um valor numérico a cada moeda.
Portanto, criou do nada, sem representação nenhuma algo em metal, com um novo logotipo, e decidiu que aquilo passará a valer um valor comercial de X euros.
Agora vamos comparar isto com uma moeda virtual, uma criptomoeda.
Os que são contra, têm exactamente este argumento, mas na forma inversa, porque segundo estes, criar uma “moeda” do nada, atribuir lhe um valor monetário de conversão, com por exemplo o euro, e passar a usar essas moedas virtuais para comércio, é algo absurdo, é estar a criar algo que não tem valor nenhum e que não tem representação física.
Ora, será que o facto de da moeda dos Xutos ser num metal, confere valor á própria moeda? Não, não confere.
Será que se for um país a dizer que agora este bocado de metal com o símbolo dos Xutos, tem valor e será o v.alor X, será que isto é o que chamam de representação física?
Corolário do pensamento: a representatividade do valor intrínseco de algo, é na realidade o que for aceite na sociedade, sendo que na Holanda, a crise das tulipas demonstrou isso mesmo. Qualquer coisa vale o que uma maioria representativa daquela sociedade acha que vale, não tem a ver com o que está indexado, até porque nem euro nem dollar estão indexadas a ouro nem a nada, estão indexadas a “confiança” das pessoas de que aquilo vale o que afirmam vale, tal como as tulipas na Holanda.
Essa confiança tbm varia, vejam o caso das moedas dos países pobres em África, por exemplo na Venezuela, que a sua moeda nem para os venezuelanos tem valor, muito menos para todos os outros países.
Estas moedas têm um valor monetário fixo no mercado comercial excepto se for vendido num leilão de colecionadores.
Eu vejo estas moedas como um produto como qualquer outro por ser uma edição limitada, tal como o mercado de obras de arte ou os supercarros.
Acho que não dá para comparar com as criptomoedas.
Que palhacada!