Sistema de controlo de acessos RFID
As tecnologias permitem desenvolver grandes projectos, modernizar e aumentar a qualidade das interacções no nosso dia a dia. Este projecto que mostramos hoje, da responsabilidade de Diogo Pinho, Fred Gomes, César Sousa, Ricardo Pina e Nuno Gamelas, alunos da ESTGA, é por si um exemplo de como se pode de forma simples aplicar tecnologias modernas a funcionalidades que podem parecer banais.
Vamos mostrar então o desenvolvimento de um sistema destinado ao controlo da abertura de cacifos das salas da ESTGA, onde os utilizadores têm que ser identificados através do seu cartão de estudante/docente recorrendo à tecnologia RFID.
Sendo assim, deve existir uma base de dados que contém a identificação de cada utilizador, onde serão geridas todas as ordens de acesso. O sistema deve ainda garantir a abertura de cada cacifo, alimentação e a comunicação dos mesmos com o master, responsável pela gestão de todo o processo.
Cartões
Cartões que utilizam a tecnologia MIFARE, baseada na norma ISO 14443 Type A 13.56 MHz (contactless smart card standard). Esta tecnologia refere-se quer ao nível dos cartões, quer dos leitores, pelo que as soluções de controlo de acessos a utilizar terão de compatibilizar estas duas vertentes. É das mais utilizadas em todo o mundo, com mais de 500 milhões de chips e 5 milhões de leitores vendidos. O chip contactless disponível nos cartões com tecnologia MIFARE, permite leitura por aproximação.
Leitor
O circuito integrado utilizado possui duas saídas de dados auxiliares (OP0 e OP1). A figura abaixo representa o sinal correspondente ao número de série de um cartão. À semelhança do microcontrolador utilizado, também a corrente máxima de saída é de 25 mA. Além disso, o cartão pode estar no máximo 10 centímetros afastado da antena que está interligada a este CI.
Controlo de acessos
O sistema de controlo de acesso concebido divide-se essencialmente em três blocos principais: cacifos, comunicação e base de dados. Em cada cacifo encontra-se uma antena, um circuito integrado que fornece o código do cartão (Micro RWD), um microcontrolador PIC18F2520, um trinco eléctrico e uma fonte que alimenta todo o cacifo.
O administrador do sistema tem uma interface com o computador através do software LabVIEW. Para tal, é necessário também um microcontrolador, outra antena e o circuito integrado que fornece o código do cartão.
LabVIEW
Para a realização do sistema é necessário a existência de uma base de dados, pois se assim não fosse não seria possível identificar os utilizadores com acesso a um determinado cacifo. Esta também tem como função gravar a data em que um utilizador acedeu a um cacifo, bem como fornecer a informação para abertura do mesmo. Devido à necessidade de efectuar esta interface, decidiu utilizar-se o programa LabVIEW.
O painel frontal visualizado pelo administrador permite efectuar as seguintes acções:
- Adicionar novo utilizador;
- Visualizar o número de série do cartão em decimal;
- Dar/remover acessos a determinados cacifos;
- Visualização da hora/data do acesso;
- Indicador de acesso concedido/negado;
Custo dos componentes:
Em resumo...
O uso da tecnologia RFID está cada vez mais presente na sociedade actual e parece querer fazer deste pequeno, mas revolucionário, dispositivo electrónico, um modo de identificar, localizar e armazenar informação. As simulações realizadas neste protótipo com recurso ao Arduino, desde os testes individuais até ao exemplo de um sistema com dois cacifos, revelaram resultados bastante fiáveis, viabilizando assim a sua aplicação na ESTGA.
O compromisso entre dados úteis, segurança e fiabilidade, aproximadamente 10%, revela-se um valor plausível face aos protocolos de comunicação standard (20%).
O tempo que vai desde que o utilizador passa o cartão no leitor até que o cacifo é aberto é de aproximadamente 200 ms, valor que é relativamente baixo, diminuindo assim a probabilidade de conflito de erros e tornando o sistema prático. Além disso, os dois métodos para detecção de erros utilizados, asseguram que a probabilidade de ocorrência de erro fosse praticamente nula.
Após a análise prática, concluiu-se que a potência consumida em cada cacifo, quando não estão em actividade, é elevada (aproximadamente 100 mA), sendo este um factor a ser melhorado.
Mais informações: Esquema eléctrico global.
Este artigo tem mais de um ano
Um custo de 71€ por cacifo? Puxado-te não?? Mais um ponto a ser melhorado…
E em termos de segurança? Parece-me um sistema que é facilmente ludibriado…
Já agora Vitor, vê lá essa formatação, os acentos parecem estar a voar bem acima das letras e os i acentuados têm o ponto e o acento…
Por aqui não detectámos nenhum erro de acentuação. Podes ser mais específico sff? Obrigada! 🙂
Acho que ele não se estava a referir a erros de acentuação. Estava-se a queixar que os acentos estão a “voar” acima das letras. Tenho o mesmo problema aqui.
Sim, é um problema de formatação ou algo do género. Já não é a primeira vez que vejo isto nos artigos do Vitor…
Vê aqui:
http://imgur.com/p9d4NTa
Repara no i da palavra saídas, e nos outros acentos a voar.
Fogo, realmente….
Ya, dá trabalho corrigir, n’é?
Não são os 71€ por cacifo.
São 71€ por armário (separado fisicamente), mais cerca de 8€ por cacifo (trinco, mais transístor) mais 1€ ou coisa assim para um de-multiplexer.
Agora uma coisa tão complicada só para um cacifo? Com uma antena individual, etc… era só o que faltava! 😀
Tens a certeza Nelson? Verifica lá melhor na tabela! 😉
Não é obviamente o melhor sistema do mundo! (longe disso)
Tenho, cada cacifo tem uma antena e um micro…
Não é preciso ter uma antena e um micro para cada trinco, um micro pode comandar vários trincos. A menos que querias abrir/fechar vários cacifos ao mesmo tempo…
Ha aqui um mal entendido! o objetivo era que cada cacifo estivesse num local diferente, claro que se tiverem vários juntos, não faria sentido ter vários leitores!!!
Sim, era isso que estava a dizer… Acho que houve um mal entendido, já que estamos a dizer a mesma coisa.
71€ por armário e 1 cacifo (armário = separado fisicamente)
O custo depois por cacifo (portinha)
Engraçado, também tenho o mesmo problema… nunca vi tal coisa… LOL
Boas quanto pode custar um cartão destes?
Tem um custo desprezível… umas dezenas de cêntimos… dependendo da quantidade que compres…
Sabem como se pode arranjar um cartão destes, em branco, para “brincar” um pouco com o NFC e testar?
NFC é ligeiramente diferente…
http://www.ebay.co.uk/itm/NFC-TAG-TAGS-RFID-ADHESIVE-STICKER-NTAG203-NEXUS-BLACKBERRY-LUMIA-DIA-25MM-/261387127627?pt=UK_Mobiles_Accessories_RL&hash=item3cdbe30b4b
Arranjas fácil…
Não poderia estar mais de acordo Nelson!
Os cartões utilizados no projeto foram os cartões “normais” da universidade, que são tambem multibanco, e obviamente, contêm uma tag RFID (13.56 MHz)!
O projeto tambem pode ser adaptado para outros cartões como os do metro ou comboio, que tanto quanto sei são de 125hz, bastando para isso alterar a geometria da antena (freq de resonancia), já o dispositivo micro RWD teria de ser outro ajustado para a mesma freq.
Cumps,
César Sousa (membro do proj)
Erro na 3ªlinha. ESTGA na vez de ESRGA.
Resta lembrar que isto foi um projecto educativo para uma cadeira do curso e portanto pormenores como o custo, são apenas representativos e não literais. Mesmo assim, é um projecto com 2 anos e o custos certamente já serão menores. Outra coisa, se não estou em erro, os testes não foram feitos com Arduino mas com Olimex e PIC18F2520.
Parabéns aos autores do projecto e do artigo.
OFF: Podem me ajudar? É urgente, sobreaquecimento do GPU num portátil. (Ou adicionar aquela rubrica das duvidas)
Tenho um insys M761SU, GS 9300M+T3200, dissipador único para o GPU&CPU em serie, dantes a gráfica estava nos 60-68ºC em trabalhos normais (40-50% CPU) quando puxava ia para os 70-74ºC e o CPU aproximava-se dos 83ºC
Comprei um thermal pad da halfman na esperança de descer as temps do GPU e com isso descia também as do CPU (CPU está mais prox da heatsink).
Removi o antigo, apliquei o novo (sim tirei os plásticos) apliquei uma massa térmica da cooler master no CPU, montei tudo e agora: CPU:15-40% = GPU a 78-80ºC e CPU a 50ºC, CPU a ~90% GPU a 88-93ºC CPU 53ºC
Sabem de algum thermal pad decente? O problema so pode ser do thermal pad novo (sendo que estão em serie, se o GPU aquece mais o CPU devia aquecer mais, mas é o contrário, o calor nao está a sair do GPU).
Agradecia a vossa ajuda, a ver um video a 720p no MPC o GPU está nos 91-95ºC
Boa noite
Relativamente ao custo por cada cacifo este era tão elevado pois levou-se em linha de conta uma placa com o PIC18F2520 e não apenas o custo do microcontrolador propriamente dito. A “grande inovação” foi a alimentação “autónoma” de cada cacifo.
Diogo Pinho
Por acaso conheces algum sistema para registro de acesso que utiliza como base um código de barras ou qrcode?
* open source
Bem, respondendo especificamente à tua pergunta, não conhecço realmete.
No entanto, pelo trabalho no laboratório onde estou envolvido, sei que existe software em ambiente linux, open-source, de relativa facilidade de implementação em ROS(robot operating system) que permite obter diretamente de uma imagem/frame um datamatrix/qr code .
É de facto uma boa ideia, no entanto o facto de se ter de colocar um camara em cada ponto de acesso (a não ser que seja só uma perto do master!), cai por terra a sua viabilidade de implentação.
Cumps,
César Sousa (membro do proj)
Ps: é apenas a minha opinião!
a ideia de implementação é o controlo de acesso em eventos estudantis, verificação de presença mesmo para completar a carga horária mínima e garantir o certificado
um ou dois leitores conectados à um server com banco de dados resolveria o problema
RFID, sim conheço e uso um sistema, relógio electrónico para registar a chegada dos meus Pombos Correio, quando os envio a concurso.
Bom dia.
Venho desde já felicitar os alunos da ESTGA, escola em que também fui aluno.
È bom saber que o sistema de projectos bem como a criatividade ainda perduram.
Já agora estão a usar o cristal interno da PIC18F2520? Consegue-se obter 32MHz e poupar 3 componentes.
Só há um pequenino problema. E se acontecer como na minha univ, em que os cartões ou deixam de funcionar por iniciativa própria, ou se estiverem em demasiado contacto com telemóveis e as suas emissões (por exemplo) e também deixarem de funcionar? “Lá se vai” o cacifo?
O cartão RFID não pode “deixar de funcionar” devido a contactos com telemóveis.
Mto bom sim senhor. Gostei.
Desenvolvi em tempos, algo parecido mas com torniquetes e sistema em Delphi.
É só impressão minha ou o projeto desenvolvido na ESTGA é apenas uma prova de conceito… que aliás nada tem de inovador… ao anos que existem trincos que destrancam com cartões RFID (de repente lembro-me dos portais do metro).
Claro que a novidade é querer expandir a cacifos… como se não fossem já suficientemente inseguros porque não adicionar um sistema de abertura por RFID… o que é que NNNÃÂÂOOO pode correr mal? Deixa-me cá ver… um faz um projeto para abrir cacifos com RFID, proponho que outro faça um projeto para mostrar porque é que um sistema RFID NUNCA vai ser seguro o suficiente para, por si só, proteger convenientemente os cacifos. É mais fácil e seguro meter um ecrã táctil tipo telemóvel, com número (com letras associadas) e o utilizador pode meter uma senha com até 200 números por exemplo (por exemplo pensa numa frase secreta e associa aos número… qualquer coisa menos: amote, porto, benfica, sporting, odeiote, ana, maria, manuel e essas coisas mais óbvias que deviam estar bloqueadas)… e o teclado é sempre mostrado apenas num determinado ângulo e muda sempre a posição dos números cada vez que se quer colocar o código… para não “lerem” o código pela posição da mão. Se é inovador? Nem por isso… excepto talvez puderem colocar até 200 números e o facto de associarem letras aos números para os utilizadores puderem pensar em frases em vez de números. E não há nada para perderem, ou para os outros puderem roubar. Associar a uma fechadura algo como o SQRL (Secure Quick Reliable Login) é que já era algo inovador, e potencialmente mais seguro… se bem implementado… mas teria de ser em algo volumoso tipo porta-chaves com bateria, ou telemóvel… e depois pode acabar a bateria, ou roubam o aparelho dedicado (mesmo que tenha senha, não deixa de ser um inconveniente)… mas algo deste género já podia resolver o problema de ter várias chaves.. um único dispositivo com baterias para durar anos, num circuito de baixo consumo e tal, podia abrir e fechar fechaduras sem problemas, e ainda se podia cancelar o acesso e mudar os utilizadores facilmente… imaginem um prédio, alguém deixa de lá morar, e no mesmo dia em que saem oficialmente a gestão pode cancelar o acesso. Enfim, as possibilidades são ilimitadas. Os únicos inconvenientes é que as fechaduras teriam de ser elétricas e ter uma fonte fiável de energia alternativa recarregável, que durasse décadas e não precisasse de ser substituída, e tal não existe. E além disso teriam (fechadura e dispositivo utilizado para aceder) ser à prova de IEM/ EMP (impulsos Eletro Magnéticos) que podem ser causados por explosões no Sol, explosões de bombas, e de circuitos caseiros/ profissionais criados para o efeito… para ter a mesma fiabilidade de uma chave física. E os aparelhos terem de ter garantia de funcionamento de pelo menos 50 anos, por desenho e características técnicas.
Olá!
No IPLeiria existe um sistema muito semelhante já em produção, neste caso para controlo de acessos e presenças em laboratórios.
Esse é o caminho! 🙂
Prezados, parabéns pelo belo trabalho.
Só fiquei em duvida de como foi implementado óssea no Labview ….teria como disponibilizar o diagrama de blocos? Obrigado?
Gostaria de obter ajuda de vocês para identificação de Chip para uso em documentos.
Quem puder me dar informação agradeço ou pode manter contato comigo diretamente por e-mail vfsantos@terra.com.br
Segue um detalhamento técnico das demandas. Para o item “A” a necessidade é de aproximadamente 70 milhões de unidades e para o item “B”, 500 mil unidades.
a) Fixação em documentos de papel de dimensões A4 e menores.
Neste caso é importante que o tag tenha as seguintes características:
– Substrato de etiqueta autoadesiva, cor branca, com dimensões pequenas (menor possível).
– À prova de remoção (deixar marcas que demonstrem a tentativa de retirada da etiqueta).
– Operar em UHF (902-907,5 MHz, 915-928 MHz), funcionar com leitores near field e far field e portais
– Não utilizar bateria.
– Baixo custo.
b) Fixação em caixa de papelão de dimensões aprox. 350 x 150 x 250mm e superiores.
Neste caso é importante que o tag tenha as seguintes características:
– Substrato de etiqueta autoadesiva, cor branca.
– À prova de remoção (deixar marcas que demonstrem a tentativa de retirada da etiqueta).
– Operar em UHF (902-907,5 MHz, 915-928 MHz), funcionar com leitores near field e far field e portais
– Não utilizar bateria.
– Baixo custo.
Podiam liberar o esquema electrónico por favor????
Podes deixar o esquema eletrónico por favor?
Obrigado pela atenção!