3ffe:6a88:85a3:08d3:1319:8a2e:0370:7344 – sabe o que é isto?
O endereço apresentado no título não é nada mais que um exemplo de um endereço IPv6.
Este artigo tem como objetivo fazer apenas uma breve introdução ao IPv6 uma vez que há muito a dizer sobre o mesmo mas que aproveitaremos para outros artigos. Já imaginaram a vossa torradeira com IP, assim como o vosso frigorífico ou mesmo o forno estarem acessíveis a partir de qualquer parte da Internet?
O futuro parece-me que vai ser assim. O IPv6 é a nova versão do IP, e foi desenvolvido para suceder à atual versão (o IPv4).
O que motivou o desenvolvimento desta nova versão foi a aproximação da exaustão do espaço de endereçamento e a necessidade de resolver algumas das limitações do IPv4, nomeadamente no que toca à segurança e mobilidade e simplificar algumas das funcionalidades do protocolo IPv4.
Poder ter a perceção real da situação atual do IPv4 aqui
Esta escassez de endereços, embora manifestando-se globalmente, é particularmente grave em zonas do globo onde a Internet não tem tido grande evolução e para as quais foram reservadas pequenas faixas de endereçamento. Na Europa, embora a situação não seja dramática, o problema existe e a Comunidade Europeia está a apostar na evolução para o IPv6 tendo sido criada uma Task Force para o efeito.
Espaço de endereçamento IPv6
A maior vantagem apresentada pelo IPv6 em relação ao seu antecessor IPv4, é o facto do endereçamento ser feito por meio de 128 bits, em oposição aos 32 bits oferecidos pelo IPv4. Isto resolve o grande problema de falta de endereços disponíveis pois, com 128 bits é possível endereçar um total de : 2^128 = 340,282,366,920,938,463,374,607,431,768,211,456 hosts. Isto significa que podemos não nos preocupar (talvez) com a questão de falta de endereços nos próximos (muitos) anos. Ora a leitura daquele número enorme em inglês será algo do tipo:
340 undecillion, 282 decillion, 366 nonillion, 920 octillion, 938 septillion, 463 sextillion, 463 quintillion, 374 quadrillion, 607 trillion, 431 billion, 768 million, 211 thousand and 456 , uffa que isto custa 🙂
Para ajudar a colocar esse número em perspetiva, um espaço de endereço de 128 bits oferece 655.570.793.348.866.943.898.599 (6,5 x 10^23) endereços por metro quadrado de superfície terrestre.
É importante observar que a decisão de criar o endereço IPv6 com capacidade para 128 bits não foi para que cada metro quadro da superfície terrestre tivesse 6,5 x 10^23 endereços. Por serem muito mais longos que os endereços IPv4, os endereços IPv6 são representados através de carateres em hexa. No total temos 32 caracteres, organizados em oito quartetos e separados separados por dois pontos.
Principais objectivos
- Suporte a biliões de hosts
- Redução da tabela de encaminhamento
- Protocolo passível de expansão, através do uso de cabeçalhos de extensão
- Simplificação do cabeçalho do protocolo, diminuindo o tempo de processamento na análise dos cabeçalhos, por parte de routers e hosts
- Oferta de mais segurança (autenticação e privacidade)
- Criação de um campo que suporte mecanismos de qualidade de serviço, gerando maior sensibilidade ao tipo de serviço, como, por exemplo, serviços em tempo real
- Permissão para máquinas wireless mudarem fisicamente de lugar sem mudança do seu endereço ip
- Autoconfiguração (endereço IP, servidor de nomes (DNS)) por parte do utilizador
- Coexistência das duas versões do protocolo por um bom tempo (Dual Stack).
O novo protocolo da Internet (IPv6), não pode ser visto como tábua de salvação para todos os problemas de redes mas é um ótimo princípio... Oferece alguns benefícios significantes em alguns aspetos, como seja a mobilidade e auto-configuração, e retira opções que se tornaram obsoletas ao longo dos tempos por parte do IPv4. As novas capacidades previstas para este novo protocolo vão propulsionar a criação de novas aplicações com capacidades que até hoje eram impensáveis, devido às limitações da versão da versão do protocolo existente.
Diferenças entre o IPv4 e IPv6
A tabela seguinte sintetiza as principais diferenças entre o protocolo IPv4 e o novo sucessor.
Esperamos brevemente apresentar aqui mais artigos sobre o endereçamento IPv6.
Deixo no entanto o desafio para que coloquem dúvidas sobre este tema, assim poderemos explicar e abrir mais o leque de informação.
Este artigo tem mais de um ano
First?!
“Já imaginaram a vossa torradeira com IP, assim como o vosso frigorífico ou mesmo o forno estarem acessíveis a partir de qualquer parte da Internet?”
Eu já: esta frase faz-me lembrar o jogo MegaMan, em que todos os dispositivos elécricos (electrónicos, talvez??), têm o seu portal de ligação à Internet… 😛
lol
sim, e depois anti-vírus para torradeiras e frigoríficos
torradeiras a congelar pão e frigoriríficos a torrar alimentos 😉
😆 Quem sabe no futuro?..
@Pedro Pinto
“…768 million, 211 thousand and 456 , uffa que isto custa…”
Custou? 😆 ctrl+c alt+tab ctrl+v
lol, copiaste 😀
LOL, este pessoal…
Se o Pedro Pinto fez isso qual é o problema?
Deveriam estar a agradecer por nos trazer esta informação e não reclamar de como esta informação foi criada/recriada
Atenção..
Não falei do post em geral, mas sim da “expressão”:
“…and 456 , uffa que isto custa…”
😆
Eu também adorava o jogo e essa história dos dispositivos eléctricos/electrónicos terem quase todos uma ficha especial para nos ligarmos a ela… fazia parte da “magia” do jogo 🙂
o ipv6 do cabeçalho está errado por ser um endereço web começaria com 2001:… mas na duvida se o ipv6 seja privado também estaria errado pois começaria com FC07:…
Não está errado não. Os endereços IPv6 globais (os que funcionam na Internet, válidos) ficam na faixa 2000::/3. Essa faixa vai desde 2000:: (seguido de zeros) até 3FFF:FFFF:FFFF:FFFF:FFFF:FFFF:FFFF:FFFF. Então o IPv6 do título está completamente OK e seria roteável na Internet.
http://www.iana.org/assignments/ipv6-unicast-address-assignments/ipv6-unicast-address-assignments.xhtml
(penúltima linha…)
Otimo post!
adorei!
bom post. é sempre importante estar informado sobre estas novas mudanças.
já agora: “organizados em oito quartetos e separados separados por dois pontos.” separados está repetido.
cumps
Eu já estou a ver a situação. Colocar IP privado na empresa e depois andar com uma cábula para nos lembrar-mos dele…
🙂
Pedro Pinto muito boa sua iniciativa de explicar coisas simples ao estilo do HowStuffWorks, gostei !
O que acho piada nesta frase “Isto significa que podemos não nos preocupar (talvez) com a questão de falta de endereços nos próximos (muitos) anos.” que é verdade, é o facto de há 30 anos atrás dizia-se “ipv4 tem muitos endereços,quase inesgotável”.
Aiai daqui pouco (anos claro, talvez décadas) tudo terá endereço IP até um relogio (sincronizar horas?) LOL !
isto é para atribuir um IP a cada processo de cada máquina no mundo, e mesmo assim nunca mais se chega a meio…
Isto é serviço público. Muito bem.
Parabens pplware.
Fiquei com uma ideia apenas mas, não há hipótese de o configurar manualmente?
Já tentei várias vezes e não o consegui.
Excelente post… informativo e completo…
– Ficou apenas a faltar uma explicaçaozinha sobre o porque é que já se ouve falar do fim do ipv4 há mais de 10 anos e nunca acontece…(utilização de NAT)
– o que está previsto fazer-se no caso de apoio técnico remoto… se hoje já é difícil perguntar qual é o IP da máquina e obter uma resposta coerente… imagina com este comboio! 😛
Boas Perguntas!
Permite-me que adicione esta:
– Quando e como vai ser feita a mudança do IPv4 para o IPv6 e o que implica, em concreto, para os grandes fornecedores de serviços de Internet?
Boas,
Tanto quanto saiba só alguns paises é que aderiram ao IPv6, nomeadamente Japão.
Podem verificar aqui http://www.ipv6.org/v6-www.html alguns sites em IPv6.
Como tudo a mudança não será da noite para o dia. No meu entender será algo lento … afinal fim do ipv4 já lá vão 10 anos. 🙂
Mas adiante, a transição depende muito dos ISP’s … e conhecendo os ISP’s tugas isso implica investir em know-how e equipamento. Não sei até que ponto IPTV está preparado para IPv6. Nem os routers que se vendem por ai sem ser os empresariais…
enfim 😀
Abraço
Espera-se que da forma o mais transparente possível!
Mas atenção que pode não se tratar de uma mudança pura. Em muitos cenários é admissível continuar a usar IPv4+NAT combinado com IPv6 público.
Depois a “adopção” não é “por país”, uma vez que esta evolução não se faz por decreto. Cada ISP no mundo terá que passar a fornecer endereços aos seus clientes, sendo que eles os aceitarão ou não dependendo das suas aplicações, sistemas operativos e….. da disponibilidade ou não do IPv4 público.
Chamo a atenção que o modelo normal no segmento residencial é 1 IP por cliente. No IPv6 o modelo será vários *REDES* por cliente.
Muito Bom! 🙂
Tenho uma questão que, se pesquisasse um bocado, provavelmente encontraria resposta, mas como prefiro ter uma confirmação faço a pergunta:
É necessária alguma capacidade especial nos nossos routers para suportar isto?
Se sim, será algo que “o router tem ou não tem” ou um upgrade de firmware pode resolver o problema aos que não tiverem?
Exacto. Os firmwares ou suportam a stack IPv6, ou não…
Como e que se converte um endereco numerico IP v4 para IP v6?
o bom velho 192.168.1.1 passa a ser o que?
penso que seria algo deste estilo 😛 mas posso estar só a inventar. já nºao me lembro mt bem disto.
::::C0:A8:1:1
Na frase… “a decisão de criar o endereço IPv6 com capacidade para 128 bits não foi para que cada metro quadro da superfície terrestre tivesse 6,5 x 10^23 endereços.”
Estão-se a esquecer de Marte…
E pela quantidade de endereços que vai estar disponível acho que vai dar para cada grão de areia do nosso planeta. LOL
Em bom português (europeu) 340 282 366 920 938 463 374 607 431 768 211 456 lê-se:
340 mil 282 quintiliões, 366 mil 920 quatriliões, 938 mil 463 triliões, 374 mil 607 biliões, 431 mil 768 milhões, 211 mil e 456
” 340 undecillion, 282 decillion, 366 nonillion, 920 octillion, 938 septillion, 463 sextillion, 463 quintillion, 374 quadrillion, 607 trillion, 431 billion, 768 million, 211 thousand and 456″
lol :)ate posso puxar o autoclismo pela internet
Falta um “é” no título. Está “sabe o que isto?”
estou ancioso…
Grande post.
Parabens é destas coisas que gosto de ver aqui pelo pplware:)
Mais um grande post =)
Só o pergunta, alguém sabe o porquê de se chamar Ip”v4″ e IP”v6″?? Tipo, v4 pensei que seria por ser xxx:xxx:xxx:xxx (4 octetos), agora v6 terá 8 octetos…
Pergunta com pouca importância, mas a curiosidade faz disto 😛
Cumps
Penso eu (sem certeza) que o IPv5 seria uma expansão do IPv4 que iria utilizar os tais endereços de classe D (actualmente so está em uso a classe A, B e C). Mas pelos vistos isso nao chegava, então saltou-se do 5 directamente para o 6. (Os especialistas na área que me diga se estarei certo ou completamente errado pf)
Internet Protocol versão 4, IPv4
Internet Protocol versão 6, IPv6
Não tem a ver com a representação dos endereços IP mas sim com a versão do protocolo 😉
O número 5 para os protocolos da camada Internet (camada 3) foi designado para o ST (Stream Protocol). Para entender melhor à questão, é necessário recorrer à história da Internet:
Nos primórdios da Internet, na década de 1970, quando as primeiras versões do IP foram criadas para a NSFnet (rede da National Science Foundation estadunidense), elas, na verdade, faziam parte do TCP. TCP e IP eram um único protocolo. Hoje eles têm diferentes funcionalidades: o IP cuida do endereçamento e do encaminhamento dos pacotes de dados de um computador para o outro, enquanto o TCP cuida para que os dados cheguem sem erros, e cheguem à aplicação correta no computador. No final da década de 1970 os engenheiros envolvidos perceberam que essas eram muitas tarefas para um só protocolo e resolveram separá-los. Assim, em setembro de 1981, foi padronizado o IP, na RFC 791, juntamente com o TCP, na RFC 793. Essa versão de IP, foi a primeira versão padronizada pelo IETF, mas já era a quarta versão do protocolo, então recebeu o número 4.
O Stream Protocol é o protocolo cujo número de versão é 5. Ele não é compatível com o IP, com exceção justamente do campo de versão, que consiste nos primeiros bits de informação do pacote de dados, já que foi criado também para uso em redes ou na Internet. Sua função seria o envio de voz e vídeo via rede, como uma alternativa ao IP. O ST começou a ser desenvolvido também na década de 1970, mas a primeira vez que foi padronizado pelo IETF foi com a RFC 1819, em 1979. Ele chegou a ser utilizado comercialmente, mas hoje não está mais em uso. Alguns dos conceitos do protocolo, no entanto, são utilizados no MPLS.
O IPng (Internet Protocol New Generation), que resultou no desenvolvimento do IPv6, teve várias propostas de protocolos. Dentre elas o CATNIP (RFC 1707), o PIP (RFC 1622) e o TUBA (RFC 1347), que receberam também números de versão (7, 8 e 9, respectivamente). O SIPP (RFC 1710), que havia recebido número de versão 6, resultou no IPv6 (RFC 2460).
Mais em:
http://www.ipv6.br/IPV6/MenuIPV6FAQ#O_que_aconteceu_com_o_IPv5
este e um tema actual e no qual eu vou começar a trabalhar em breve.
caso fosse possível gostaria que disponibiliza-se mais informaçao sobre este assunto do IPv6
desde já obrigado por partilhar esta informaçao
cumprimentos
Uma pequena dica para quem quer começar a explorar alguns aspectos do IPv6 (e também do IPv4)é a utilização do Netshell em linha de comandos Windows. Utilitário bastante útil com o qual podemos “brincar” com tudo o que tenha a ver com as configurações de rede do nosso PC.
Nota: Para utilizadores Linux, Windows Vista e 7 o IPv6 já vem instalado por defeito mas para utilizadores Windows XP apenas têm que fazer na linha de comandos:
ipv6 install
e fica activo o IPv6.
Stay \m/
Lá chegará o dia em que tudo será mesmo IPv6, mas até lá basta as autoridades obrigarem uma série de universidades americanas e umas outras instituições a largar gamas de IP’s que reservaram desde o ínicio da Internet e que nunca largaram até hoje para que o problema fique remediado para mais uns tempos.
Mas pronto dito isto, IPv6 apesar não conseguir compreender muito bem o IPv6 acho que será muito melhor a nível de características, sobretudo a nível de segurança & fiabilidade.
Dar Ip’s a tudo incluindo às torradeiras, frigoríficos, televisões, candeeiros, etc. não me parece boa ideia por uma simples razão: segurança! Parece impossível fazerem software / hardware sem problemas de segurança, com uma segurança que não possa ser ultrapassada agora ou num futuro breve (tempo de vida útil real dos aparelhos), os milhares casos de ataques a redes desde domésticas, empresariais e governamentais é disso prova dia após dia… além de que os governos iam logo exigir como já exigem agora para os routers, telemóveis, software de encriptação, antivirus, e tudo mais uma entrada secreta caso seja necessário para o que quer que seja que eles achem necessário.
O facto de termos sempre o mesmo endereço IP agrada-me e também não me agrada, porque será? 😛
Olá, ótimo artigo! Parabéns Pedro Pinto!!
Gostaria de fazer apenas uma pequena crítica: o endereço do título é do 6bone (uma rede experimental IPv6 que foi utilizada antes de sua implantação na Internet começar), que está desativado, ou seja, não é mais um endereço IPv6 válido…
Aqui no NIC.br elaboramos algum material didático sobre o assunto em português, e tomo a liberdade de lhes indicar os seguintes sítios: http://ipv6.br/curso; http://ipv6.br; http://ipv6-pt.ning.com.
Cumprimentos!
Viva Antonio Moreiras
Obrigado pelo feedback. Ainda me lembro do tempo em que estudava IPv6 para desenvolver um TunnelBroker e o 6bone era referencia internacional.
Já conhecia o vosso site e até recomendei alguns links a Docentes aqui em Portugal.- O curso de IPv6 que disponibilizam está muito bom, noutro dia até estive para escrever um artigo sobre ele. Fica aqui a referencia para quem quiser passar por lá
http://curso.ipv6.br/index.html
Cumps de Portugal e continuação de bom trabalho
Pedro Pinto
Pedro, obrigado. Convido-o a participar da comunidade IPv6 em língua portuguesa no Ning, há por lá espaços de blog, fórum e outros e precisamos muito de colaboradores que tragam novidades, dúvidas, respostas, opiniões, artigos técnicos… Em fim, que ajudem na divulgação do IPv6 nesta época em que isso se faz mais necessário! http://ipv6-pt.ning.com. Você, como formador Cisco, certamente poderia trazer contribuições valiosas!
Moreiras.
Registado 🙂
Following
Desculpem dizervos, mas isso não é o IP V6, por o IP V4 é xxx.xxx.xxx.xxx,o ipv6 nao será nada mais nada menos que xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx, o que voces ai tem são apenas um código de erro, os ips apenas poderão ter números de 0 a 255, acho que é melhor começarem a prestar mais atenção a estes pequenos pormenores.
Fiquei sem comentários, além de não saberes ainda achas que os outros são burros…
Por favor, vai ao Google e pesquisa…
Sabes o que é hexadecimal?
Olha dá aqui uma vista de olhos: http://pt.wikipedia.org/wiki/IPv6#Formato_do_datagrama_IPv6
Ele a cada um…
Hehehe, boa! 🙂
Tomando a sério a piada, sabem que essa é uma visão comum que aparece nas dúvidas do pessoal que faz o curso IPv6 conosco?! Alguns veem os 8 blocos numéricos no IPv6 e dizem: “não deveria ser IPv8?”…
Não é incomum, embora falsa, a idéia de que o 4, do IPv4, vem dos 4 octetos! Penso em perguntar o que imaginam que seria o “v”, nesse caso…
hehehe, imaginem se a versão do IP fosse já a v20, lol
xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx.xxx