Ainda que esteja a enfrentar uma das piores crises na sua história recente, a Huawei é uma das maiores empresas do setor. Assim sendo, importa agora dar a conhecer algumas métricas envolvendo a fabricante de smartphones Android e uma das maiores entidades no mercado global de redes e telecomunicações.
Ao longo de todo o ano de 2018, a Huawei vendeu cerca de 206 milhões de dispositivos móveis.
Um valor que a coloca logo atrás da Samsung (líder de mercado), e já bem à frente da Apple (em terceiro lugar). Além disso, perto de metade dos 206 milhões de unidades foram vendidos na China. Ao propósito, relembramos que este é o maior mercado mundial de smartphones, sendo dominado pela Huawei.
O ano incrível da Huawei
Com o ano de 2018 a ser fechado com chave de ouro pela fabricante chinesa, 2019 começaria da melhor maneira. As vendas continuaram a subir e durante o primeiro trimestre do ano o aumento foi colossal, cerca de 50,3% de ano para ano, colocando-a bem à frente da Apple. Parte do sucesso deveu-s aos novos P30.
A empresa estava a ganhar mais ímpeto, estando já a cobiçar o lugar da Samsung. No entanto, em meados de maio de 2019 a sua escalada foi interrompida. Com o departamento de comércio dos Estados Unidos da América a colocarem o seu nome na lista negra, os sonhos de liderança foram duramente adiados.
Apple Smartphone Sales Crash In Europe (EMEA) As Huawei Outshines Competition. Huawei and Xiaomi, recorded YoY unit sale increases for all regions across Europe in 1Q19, while all other major smartphone companies experienced declines https://t.co/7SHh8a0QCY
— Ove (@ovelarsen) June 14, 2019
Atualmente a Huawei está banida dos EUA. Além disso, toda e qualquer empresa norte-americana está impedida legalmente de encetar qualquer relação comercial com esta. A exceção sendo apenas a Google, com o intuito de fornecer assistência e atualizações do sistema operativo Android aos atuais smartphones.
A China e a Europa já pertenciam à Huawei
Estava tudo no bom caminho, com os melhores resultados que a fabricante de smartphones Android poderia imaginar. Contudo, a catástrofe que a assolou veio separar a empresa da Google, Qualcomm, Intel, ARM, bem como várias outras. Em síntese, a tecnológica viu-se virtualmente ostracizada no mercado mobile.
Entretanto, a empresa já admitiu um cenário em que as vendas vão diminuir em cerca de 60 milhões de unidades. Desse modo, a meta anual para as vendas de smartphones Android poderá ficar-se entre os 146 (pior cenário) e os 166 milhões (melhor cenário). Isto claro, de acordo com as suas estimativas atuais.
Record breakers! Huawei’s global smartphone shipments hit 100 million in just 149 days this year. #HuaweiFacts pic.twitter.com/r8TudMTY1m
— Huawei Facts (@HuaweiFacts) June 21, 2019
Seria um ano para recordar pelos melhores motivos. Afinal de contas, em 149 dias a empresa vendeu mais de 100 milhões de smartphones Android. É, para todos os efeitos, um testemunho da sua popularidade, ainda que não saibamos que percentagem destas vendas teve lugar nos mercados internacionais.
O futuro dos seus smartphones Android
A Huawei usufrui atualmente de um período excecional em que a restrição se encontra levantada. Desse modo, a empresa já garantiu que pelo menos 17 dos seus smartphones vão receber a próxima versão do sistema operativo da Google. Além disso, alguns destes modelos já têm acesso à versão de testes do Android Q.
Entre estes terminais temos os P30, bem como o Mate 20 Pro. No entanto, a Google também deu a saber que quer garantir a chegada de atualizações de sistema e segurança a estes smartphones. Mesmo assim, os próximos Mate 30 deverão estrear o sistema operativo da empresa, apelidado de Hongmeng OS.
Perante a utilização de outra plataforma que não a da Google, a procura vai diminuir. Mesmo assim, até ao dia 30 de maio a empresa tinha vendido cerca de 100 milhões de smartphones Android, algo que já lhe dá uma boa almofada. Note-se que estes dados foram revelados pela própria empresa durante a apresentação do Nova 5.
A alternativa ao Android da Google
O utilizador continuará a ter uma interface familiar, a EMUI, ainda que esta possa agora basear-se noutro sistema operativo. Certo é que para já as incertezas são diversas, mas acreditamos que a tecnológica tente tornar esta transição o mais discreta possível. Já durante este verão, teremos mais respostas.
Há, por fim, outra métrica a ter em conta. A Huawei está a ter um ótimo desempenho no mercado dos relógios e vestíveis inteligentes, os wearables. De acordo com a própria, desde outubro último que já foram vendidos mais de 2 milhões de unidades do seu Watch GT e estes dados refletem-se no relatório da IDC.
#Wearable #Devices Market Share: Global shipments of wearable devices reached 49.6 million units during the first quarter of 2019 (1Q19), up 55.2% from the previous year https://t.co/W42Q1NddrD #wearables #wearabledevices #WearableTech #mobile #mobility #data #analytics pic.twitter.com/42K3Cw5Qj6
— IDC (@IDC) June 20, 2019
As conclusões da IDC são bem claras. O domínio pertence à Apple com os seus relógios, ainda que a Xiaomi se tenha aproximado desta. Já, por sua vez, a Huawei está agora em terceiro lugar e o sucesso dos seus wearables torna-se evidente com 10% de quota de mercado e já à frente da rival sul-coreana, Samsung.
Por fim, apontamos que na próxima semana o presidente norte-americano, Donald Trump, encontrar-se-á com Xi Jinping, homólogo chinês, durante o G20. Aí, podemos ter novas informações e desenvolvimentos em torno desta guerra comercial.
Como está a sua confiança no futuro da Huawei?