As restrições que o governo dos EUA aplicaram à Huawei e à ZTE pretendiam limiar o acesso a estas duas empresas e às suas subsidiárias, como a Honor. Esta ação teve um impacto grande, ainda que algumas destas visadas conseguissem superar isso.
Desde essa altura que a Honor tem tentado separar-se destas limitações, sendo, entretanto, vendida para sair do controlo da Huawei. Com uma nova posição no mercado, a Honor arrisca-se agora a perder tudo. Os EUA reavaliaram a situação e agora parecem querer aplicar as mesmas restrições que a Huawei tem.
Desde sempre que a Honor existia associada à Huawei. Era uma marca satélite, dedicada a mercados diferentes e onde a aposta era maioritariamente na venda online. A sua linha de equipamentos seguia de forma próxima a casa-mãe, para reduzir custos.
Depois de todos os problemas que a Huawei enfrentou, a decisão lógica foi a venda da Honor, para assim a libertar. Foi dessa forma que conseguiu ter novamente acesso a todos os serviços da Google e a muita da tecnologia de outros parceiros e fabricantes.
Com esta mudança, a Honor passou a ter uma posição mais livre e mais presente no mercado. Cria as suas propostas, já com todos os serviços e ofertas de todas as marcas. Era a forma, esperava-se de conseguir seguir de forma isolada e independente, com as suas ofertas próprias.
Esse modelo e esse cenário poderá em breve mudar, de acordo com informações dos EUA. Um grupo de 14 políticos Republicanos da Casa dos Representantes apresentaram na sexta-feira um pedido ao Departamento de Comércio dos EUA para avaliar a situação da Honor.
Mesmo contra os argumentos de que a Honor se separou da Huawei, os políticos Republicanos alegam que esta separação é apenas “um esforço para escapar das políticas de controlo de exportação dos Estados Unidos, destinadas a manter a tecnologia e o software dos Estados Unidos fora das mãos do Partido Comunista Chinês”.
A Câmara de Comércio dos EUA respondeu, entretanto, a este pedido. Um porta-voz revelou que a agência aprecia “avalia de forma constante as informações disponíveis para identificar potenciais adições à Lista de Entidades”. Resta saber qual vai ser a sua posição e até quando a Honor conseguirá fugir a este problema.