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Twitter apaga publicações de canais de propaganda russos

A Ucrânia foi invadida há duas semanas e as imagens e notícias que dão conta do terror que por lá se vive não param de nos chegar. Aparentemente, aquelas que chegam da e à Rússia não serão exatamente as mesmas. Por isso, o Twitter decidiu apagar as publicações dos canais de propaganda russos relativamente ao Shelling of Maternity Hospital.

O bombardeamento da maternidade aconteceu no dia 9 de março.


Depois do ataque ao Shelling of Maternity Hospital, os meios de comunicação estatais da Rússia e as embaixadas do país espalhadas pelo mundo utilizaram o Twitter e o Instagram para comentar uma mulher ucraniana grávida que foi fotografada a abandonar a maternidade, depois de ter sido ferida num ataque promovido pelas forças militares russas.

Segundo a embaixada russa em Londres, a maternidade não estava operacional e, na verdade, abrigava soldados neonazis do Batalhão Azov, uma organização paramilitar ucraniana. Por sua vez, a Ucrânia nega a suposta encenação e afirma que o ataque foi um ato de genocídio.

De acordo com um segundo tweet feito pela embaixada da Rússia, a vítima que se encontrava grávida foi encenada por uma criadora de conteúdos de beleza. Estas insinuações russas motivaram uma perseguição à mulher.

Agora, ambos os tweets feitos pela embaixada russa em Londres foram eliminados pelo Twitter, sob a justificação de divulgarem informações erradas. Além disso, o canal estatal russo RT, que partilhou tweets idênticos, foi banido da plataforma durante 12 horas.

De acordo com o Gizmodo, alguns utilizadores do Twitter publicaram vídeos, afirmando que a maternidade que foi bombardeada pela Rússia abrigava tropas que estavam a operar a partir dele, utilizando-o como base. Contudo, a organização Bellingcat geolocalizou esses vídeos a cerca de nove quilómetros do hospital.

Até agora, desde o início da invasão, pelo menos 2,5 milhões de refugiados fugiram da Ucrânia, de acordo com as Nações Unidas. Ainda assim, a posição oficial do governo russo mantém-se: a Rússia não invadiu a Ucrânia. Nesse sentido, tem vindo a disseminar desinformação relativamente aos acontecimentos, bem como a negar os atos a que todo o mundo está a assistir.

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