A Meta, empresa-mãe do Facebook e de outras redes sociais, anunciou na sexta-feira que iria tomar medidas contra conteúdos que apoiem ou elogiem o Hamas, o grupo militante palestiniano que lançou um ataque contra Israel a 7 de outubro.
Condenação severa da União Europeia
A Meta respondeu às críticas da União Europeia às empresas de redes sociais por não conseguirem travar a desinformação e os conteúdos nocivos nas suas plataformas. De acordo com a Meta, a empresa removeu ou classificou como perturbadores mais de 795 mil conteúdos em hebraico ou árabe relacionados com o ataque do Hamas nos últimos três dias.
A empresa também disse que estava a alargar temporariamente a sua política de violência e incitamento e a apagar conteúdos que mostram claramente reféns do Hamas, independentemente da intenção por detrás da publicação desses conteúdos.
A Meta disse que continuaria a permitir conteúdos com imagens desfocadas das vítimas. No entanto, dará prioridade à segurança e à privacidade dos reféns se houver qualquer dúvida ou dificuldade em avaliar o conteúdo.
O Hamas terá levado dezenas de reféns israelitas e estrangeiros para Gaza, o território palestiniano que governa, após o ataque. A Meta disse estar ciente das ameaças do Hamas de transmitir imagens dos reféns e que retiraria rapidamente qualquer conteúdo desse tipo e impediria a sua partilha.
Moderação de conteúdos nas plataformas da Meta
A empresa também afirmou que está a reduzir o nível de intervenção da sua tecnologia para evitar a recomendação de conteúdos que possam violar as suas regras nas plataformas Facebook, Instagram e Threads. Esclareceu que, embora o Hamas estivesse proibido de utilizar as suas plataformas, continuava a permitir o discurso social e político – como a divulgação de notícias, questões relacionadas com os direitos humanos ou discussões académicas, neutras e críticas.
A Comissão Europeia tem vindo a pressionar as redes sociais para removerem conteúdos ilegais e nocivos, em conformidade com a sua Lei dos Serviços Digitais (DSA), que pode impor pesadas multas em caso de infração.
A reação da Meta é diferente da do X, anteriormente conhecido como Twitter, que solicitou à Comissão que fornecesse mais pormenores sobre as violações na sua plataforma “para as pessoas poderem ver”. A Comissão iniciou uma investigação sobre o X.
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