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Libra: a criptomoeda da rede social já está a dar azo a burlas no Facebook

A criptomoeda da rede social Facebook ainda está a dar os seus primeiros passos. Ainda assim, as ondas de controvérsia e ceticismo estatal já se fazem sentir. Além disso, a Libra do Facebook já está a ser utilizada como tema para o mais recente engodo, ou burla, a circula online.

Foram descobertas várias páginas que pretendiam enganar o utilizador com a “falsa” Libra.


De acordo com uma recente investigação levada a cabo pela imprensa internacional, foram descobertas cerca de 12 perfis, grupos e páginas na rede social Facebook e Instagram com o propósito de burlar os demais utilizadores. Aos incautos, eram prometidos esquemas de lucro fácil com a Libra do Facebook.

A criptomoeda de Mark Zuckerberg

Mais concretamente, os responsáveis afirmavam serem distribuidores oficiais da criptomoeda da rede social. Ora, ainda que o leitor informado saiba que a Libra ainda está em fase de rascunho, para os mais incautos o “isco” estava lançado. Estes “hubs” oficiais eram simples burlões online.

Recordamos, antes de mais nada, que a Libra ainda não está em circulação. Ainda assim, a sua popularidade já se espalhou pelas várias redes sociais, algo que não passou despercebido a estes agentes. Felizmente, após o relato inicial, o Facebook removeu todos os agentes identificados.

Ao mesmo tempo, notamos que os engodos envolvendo as criptomoedas são uma constante, não só nesta rede social. Não obstante, acaba quase por ser irónico o facto de o próprio Facebook estar a ser utilizado para promover esquemas de burla envolvendo a sua mais recente criação, a Libra.

Onda de burlas em torno da Libra

Já, por outro lado, podemos também notar que a própria rede social parecia não estar a contar com tal possibilidade. Ora, com a massiva popularidade quer do Facebook, bem como de todos os seus produtos, era apenas uma questão de tempo. Algo que assim fica provado nesta investigação.

Esperamos, portanto, que daqui em diante a rede social tome novas medidas de prevenção. Aliás, este fenómeno também se arrastou até Portugal, onde continuam a visar a criptomoeda Bitcoin, a mais popular do seu género. Vejam-se ainda que rostos famosos são indevidamente utilizados no engodo.

Acima podemos ver o artigo de apresentação e confirmação da criptomoeda. Sendo um projeto ambicioso, as parcerias já encetadas pelo grupo Facebook assegurarão a sua exequibilidade. No entanto, temos ainda vários entraves, maioritariamente estatais, a carecerem de resolução.

O que fará o Facebook quanto às tentativas de burla?

Esta parece ser a questão fundamental após as conclusões apresentadas pela investigação. Aliás, muitas das falsas páginas utilizavam material protegido do Facebook como, por exemplo, o seu logótipo e outras formas de identificação visual, aparentemente sem que a própria rede social soubesse.

Ainda no decurso da investigação, foi detetada uma ligação externa para o website BuyLibraCoins.com, cuidadosamente desenhado e com material aparentemente fidedigno. Em síntese, uma burla já bem orquestrada com material gráfico coerente e convincente, representando assim um perigo acrescido.

Notamos ainda que este pico de páginas falsas, promovendo a Libra, apareceram numa altura em que a rede social enfrenta o escrutínio estatal. Além disso, a empresa foi recentemente condenada ao pagamento de uma choruda multa de 5 mil milhões de dólares pelos motivos dados a conhecer.

A ação da rede social continua a tardar…

Seja como for, esta rede social continua a reinar suprema ao nível do número de utilizadores e popularidade geral. Por conseguinte, este tipo de esquemas continuará a grassar, tanto mais quanto maior for o interesse em volta da plataforma e dos seus produtos, neste caso, a sua criptomoeda.

Urge, portanto, instalar filtros que mitiguem, reduzam o alcance, ou eliminem este tipo de burlas da rede social. Algo que até ao momento tem sido um combate difícil por parte da empresa, agindo normalmente após um caso ser denunciado, ao invés da atuação preventiva.

Veja-se ainda que o próprio Facebook já foi multado por nada fazer quanto a esquemas similares. Mais concretamente, recordamos o caso que custou 2,7 milhões de dólares ao Facebook, envolvendo Martin Lewis, o fundador da plataforma de finanças pessoais, MoneySavingExpert.

De igual modo, importa frisar que a plataforma não aceita publicidade em torno de criptomoedas a não ser de fontes pré-aprovadas. Ainda assim, está agora mais fácil fazer publicidade em torno desta área, face à recente postura pública do Facebook.

Por fim, em jeito de resposta à investigação, um porta-voz da rede social já veio a público. As suas declarações foram claras, mas focam-se na ação pós-ocorrência:

O Facebook remove publicidades e páginas que violem os nossos termos de conduta, sempre que nos inteiramos da sua ocorrência. Estamos também constantemente a trabalhar para melhorar a forma de deteção de burlas (scams) nas nossas plataformas.

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